CAPÍTULO 22

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Carlo acabou adormecendo e foi acordado com o celular tocando. Deu um salto e percebeu que ainda estava com a mesma roupa do dia anterior e seu carro ainda estava do mesmo jeito que deixara.

O celular insistia e ele pegou o aparelho sobre a mesa, esfregando os olhos:

- Alô?

- Alguém quer lhe dar bom dia, Carlo

- Alô? Thomas? Eu...

- Amor!!

A voz desesperada da esposa fez com que ele caísse de joelhos em prantos, sem conseguir falar

- Carlo! Faça o que ele quer! Pelo amor a nossas filhas!! Termine a merda do livro, meu amor!! Por favor!!!

Ela chorava e Carlo não tinha forças para responder. Ele não queria mais escrever, mas ver sua amada, grávida de sua filhinha sofrer daquela forma, fez com que ele arrancasse da alma, forças para se levantar do chão e secar as lágrimas. Juntou o que ainda restava da sua dignidade, para acama-la:

- Meu anjo, meu amor.... Olha, por favor, me escuta, amor! Fica calma, sim? Nossa pequena Anna? Ela está bem? Você está bem, meu amor? Precisa voltar pra casa! Não posso perder você!

- Carlo, lembre-se do livro que parou ano passado? Pense nele! Faça o mesmo, meu amor!!

Carlo teve uma visão do tal livro. Por um milésimo de tempo, tudo parou e Carlo voltou no tempo, se lembrando do ocorrido e, começou a rir. Uma risada de angústia, desespero e ao mesmo tempo, uma risada de escárnio. Sua esposa, mesmo sob o poder daquele moleque assassino, conseguiu mandar uma mensagem vingativa. Só esperava que ele não desconfiasse ou a fizesse contar.

"Você não perde por esperar, Thomas! "

Pegou a segunda folha, que encerrava o oitavo envelope. Tentou ler, mas uma forte vertigem tomou conta da sua visão. Lembrou-se que não comia nada, desde que soube de Lauren. Se segurou, tentando recuperar o seu prumo de equilíbrio e, foi tomar um banho, fazer a barba e em seguida, fez uma refeição.

As lágrimas vieram automaticamente, ao se lembrar da esposa e das filhas. Passou as mãos pelo cabelo ainda úmidos e subiu as escadas, decido a acabar aquela situação.

Já no estúdio, olhou para a bagunça e, teve uma sensação de vazio. Pegou o celular e ligou para a esposa. Se ele atendesse, poderia ter uma ideia de onde estavam. Correu até o seu computador portátil, ligando o GPS do celular da esposa, enquanto a ligação era completada.

O sinal da torre iria triangular o ponto de acesso do dispositivo móvel.

"Atende logo, cara! "

- Alô?

A voz que surgiu foi do seu irmão Paul. Carlo piscou várias vezes os olhos, deixando o corpo cair na cadeira a sua frente.

- Alô? Carlo? É você?

- Paul?!! O que você está fazendo com o celular da Lauren?

- Como assim? Não foi você que mandou me entregar aqui?

- Não, Paul! Quem entregou? Quando foi isto? Pelo amor de Deus, Paul!!

Um minuto de silêncio, que apareceu anos

- Brigite, minha colega que veio me trazer. Estava num envelope pardo com seu nome de um lado e pediram para me entregar. Eu abri e era o celular da Lauren!

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