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Izabella Guedes.

Acordei com a luz da janela invadindo o meu quarto, Roger nem para colocar uma cortina no quarto serviu.

Hoje faz quatro dias após a festa de Du Queiroz, e que festa.

Confesso que o encontro com Yuri mexeu bastante comigo, ainda mais ao descobrir que ele estava namorando.
Por todos esses anos optei por não entrar em suas redes sociais e quase nunca recebia notícias suas, porque não perguntava, com medo do que poderia acontecer.

E aconteceu, mesmo tentando evitar.

Eu tentei parecer calma e inatingível, mas  quando o vi se aproximar da mesa em que estávamos todo o meu auto controle foi por água a baixo.

Borboletas voltaram a invadir meu estômago, principalmente quando ele sorriu. Ele era o mesmo Yuri de anos atrás, em uma versão mais bonita, apenas.

Mas o encanto acabou assim que a namorada dele chegou na mesa em que estávamos, ouvi falar dela. Na verdade, Mavi e Roger falaram que ela não era uma pessoa muito amigável.

E realmente não parecia, todas palavras dela soaram como falsidade, mas não podemos fazer nada já que essa foi a escolha dele.

Inventei a desculpa de ir pegar mais bebida para conseguir tomar um ar, estar perto de Yuri não era uma boa opção naquele momento.
Sai e consegui respirar, quando estava voltando para dentro o vi sair da boate, ele parecia pensativo, até que me aproximei.

Conversamos por um tempo até voltarmos para dentro, antes que sentissem nossa falta, voltei primeiro para que Nathalia não surtasse sem motivo, depois Yuri chegou e se juntou novamente onde estávamos.

A festa foi boa, Du apareceu minutos depois que entramos, bebemos, dançamos, alguns jogadores chegaram até mim, mas não estava interessada em ficar com ninguém, apenas me diverti.

Voltando para hoje, o dia passou rápido, resolvi algumas pendências que tinha do apartamento, que já estava quase pronto.
Roger saiu cedo para a preparação do jogo. Hoje é dia de Corinthians na arena quando me dei conta do horário e percebi que já estava atrasada.

Tomei um banho rápido, lavei o cabelo e depois de sair do banho o sequei, e então separei minha roupa.

O básico que sempre funciona, blusa do Corinthians, calça preta larga e tênis. Fiz uma maquiagem leve, arrumei minha bolsa e desci para sala.

Caminhei até a garagem de meu irmão e entrei no meu carro. Vendi o antigo que tinha para comprar um que se adequasse às minhas necessidades.
Dei partido indo em direção ao prédio de Mavi, que era no mesmo condomínio que o meu.

O caminho foi um pouco demorado já que tinha trânsito em algumas avenidas, cheguei ao prédio da loira e avisei que já tinha chegado.

— oi, minha vida. — ela me cumprimentou com um beijo na bochecha.

— um milagre não demorar para descer senhorita. — indaguei dando partida no carro novamente.

— já estamos atrasadas. — ela colocou o sinto.

— minha mãe vai me enterrar viva, ela pediu para chegarmos na hora, mas acabei tendo que resolver o problema de algumas decorações do apartamento que ainda não foram entregues. — expliquei.

— acho que vamos perder só o início.

— eu espero. — respondo.

(...)

Entramos na arena, e que sensação indescritível. A vibração da torcida é algo emocionante. Principalmente no jogo de hoje, que não era nada fácil, poder estar aqui depois de tanto tempo era incrível.

Sempre amei ir aos jogos do meu irmão antes de viajar e em Londres quando tinha tempo, amava ver os jogos do Liverpool no estádio.

Ficamos com a visão ótima, graças aos lugares do camarote já reservados, a arena estava lotada, assim como em todos os jogos.
Mas esse estava parecendo.. especial!

O jogo estava 0 a 0 e já estava quase chegando ao fim do primeiro tempo, a torcida estava apreensiva, precisávamos do gol quanto antes, precisávamos chegar às semifinais, quando aos 43 minutos Gil fez o primeiro gol tirando boa parte do peso.
E assim, depois de um tempo, o gol de Yuri aconteceu, achei que meu coração iria sair pela boca, a torcida cantava e gritava loucamente

Roger me falou que já fazia um tempo que ele tinha sido contratado e ainda não tinha marcado gols. Foi uma felicidade imensa. Era o que ele sempre amou fazer.

O jogo continuou e só invés de um gol dele foram três. A cara vez que ele aparecia no telão o meu coração teimava em acelerar.

E então o juiz apitou.
4x1 para o Corinthians. Chegamos à semifinal da copa do Brasil.

Depois do juiz apitar os meninos serem liberados, esperamos do lado de fora do vestiário e a felicidade deles era estampada. E não é para menos.

Fui até Roger e o abracei e ele me girou no ar.

— parabéns irmão. Você merece por tudo trabalho e dedicação. — falei segurando em seu rosto, quando ele me colocou de volta no chão.

— obrigado Bella. — ele agradeceu, com um sorriso.

Minha mãe e Mavi foram até ele o parabenizar.

— conseguimos guedinhoooo — Yuri veio do corredor parando onde estávamos. Ele fez um toque com Roger e observei seus olhos pousarem em mim, antes dele cumprimentar minha mãe.

— tia Maíra! — ele exclamou indo até ela.

— meu menino! A quanto tempo não nos vemos. Você está até mais musculoso. — ela passou a mão por seus cabelos, o analisando e ele abriu um sorriso na última fala dela.

Congelei quando percebi que ele vinha em minha direção, quando minha mãe o soltou do abraço.

— parabéns pelo jogo. Você foi incrível. — o olhei com um sorriso.

— obrigado Bella. — Yuri agradeceu e me envolveu em um abraço.

Eu não sabia que sentia tanta falta do abraço dele.












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Oii gente, como vocês estão??

Decidi mudar algumas coisas na história que me incomodam, por esse motivo arquivei os capítulos, mas dentro de uma semana (mais ou menos) todos estarão de volta e do jeito que sempre quis que estivessem.

Comentem sobre o que estão achando e votem
(isso me motiva muito mais a continuar)
Amo vocês.

Se cuidem, xerooo ♡︎

𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐂𝐚𝐬𝐨 |Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora