Marketing- Malila (G!P) [CONCLUÍDA]

uma chance

POV MARAISA

Continuei ali parada por mais alguns minutos tentando processar aquelas informações. Primeiro: alguém ali tinha gritado em alto e bom som que estava apaixonada. Segundo: essa paixão era direcionada a mim. Terceiro: alguém tinha gritado e esse alguém era Marília Então, Marília tinha acabado de confessar que estava apaixonada por mim.

Eu não sabia exatamente como estava me sentindo. Uma parte de mim estava alegre, porque eu também estava apaixonada e já não era um segredo. Outra parte estava confusa se perguntando por que diabos ela estava me tratando daquela forma? Por que estava sendo tão idiota? De uma coisa eu sabia, Marília havia sido brutalmente  ferida em seu relacionamento com Lauana prado e agora estava com medo, porque as decepções esfriam as pessoas.

- Ei, o que está fazendo parada ai? — Ana perguntou me cutucando e finalmente voltei a mim. Olhei em volta e só então percebi que Marília não estava mais lá.

- Cadê a Marília? - Perguntei com um pouco de desespero e Ana estranhou.

-Foi para o hotel com rique. Aconteceu alguma coisa?

- Preciso falar com ela. — Disse pegando minha bolsa e saindo dali.

Para minha felicidade, Ana não fez mais perguntas. Ela e rique já sabiam que Marília e eu estávamos envolvendo sentimentos nisso, mas estavam optando por não se envolver, apenas nos alertando que isso não poderia afetar no contrato.

Depois de um caminho silencioso e lento naquele carro, finalmente chegamos ao hotel. A primeira coisa que fiz foi ir direto ao quarto de Marília. Eu estava nervosa por saber que talvez ela sentisse aquelas coisas por mim, afirmando que as coisas que eu pensava não eram apenas paranóias. Queria que ela me falasse, mas dessa vez não por impulso.  Por isso já estava na porta de seu quarto batendo na porta, mas a cretina não queria abrir.

- Abra essa maldita porta,Marília Mendonça! - Falei mais uma vez batendo na porta. - Eu só quero conversar.- Mais batidas.

- Vai embora.- Ouvi sua voz de dentro do quarto e bati mais na porta.

-Eu não vou sair daqui enquanto você não abrir. — Falei socando a porta com mais força.

- Poxa, sinto muito. — Marília falou novamente debochando. Estava me irritando.

- Abre, abre, abre... - Eu falava e dava socos na porta com as duas mãos sem parar. Até que ela abriu brutalmente a porta me assustando me fazendo cair quase em cima dela. Marília  rapidamente se afastou.

- Você tem algum tipo de doença mental que não me contou? - Perguntou séria fechado a porta.

-Quem não conta as coisas aqui é você. Que papo é esse de apaixonada? Você não estava morta por dentro? - Perguntei irritada vendo-a ir até a cama.

-Eu não sei do que você está falando. - Se deitou na cama e abrindo um livro.

- Estou falando da nossa conversa no camarim — Falei me sentando de frente pra ela e tomando o livro de sua mão. - Você disse que estava apaixonada por mim. — Lembrei e ela riu. Sabia que ela tentaria negar aquilo, sabia também que mais uma vez iria fingir que não se importava, mas nada daquilo faria efeito sobre mim.

- Você só pode estar ficando louca.

- Olha pra mim. —Pedi e segurei o rosto dela. Marília arregalou os olhos e tentou afastar minha mão, mas a segurei com força. Eu não estava pensando direito, só queria respostas. - Para de ser medrosa, admita que falou isso. Você disse que não mudava nada, certo?

-Eu não falei nad..

- Você vai me falar nem que eu tenha que colocar uma luz na sua cara e te torturar pra tirar essa informação de você! - Disse nervosa e Marília parecia assustada. Fiquei a encarando, ela me olhava parecendo estar tendo uma guerra dentro de si. Minha respiração afobada não disfarçava meu estresse repentino.