CAPÍTULO 05

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COMEÇA A NASCER UM LIVRO, AFINAL

O telefone tocou várias vezes, até que Carlo resolveu atende-lo. Era sua esposa, preocupada com a demora e confusa com a repentina mudança de planos dele

[- Eu sei, meu amor. É que, de repente me veio uma vontade louca de escrever e, veio um turbilhão de ideias, como um tornado! ]

Riu da própria piada.

[- Fico contente em saber que estás assim, tão inspirado! É que, fiquei com aquele pressentimento bobo, que você conhece bem. Mas, ok! Já parei! Promete se alimentar e dormir as oito horas, direitinho?]

[- Sim, mamãe!]

[- Idiota! Te amo!]

[- Estas três palavras não se encaixam numa mesma frase, sabia?]

[- Encaixam perfeitamente, sim. Promete? Hum?]

[- Prometo me alimentar, mas oito horas já é pedir demais para um escritor noturno. Cinco horas?]

[- Sete e não tem negociação!]

[- Seis horas e não discuto mais!]

[- Combinado! Seis horas!]

Riram do rumo da conversa

[- Te amo, pequena.]

[- Te amo, também.]

[- Como estão as crianças? Com saudades de mim?]

[- Elas estão comigo. Que saudade boba é essa?]

Riu, divertida.

[- Rarará! Boa noite, meu amor. Beijo nas crianças!]

[- Durma bem. Te amo! Bye! Bye!]

Carlo desligou, com um sorriso no rosto. Era um felizardo em ter Lauren como esposa. Uma mulher maravilhosa e amiga.

Logo, lembrou-se de seu irmão caçula. Não teve muita sorte no casamento e não era por falta de tentativas, mas realmente o cupido não ia muito com a cara dele, pensou. Suspirando, foi até a cozinha, pegou um encarte de delivery e escolheu macarronada e peixe.

Fez seu pedido, abriu uma cerveja e ficou imaginando o que o psicopata estudantil estaria fazendo naquele momento.

Uma hora depois, estava degustando o prato, enquanto Ella Fitzgerald cantava na velha vitrola, um clássico do jazz.

"É, Ella...daqui alguns instantes, uma nova história de suspense tomará corpo! Serás minha convidada, querida! "

Passou um tempo, reescrevendo as primeiras folhas que recebera para sua velha máquina de escrever. Criou personagens novos, mudou a localização por algo fictício e deu uma pitada maior de suspense; que era bem seu gênero e seus leitores adoravam. Pensou que, se não fizesse dessa forma, chamaria atenção e seria um tiro no pé.

Terminando aquelas, percebeu que já tinha dez capítulos e ficou bem satisfeito. Ligou para seu editor e avisou que mandaria por e-mail, uma sinopse resumida do livro, ao qual fez o outro homem ter uma reação quase infantil, tal a felicidade

[- Carlo! Meu Carlito! Já falei que amo você? Quero receber agora, sim?]

[- Certo.]

Riu.

Carlo, mandou apenas o resumo bem superficial, mas suficiente para aguçar a curiosidade e aguardou que o outro recebesse e desse seu aval

Em alguns minutos, Régis voltou.

O ÚLTIMO CAPÍTULOOnde histórias criam vida. Descubra agora