Eu vou ter você!

Capítulo 39

Depois de uma longa conversa com o Scott em que falávamos sobre o acampamento e as novas suspeitas, nós resolvemos descansar um pouco.

- Scott para ser sincera eu não aguento mais falar desse assunto, eu queria que conversassemos uma outra coisa! Desde o acidente, você não me falou como você está, eu sei que eu te envolvi nisso, mas eu nunca quis que você saísse machucado de toda essa situação, eu estava sem saída e não sabia a quem recorrer, só agora entendo que fiz errado em te colocar no meio dos meus problemas. - falei sentando no balcão da cozinha e olhando em volta meio envergonhada.

- Estou bem, a Cíntia cuidou de mim, já que você sumiu! - disse Scott com um sorriso malicioso no rosto.

Revirei os olhos e respirei fundo, não queria uma resposta de brincadeirinha, eu queria uma resposta sincera.

- Estou brincando, depois do que aconteceu, Cíntia ficou sabendo que eu estava no hospital. Ela foi lá e me ofereceu carona, eu não aceitei, claro, mas ela ficou insistindo e eu acabei cedendo, ela me trouxe em casa subiu comigo, mas eu não deixei com o que ela entrasse. Aquele papo de que eu não trago garotas aqui, era verdade, aquele dia que você veio até aqui, foi porque eu estava me sentindo... sei lá, e acabei fazendo isso, mas depois eu me arrependi, para minha sorte você chegou e fez todo aquele escândalo. Por um breve momento eu pensei que a Cíntia ia sumir do mapa mas ela parece ser bem persistente. - Ele riu e colocou um prato com um sanduíche no balcão empurrando para mim. - E eu não fui arrastado para seus problemas Amber, você me pediu ajuda, mas eu sempre tive a escolha em minhas mãos, e mesmo sabendo de tudo eu quis te ajudar, eu quis entrar nessa com você, eu sabia os riscos, assim como você, não foi culpa sua! - ele sorriu - Agora anda... come o sanduíche. Eu nem sei qual foi a última refeição que você fez, mas provavelmente não foi alguma coisa que sustentasse. Aquele cara pelo menos te alimenta direito?

- Caraca por que que todos vocês pensam que eu sou uma criança? - dei uma grande bufada - Eu consigo me virar sozinha. E sanduíche não é algo que sustenta tanto assim né?

Ele riu e olhou para mim.

Para ser sincera eu sentia falta de conversar com o Scott, e mesmo que tenha sido pouco tempo em que eu e ele ficamos sem nos falar, eu ainda sentia falta dele.

- Mas e aí... o tal do Leonard ou Ben, tanto faz, vocês tem ficado bastante tempo juntos ne? - Scott perguntou sentando ao meu lado com um sanduíche em sua mão.

- Ele tem me ajudado, e eu faço o que posso para ajudar ele! Assim acho que vamos encontrar o perseguidor mais rápido! - falei olhando pra ele - Por que?

- Por nada, pensei que estava rolando algo entre vocês... já rolou ne! - ele desviou o olhar.

- E desde quando você se importa com quem esta comigo? - perguntei rindo.

- Não disse que me importo...

- Mas quer saber qual relação estou levando com ele! Esta com ciúmes? - falei interrompendo Scott.

Ele apenas sorriu.

- E se eu estivesse?

Eu fiquei sem resposta e ele percebeu.

Comemos o sanduíche e eu estava preparada para ir embora, estava caminhando até a porta quando Scott me puxou de volta.

- Você não sentiu nada quando viu que a Cíntia estava comigo? Vamos seja sincera!

- Eu... eu me incomodei, mas porque ela era bem... ela me parece uma pessoa ...

Ele não me deixou terminar.

- Você fica muito bonita quando esta envergonhada! - ele sorriu malicioso e chegou mais perto - Sabe... ficamos um tempo sem nos ver, e eu senti falta de apenas uma coisa.

- O que? - perguntei piscando algumas vezes.

- De beijar você!

Eu me forçava a não sorrir, mas era praticamente impossível segurar, eu não sabia que era algo que eu queria ouvir, até ele dizer.

- E o que você esta esperando?

Ele se aproximou me pegou pela cintura e me deu um beijo, não foi um beijo qualquer, parecia um beijo de cinema, aqueles que a gente vê nos filmes de romance, só que era melhor, era real, era quente, sexy e me fazia esvaziar minha mente, como se fosse apenas aquele momento e mais nada, como se só existisse ele e eu, mas nada, o mundo pareceu parar para nós observar.

Quando Scott cessou o beijo, eu fiquei extasiada, ainda com os olhos fechados e com o coração acelerado.

- Eu nunca senti isso por ninguém! - ele disse me fazendo abrir os olhos. - Eu confesso que não queria sentir por você, mas desde aquele dia no bar, eu não consegui pensar em nada direito, por isso não pensei duas vezes em te ajudar, eu logo aceitei, eu queria você... eu quero você, quero que seja minha!

Meu coração batia forte e descompensado, parecia que ia saltar para fora, talvez eu o amasse?

- Eu quero ser sua!

Aquela foi a frase que definiu tudo, foi como uma permissão, Scott não hesitou, me segurou forte e me beijou novamente, ele começou a me levar até seu quarto o mais rápido que podia, eu podia sentir seu corpo todo quente, parecia que a qualquer momento pegaria fogo e era evidente que o meu também. E foi assim, assim que nos nos amamos, e era um amor que parecia incendiar a casa, eu nunca havia sentido isso, ele era perfeito, seu corpo era perfeito, seu beijo era perfeito, tudo era perfeito e não poderia ser diferente, eu o amava, agora eu tinha certeza disso.