Capítulo 40

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Acordei com uma claridade enorme batendo em meu rosto, mas nada poderia me deixar de mal humor hoje, olhei para o lado e Scott dormia tranquilamente, ele era lindo, até mesmo dormindo, eu me sentia uma boba so de pensar essas coisas, mas talvez eu estivesse realmente ficando boba.

Ontem a noite havia sido a melhor noite da minha vida, ele foi delicado porém firme, nós nos amamos, não era só apenas algo físico, agora eu tinha certeza que amava ele, e eu não tenho tido certeza de muita coisa, mas eu podia sentir em meu coração que era isso, que eu tinha certeza disso, mesmo que parecesse tolice, era o que eu sentida e era totalmente valido para mim.

Me levantei, fui ate o banheiro, eu precisava de um banho, eu já estava relaxada, mas era importante que eu estivesse ainda mais porque infelizmente eu precisava voltar para o hotel, Leonard estava me esperando e provavelmente muito preocupado, já que eu nem sequer dei notícias para ele sobre passar a noite fora.

Leonard.

Repeti em minha cabeça.

Por que diabos eu estava pensando nele? Depois de ontem com Scott, eu não deveria pensar em mais nada, nem ninguém. Mas agora eu me sentia mal, como se tivesse traído ele, era uma sensação ruim, aquela sensação de que você havia feito algo errado para aquela pessoa, sensação de que não querer ver ela, e que não fazia sentido algum, eu não sentia nada por Leonard, ou sentia?

Eu gostaria de esquecer essa indagação, era algo confuso de mais a se pensar nesse momento, eu me recuso a entrar em um lapso agora, esse não é o momento eu preciso me concentrar nas coisas boas.

Sai do banho enrolada na toalha e fui ate o quarto, Scott estava sentado na cama e me observou entrar no cômodo com um olhar fixo.

- Bom dia! - ele sorriu malicioso e levantou, ele ainda estava pelado, me puxou para a cama, me fazendo deitar junto a ele. - Eu quero você de novo!

Eu sorri, o mesmo começou a me beijar, era extremamente tanta dor e provavelmente eu teria continuado mas meu celular começou a tocar, e eu sabia que precisava atender, podia ser algo importante, ou sei la, ultimamente eu não perco um telefonema sequer, não se sabe o que pode acontecer.

- Preciso atender! - me levantei, enrolei na toalha de novo e atendi.

Scott não apareceu muito feliz com a minha decisão de atender o telefone, mas eu sabia que era algo importante a ser feito.

Amber?

Sim?

Esta tudo bem?

Leonard? Sim, esta tudo bem.

Você não voltou para o hotel, fiquei
preocupado!

Esta tudo bem, eu ja estou de
de volta, daqui a pouco chego ai.

T

Ta bem... tenho novidades sobre o caso venha o mais rápido que puder.

Desliguei o telefone e fui pegando minhas peças de roupa que estavam jogadas pelo quarto.

- Então ele liga, manda você voltar, e você volta, é assim? - Scott disse revirando o olho, agora eu tinha certeza de que ele estava incomodado.

- Não é bem assim, eu preciso ir, estamos trabalhando no caso, eu combinei que não ia sair do Hotel, mas ontem eu acabei vindo aqui. Não posso extrapolar a minha sorte. - disse colocando minha blusa.

- Então não se sente segura comigo?

- Eu não disse isso!

- Foi o que eu entendi. Olha quer saber, vai lá ficar com o seu guarda costas, esse cara ta tentando ficar com você, mas você é ingênua de mais para perceber! - Scott levantou e colocou uma bermuda.

- Por que esta tão estressado? - eu estava confusa. - Ele não quer nada comigo, ele só esta fazendo o trabalho dele.

- Ta bom Amber, já pode ir!

Eu achei melhor não prolongar aquela conversa, peguei minhas coisas e fui embora, eu sabia que não queria discutir com ele, agora não era o momento, a noite passada tinha sido muito boa, eu não queria estragar tudo, mas eu precisava ir até o hotel, Leonard tinha novidades sobre o caso e agora o mais importante era pegar aquela maldita pessoa, para que eu possa voltar a ter uma vida de novo, e claro uma vida que envolveria Scott, talvez eu não tenha sido muito inteligente em sair sem discutir aquilo com ele, mas se eu ficasse discutir se talvez as coisas piorassem e a gente se estressasse então eu preferi ir embora assim as coisas se manteriam um pouco melhores.

Quando eu estava prestes a entrar no carro, eu senti uma pancada na cabeça, eu só me lembro de cair com tudo no chão antes de apagar por completo, eu não consegui ver o rosto de quem havia feito aquilo.

[...]

Não faço a mínima ideia de quanto tempo eu fiquei desacordada.

Tentei abrir os olhos devagar, mas a claridade já me incomodava com ele fechado, imagina aberto. Eu sentia uma dor absurda na cabeça, coloquei a mão onde doía e senti algo molhado, nessa hora meu olho se abriu, se abriu de medo, eu sabia exatamente o que era aquele molhado, e não deu outra, quando olhei em minha mão pude ver o sangue, vermelho vivido. Nesse momento eu senti meu corpo todo esfriar, algo parecido com o um calafrio antes de desmaiar, me segurei para não fechar os olhos.

Quando consegui me acalmar um pouco eu olhei em volta, em buscar de ver onde eu estava, ou em busca de conseguir reconhecer o lugar em que eu estava, parecia com um quarto, tinha uma cama, um guarda roupa, uma janela e onde era para ser uma porta comum, estava uma porta que parecia mais uma porta de cadeia, com apenas um buraco próximo ao chão, aqueles em que os guardas passam comida. Me levantei devagar e caminhei ate a janela, mas quando abri a cortina onde era para ser uma janela tinha apenas um quadrado preenchido com tijolos, era nisso tudo que a pessoa tinha removido a janela para que ninguém pudesse ver dentro daquele cômodo, e saber disso me deixou com muito medo. Caminhei até a porta e tentei abrir, mas como já imaginava estava trancada.

Que merda! Onde que eu estou???

Eu vou ter você!Onde histórias criam vida. Descubra agora