Marketing- Malila (G!P) [CONCLUÍDA]

Natal

MARAISA POV

Já não conseguia disfarçar que estava completamente ansiosa para essa viagem a minha casa. Marília, mesmo se contendo perto de mim, eu sabia que também estava feliz e ansiosa por essa viagem. Eu não podia estar mais feliz, viajaria com Marília e Léo, iria ver minha mãe e Minha irmã , e passaríamos o natal todos juntos. Iríamos viajar em dois dias, então Marília ligou para Vitória, babá de Léo, e pediu para que ela arrumasse o máximo de coisas possíveis para o menino levar para a viagem. Ana resolveu tudo para gente, então só teríamos que arrumar as malas mesmo e ir. Eu não tinha contado minha mãe que meu namoro com Marília era falso, então teríamos que encenar na frente dela também. Já não era tão difícil assim pra mim, já que eu queria que fosse real. Eu gostava de estar com Marília e me iludia fácil quando ela ficava carinhosa na frente das pessoas.

- Só porque você está indo para Goiás tem que usar um chapéu? - Marília perguntou e a encarei.

- Cala boca, Marília. - Respondi ajeitando o chapéu na minha cabeça e ela deu de ombros. Eu estava mexendo no celular olhando as mensagens, até que Marília tomou o celular da minha mão. Eu odiava quando ela fazia isso.

- Perai. - Ela viu algo no celular e começou a gargalhar. Tentei pegar o celular de volta, mas não consegui. -Meu nome no seu celular tá baby Lila? - Começou a gargalhar de novo e peguei o celular de volta sentindo meu rosto esquentar.

- Qual o problema? - Perguntei irritada. Eu estava morrendo de vergonha.

-Nenhum. O seu no meu tá só "Isa" e um coração. -Ela falou e continuei seria sem encara-la. Queria que achasse que eu estava brava por ela ter pego meu celular, mas estava pulando por dentro pro ter um coraçãozinho no meu nome. - Ei. Não fica brava, Mozão. Eu achei fofo. Olha, vou por "Isa Mozão" no meu.

- Para Marília. - Ela virou o celular me mostrando que ia mesmo mudar. Eu queria ficar seria, mas era impossível com Marília sendo tão fofa assim. Isso era raro.

- Sua mãe sabe da gente? - Marília perguntou se sentando em um banco no aeroporto com Léo, muito sonolento, em seu colo.

-Não. E nem quero que saiba. Vamos ter que atuar na frente dela também.- Eu disse e Marília arqueou a sobrancelha.

- Isso é errado, não acha? — Perguntou e eu a encarei. - Ela é sua mãe, não se sente mal em mentir?

- Sim. - Falei, deitando a cabeça no ombro de Marília. A senti recuar um pouco, mas não me importei. - Mas ela iria se assustar por eu fingir um namoro e ia entrar em desespero pensando que estou mudando muito. Ela não entende muito desse mundo, mas morre de medo que eu mude como pessoa.- Concluí e Marília assentiu.

-Não fique se aproveitando, viu? Não vale ficar me beijando só pra se aproveitar da situação. — Ela disse sorrindo e eu ri.

- Nossa, que ótima ideia você acabou de me dar. — Disse, sorrindo e Marília revirou os olhos.

Entramos no avião depois de quase uma hora. Léo estava enjoado e não parava de chorar. Marília não se importou em perder a paciência e deu uns berros com ele, mesmo no avião. Já eu tentei acalma-lo colocando um desenho animado pra ele assistir em uma pequena TV que tinha ali. Marília deu mamadeira pra ele e logo em seguida o menino adormeceu com a chupeta na boca. Estranhei que Léo dormiu muito rápido e Marília confessou que havia colocado calmante no leite do menino. Briguei com ela por ter dopado o próprio filho e ela disse que sempre fazia isso quando viajava com ele.

Marília adormeceu junto com Léo e eu continuei acordada, encarando os dois enquanto dormiam como uma idiota. Estava tão ansiosa que sentia meu estômago doer. Não via a hora de chegar. O pior de tudo era que ainda faltava uma hora, e isso só me deixava mais nervosa.