O início do fim (ShikaNeji)

Capítulo 5

Ponto de vista de Shikamaru 1/2

Nos próximos dias, Shikamaru manteve distância. Ele resolveu que a melhor maneira de não estragar as coisas de novo, era nem mesmo cruzar o caminho do Hyuga. "Evite a interação e você estará seguro", disse a si mesmo. Ele se manteve distraído saindo com sua equipe, fingindo que estava treinando e entretendo Asuma com sua conversa, para que ele não o forçasse a fazer flexões. Ele fez alguma papelada, fez um recado para sua mãe e alimentou rebanhos de veados da floresta. Ele sempre teve o cuidado de não chegar muito perto da cabana onde Neji estava. Ele teve que fazer um desvio para chegar em sua casa, mas foi o mais prudente. Os dias passaram com muita facilidade.

As noites eram o problema. Apesar de ter conseguido dormir algumas horas seguidas, ele continuou acordando. E cada vez era porque alguma imagem muito sugestiva de Neji, corado, quente e com pouca roupa, assaltava seus sonhos. Depois de um tempo, seu subconsciente sempre desabava e o expulsava para a realidade.

Toda vez, ele se encontrava deitado de bruços, banhado em suor, agitado e excitado. E a pior parte era a ereção latejante e dura que exigia sua atenção. Ele não se atreveu a agir sobre isso. Seria como admitir definitivamente para si mesmo que estava tendo pensamentos luxuriosos sobre o Hyuga. Embora fosse bastante evidente a julgar por como ele continuava ficando duro ao lembrar de seus gemidos. Ele continuou tentando o seu melhor para se conter.

Mas nas últimas horas da última noite, ele simplesmente não aguentou mais. Foi depois de um sonho muito quente, no qual ele agarrou o corpo nu de Neji por trás e o esmagou contra o dele, enquanto mordia avidamente a pele delicada do pescoço do menino. Sua mente quebrou quando o Hyuga começou a chorar de prazer.

Ele acordou com um sobressalto e notou imediatamente que sua ereção pingava abundantemente sob sua cueca. Ele sentiu tremendo e esguichando sobre sua virilha. Ele fechou os olhos e agarrou os lençóis com força. "Controle-se", ele pensou enquanto cerrava os dentes. Seu corpo inteiro tremeu de tentar conter o sentimento. Ele colocou a mão na virilha e apertou o membro persistente, tentando desencorajá-lo com um pouco de dor. Mas não funcionou. Ele deslizou a mão sob a cueca e colocou os dedos ao redor de sua ereção encharcada. Ele repetiu a pressão, mas teve o mesmo resultado.

-Porra. - ele xingou entre os dentes.

De repente, a memória do punho de Neji agarrando-o veio à sua mente. Junto com o hálito picante do Hyuga, sua língua escorregadia e deliciosa, suas bochechas vermelhas de excitação.

Ele não podia mais escapar. Ele precisava de liberação. Ele começou a acariciar sua ereção, lentamente no início, mas ganhando velocidade à medida que as imagens se repetiam em sua cabeça. Seu corpo endureceu. Suas pernas e abdômen ficaram tensos. Em pouco tempo ele chegou perto da borda, e com o som dos gemidos de Neji ainda retumbando em seus ouvidos, ele gozou com um gemido gutural.

Intensos segundos depois, a energia pareceu abandonar todo o seu corpo, deixando-o apenas com um formigamento na pele e pensamentos nublados. Passara dias tentando evitar o que acabara de fazer e agora estava exausto. Ele deixou cair a mão pegajosa para o lado e achou que deveria tomar um banho. Mas o cansaço era muito forte. Fechou os olhos e dormiu profundamente pela primeira vez em dias.

Ponto de vista de Neji

Alguns dias se passaram sem muita relevância, e Neji se dedicou a treinar duro. A aldeia estava calma. Não havia missões disponíveis, exceto a clássica de captura de gatos, mas felizmente essas eram reservadas para iniciantes. Ele aproveitou o tempo livre para meditar e se preparar para o caso de ser convocado.

Ele já havia conseguido falar com Hinata sem retornar aos terrenos Hyuuga. Ela estava preocupada com o paradeiro dele, então ele teve que dizer a ela que estava na floresta de Nara, cortesia de Shikamaru. Ela ficou muito feliz em ouvir isso. Hinata amava muito o primo, e sempre se sentia culpada pelo tratamento diferente que recebiam por estarem em ramos diferentes da família. Mas ele não estava ressentido com ela, não mais. Ela era uma menina doce e gentil que, assim como ele, teve a terrível sorte de ter nascido naquele clã perverso. Depois de colocá-la em dia com sua situação, a garota correu para casa e voltou com uma mochila cheia de roupas e produtos de higiene pessoal para Neji. Ela tinha até adicionado alguns salgadinhos feitos por ela. Sem dúvida, ela tinha um instinto protetor.