CAPÍTULO 23

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A Vida Surge Em Meio a Morte

Lauren olhava aterrorizada para o jovem a sua frente, que tranquilamente jogava xadrez. Sentia fortes dores nas costas e rins e sabia bem que o momento da pequena Anna estava para chegar e só em pensar nisto, seu corpo todo reagia. Precisava conversar com ele e convence-lo a ir para um hospital

- Por favor... me deixe ir ter minha filha num hospital

- Você acha que eu ligo? Se o seu marido fizer como mandei, logo vocês estarão juntos.

- Ele fará e você sabe bem disto! Não posso ter meu bebê neste chão imundo

- E como você acha que as mulheres das tribos têm seus rebentos? Fique de cócoras e manda vê!

- SEU MONSTRO!! COMO VOU FAZER AMARRADA??

Lauren deu um grito tão intenso que Thomas se viu obrigado a agredi-la até que se calasse.

,- Mulher bem fresca você, hein!

- Não posso ter minha filha assim, seu desgraçado!!

Ele solta-a das cordas, rasgando toda sua roupa e voltando a prender seus pulsos com mais força. Olhava para ela com ódio destilado e sem nenhuma emoção:

- Você e seu marido adoram este adjetivo.... Desgraçado.... Será que é coisa de casal?

- ME LEVA AGORA!!

Thomas deu-lhe um tapa, enfurecido

- Quer calar esta boca?! Se quer perder seu folego, tudo bem! Eu não tô nem aí pra você e essa coisa que vai sair daí de dentro! Mas se for gritar, que seja de dor, sua cadela!! Para de gritar comigo!

Lauren deu um urro e desmaiou, em seguida. Thomas ficou apenas olhando, sem mexer um dedo.

- ACORDA! – Vociferou

Sacudia a pobre mulher, que desacordada pela dor do parto que se aproximava. Ele arrumou o corpo nu de Lauren, de forma que ela poderia se manter acordado e apoiada contra a parede cheias de musgos e umidade.

- Vou soltar seus pulsos, ok?

Ela assentiu, olhando-o cheia de dor e medo de desmaiar de novo.

- Me dê agua? Por favor?

Ele olhou para ela, sorrindo:

- Ou a água, ou as mãos livres. Faça sua escolha, Lauren

- Água. Preciso de água!

Thomas se afastou e colocou em suas mãos unidas pelas grossas cordas e se levantou, limpando as mãos nas calças e ajeitando os óculos:

- Você é tão estúpida! Por que não ficou quieta em casa? Por que não respeitou a decisão do seu marido? Não! Você tinha que sair e ir até ele, não é mesmo? Agora terei de mudar todos os meus planos, por sua causa, sua vagabunda!! Vocês mulheres são tão teimosas! Eu deveria matá-la! Mas preciso usar você como moeda de barganha, para que Carlo termine o livro! Olha a merda que você causou! Minha vontade era de...

Falando assim, se aproximou com fúria, na direção dela, mas parou no meio da caminha, respirando fundo e recuperando o controle frio e ponderado.

- Vou deixa-la em seu momento íntimo de mãe ou algo assim! Se você fosse uma esposa inteligente, não teria saído de casa...

- NÃOOOO!! NÃO ME DEIXA AQUI SOZINHA!! – Chorava, desesperada

- Ah, Lauren, Lauren, Lauren.... Que coisa mais feia! Você sabe bem o que fazer! É força, respiração cachorrinho, mais força e bum! Nasceu! Daqui a uma hora, eu volto!

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