CAPÍTULO 10

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ANOTAÇÕES E SENSAÇÕES

Carlo estava anotando tudo que achava relevante para compreender a linha de pensamento de "Thom" e assim, criar um pano de fundo na história do livro.

Primeiro detalhe: Thomas é realmente seu nome verdadeiro? E se for, tenho como localiza-lo?

Segundo detalhe: A universidade Cornell. Ele ainda era aluno? Tenho como conseguir informações baseado no nome?

Terceiro detalhe: Se tudo se confirmar (Nome e universidade), procurar sua cidade natal e parentes.

Quarto detalhe: Pesquisar mortes e desaparecimentos das pessoas mencionadas nas cartas.

Quinto detalhe: Me hospedar na cidade próxima de onde tudo ocorreu e constar se é verossímil.

Ele releu as anotações, para ter certeza que não fugiu nenhum detalhe. Aparentemente não esqueceu nada, mas por ventura tenha esquecido, guardará em anexo, nas páginas digitadas e assim, continuar anotando.

"Creio que para iniciar, está bom! " – Pensou.

O telefone tocou, tirando-o de seu raciocínio:

[- Alô?]

[- Eai, maninho? Tenho novidades!]

[- Conta aí, cara.]

[- Eu fui chamado para um teste numa lanchonete em Vernon. Assim que chegar lá, eu ligo e te dou notícias, ok?]

[- Cara! Realmente uma novidade e tanto! Estou feliz, Paul! Nem sei o que dizer!]

[- Diga que vai festejar comigo, depois de terminar sua obra. Um churrasco a beira da piscina com meus sobrinhos e tudo que tenho direito!]

[- Estou mesmo feliz e espero que consiga. Eu darei a festa, sim. Também preciso de uma!]

Riram.

[- Promete me ligar assim que chegar lá?]

[- Prometo! Ei! Não chore de saudades!]

[- Eu te amo, cara! ]

Sussurrou.

[- Te amo mais, mano. Até mais!]

Desligaram.

Pegou o cd de uma banda dos anos 80, colocou no aparelho de som, aumentando o volume e subiu, decidido em ler a última folha do quarto envelope, que estava no embrulho.

Com uma tigela de frutas, se acomodou no sofá de vime da sacada e iniciou a leitura, já prevendo o quase romance entre Thomas e Oliver:

FOLHA TRÊS, CARTA QUARTA

"Era sábado e avisei Doroty que iria almoçar com um colega, para estudar e dar uma volta no lago. Ela se alegrou em saber que resolvi afinal sair do quarto e passear, pegar uma cor saudável, como vivia dizendo. Eu não ficava com a consciência pesada por mentir; afinal, ela não tinha mesmo que saber o que fazia da minha vida.

Havia passado uma semana que não "brincava", pois, a ansiedade de me encontrar com Oliver tirou todo o foco. Não que eu tenha perdido o interesse, mas ele era novidade e eu estava afim de saber o que poderia acontecer e como aconteceria.

Cheguei no endereço indicado por ele, quando liguei na quinta e toquei a campainha. Aguardei alguns instantes.

Já estava para desistir e ir embora, quando ele abriu a porta, sorridente.

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