Recomeçando

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POV MARAISA

4 meses depois.

- Deixa que eu pego eles. — Marília tentava se levantar da cama, um pouco descoordenada, depois que ouvimos os gritos de Davi vindo do quarto ao lado. E logo em seguida os gritos de Noah. Até pra chorar eles tinham sincronia. Continuei deitada na cama lutando para manter meus olhos abertos, pois teria que ficar longos minutos encarando os dois enquanto eles matavam sua fome. E o melhor de tudo era que eles mamavam e resolviam passar o resto da noite com os olhos abertos, sem dar nenhum sinal de sono, e eu não conseguia dormir e deixa-los acordados brincando com o vento. E eu até que gostava de ficar apenas admirando os dois por horas. - Isa, vem ver isso.. — Me levantei da cama e segui Marília até o quarto ao lado.Ela estava bisbilhotando alguma coisa pela fresta da porta. Enfiei o rosto por de baixo dela e sorri com a cena.

-Eu vou chamar a mamãe. Vocês podem, por favor, parar de gritar? - Léo falava calmamente enquanto estava pendurado no berço dos bebês tentando colocar a chupeta na boca de um deles, que se recusava a pegar.-Me fala por que vocês choram tanto? - Ele alisava os cabelinhos de Noah tentando acalma-lo. Davi aindabgritava absurdamente alto. Léo não demostrava muito afeto com os bebês. Nas últimas semanas a única coisa que sabia fazer era me ignorar e querer fazer as mesmas coisas que os irmãos. Ele até brincava com eles as vezes, Marília e eu estávamos fazendo tudo que era possível para que eles fossem unidos.

- Ele está tentando acalma-los. Parece uma miragem. -Marília estava toda sorridente. Léo se esforçou muito e entrou no berço dos bebês. Marília disparou pela porta quando Léo tentou pega-los no colo. - Pronto. Mamãe chegou. - Marília  pegou Davi e Noah no colo de qualquer jeito e eles pararam de chorar.

Depois de um tempo com dois bebês em casa, o importante era dar um jeito de mante-los calmos, não importava se fosse pegar algum deles de cabeça pra baixo. Essa era a lógica de Marília.

- Ohh meu Deus, mamãe demorou, foi? Que judiação. - Falei e Marília me deu Davi no colo, me sentei em uma poltrona ao lado do berço deles. Ele era o mais agoniado. Dei o peito a ele, que sugou como um desesperado me fazendo sentir um desconforto enorme. - Ai filho, seja mais sútil.

- Ele é agressivo. Só tenho filho agressivo. — Marília falou enquanto segurava Noah com um braço e tentava pegar Léo com o outro, que se recusava empurrando o braço dela. - Vamos dormir lá com a mamãe, vem

- Não. Sai daqui.

- Olha a rebeldia. - Marília disse enquanto Léo descia do berço dos irmãos para ir pro berço dele. Estava emburrado de novo e eu já estava me conformando com seu novo costume de fingir que eu não existia.

- Deixa ele, Marília. — Me levantei da poltrona com Davi no colo.

- Vai ficar aí sozinho, seu bobo. - Marília falava perto do berço de Léo que fingia estar dormindo. Ela realmente estava se preocupando muito com Léo, estava bem mais próxima dele e eu sabia que ela queria cumprir sua promessa de que ele não seria trocado. Eu admirava isso nela, já que eu não podia fazer o mesmo, pois Léo não me dava espaço algum. - Eu sei que você não tá dormindo

- Estou sim. — Léo falou e Sarah sorriu.

- Você tá falando e seus olhinhos estão abertos. Você está acordado, meu chêro.

- Droga. - Léo se sentou e estendeu os braços para Marília.

- Aeeeee - Ela comemorou e Léo sorriu. Ela o pegou com um dos braços e foi andando para o quarto com aquelas duas crianças no colo.

- O que a gente tava pensando na hora de ter esse monte de filho? - Perguntei achando engraçado a cena dela com Léo e Davi no colo, andando com cuidado para não tropeçar.

Marketing- Malila (G!P) [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora