CAPÍTULO 14

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XEQUE-MATE DO MAL

FOLHA DOIS, QUINTA CARTA

"Vejo que terminasse a primeira folha, estimado escritor. Ótimo! Vamos continuar? Espero imensamente que estejas apreciando cada detalhe.

No dia seguinte, não vi nenhuma notícia sobre o ocorrido com o skatista. Isto muito me afetou, pois queria ver o que os investigadores e polícia estavam pensando sobre. Aquilo me irritou muito e tirou meu humor habitual. Das duas, uma. Ou eles estavam escondendo as investigações da imprensa ou nem estavam investigando nada! Se for a segunda hipótese, eu me sentiria mais seguro, porém eu sei que é exatamente o que a polícia quer que o assassino pense. Mas, se for a primeira, eles só vão acabar dando círculos em volta da árvore, feito galinhas sem cabeças!

Estava eu assim, em meus pensamentos e procurando ordena-los, para escrever-te. Foi quando minha campainha individual tocou. Fiquei imaginando quem poderia ser, afinal de contas, já que ninguém me conhecia e sempre usavam a porta da frente, como seria o certo. Levantei e fui até a porta e espiei pela janelinha. E quem mais poderia ser? Sim! Oliver estava ali, sorrindo e iluminando tudo! Respirei fundo, ajeitei o cabelo e abri a porta, tentando não demonstrar minha ansiedade.

- Oliver! Que surpresa! Não esperava vê-lo aqui.

Ele me olhou, daquele jeito simpático e sem maldade alguma. Era isto que o tornava tão especial;

- Vai me convidar para entrar?

Eu não sabia se devia abrir tanto a guarda. Primeiro conselho: Nunca confiar em ninguém, nunca se envolver e jamais tenha qualquer tipo de laço emocional com seu alvo.

Sim, Carlo. Oliver era um alvo. Um lindo e maravilhoso alvo, que eu estava guardando para o "grand finale"!

- Que falta de gentileza e boa educação de minha parte! Por favor! Tenha a bondade, Oliver. Entre, por favor?

Abri a porta e antes de fecha-la novamente, dei uma espiada para verificar se alguém o viu chegar e entrar.

Ninguém.

Fechei a porta, sorrindo com as mil oportunidades que o destino estava me oferecendo.

Oliver, ali. Lindo! Com seu frescor e vitalidade, de bandeja..."


Carlo parou de ler abruptamente. Não acreditava que ele faria algo contra Oliver. Não havia nenhum sentimento pelo amigo, mesmo sabendo que este estava apaixonado? Não havia nenhum resquício de humanidade dentro deste monstro? Claro que não.... Como sou ingênuo em imaginar que ele não tocaria em Oliver...

"Seu psicopata filho da pu**!!"- Pensou, irritado.

Recomeçou a leitura. Sua boca ressequida pedia água, mas não queria parar agora. Precisava seguir em frente:

"Convide-o para se acomodar na única poltrona que eu tinha e me sentei em sua frente, na cama, de forma que ele pudesse admirar minhas pernas e o volume entre elas. Olhava para ele, como se estivesse aberto as suas investidas. Fiz com que ele sentia segurança de dar o primeiro passo em minha direção. Como se eu fosse sua presa. Fiquei olhando em silêncio, esperando que ele desse o próximo passo.

E como num jogo de xadrez, eu me oferecia como um peão.

- Por que não retornou minhas ligações? Finalmente, falou.

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