- O que é impressionante? - perguntei.
- Você, o jeito que lida com as coisas que não dão certo para você, sempre foi assim? - ele sorriu.
- Talvez, quem sabe, eu estou te pedindo desculpa, eu sei que tem parentesco com aquelas pessoas, mas você é diferente deles, e faz coisas diferentes, e eu não levei em conta, como você se sentiria, so como eu estava me sentindo. - fechei os olhos.
- Mas é normal para você, pensar so no que sente, ou em o que beneficia você. - agora eu estava ficando irritada.
- Eu ja disse que a melhor opção agora é não discutir.
- Mas eu quero. - ele riu e chegou perto - Eu posso ter o que eu quero?
- O que você quer? Discutir? Falar o quanto sou mimada e egoísta? - respirei fundo quando ele se aproximou mais - Scott! Não faz isso por vingança. - agora o corpo dele estava colado no meu, e eu colada na bancada.
- Não é vingança.
- Então o que é?
Perguntei abaixando a cabeça.
Ele não respondeu, apenas colocou as mãos em minha cintura. Uma corrente elétrica passou por mim nesse momento.
- Nunca disse que não queria você! - ele falou aproximando o rosto.
- Mas...
Ele me interrompeu quando me levantou, colocando-me sentada na bancada, e me beijando logo em seguida.
Eu interrompi o beijo, era tentador continuar, tentador estar com ele, mas eu sabia que não significaria nada para ele.
- Eu so preciso de ajuda, e não de mais complicações. - falei mais baixo do que queria.
Ele não disse nada, apenas se afastou e sentou no sofá.
- E sou útil como?
- Eu ja disse preciso rastrear a pessoa que esta me ameaçando, perseguindo, eu sei que insunuei coisas sobre sua família, mas eu também sei que você sabe o que fazer, e como fazer, o tempo que passou com eles pode ter te ensinado algo, e eu so quero manter minha família bem! - eu falei tudo de uma vez, perdendo ate mesmo o fôlego.
Abaixei a cabeça, meu olhos lacrimejaram so de pensar que meu pai pode ir para a cadeia se eu tiver algum descuido.
- Tudo isso é culpa minha, eu não sei quem ou por que essa pessoa quer me atingir, mas é tudo culpa minha, eu eu fiz algo, chamei alguma atenção eu não sei, e isso pode destruir tudo que meu pai construiu, e sera culpa minha Scott... - respirei fundo.
- Não vejo como isso pode ser culpa sua! A não ser que tenha se metido com pessoas barra pesada, ou feito algo muito ruim a alguém. - ele me fitou serio.
- Você esta insinuando que eu fiz mal a alguem? É isso mesmo?
Por um momento eu fiquei irritada, mas eu merecia essa desconfiança, fui extremamente idiota quando insinuei coisas sobre ele, porque ele não insinuaria sobre mim?
- Não exatamente! Eu...
- Esquece, não precisa reformular a frase, eu entendo, você pode ter desconfianças, eu tive sobre você, então não esta errado em pensar mal de meu caráter. - sai de perto dele e me sentei no sofá.
Dali em diante ficamos um tempo bem longo sem trocar uma palavra, eu não quis quebrar o gelo, eu estava focada nas coisas que Scott impria, ele conseguiu recuperar as mensagem do meu celular pela nuvem, e imprimiu tudo para que eu pudesse analisar e ver se tinha alguma semelhança com outras conversas, também tentou rastrear o número, mas o endereço que aparecia não existia, era como procurar o Gasparzinho, ou algo do tipo, eu ficava cada vez mais frustada ao reler as conversas zilhões de vezes, na esperança de encontrar qualquer semelhança na escrita.
- Vou fazer um café, você quer? - Scott me tirou de meus devaneios com as folhas.
- Não.
- Quer algo para comer, acho que tenho alguns biscoitos, e tenho coisas pra fazer sanduíche também.
- Não, eu estou bem! - voltei a ler.
- Você sabe que se reler tantas vezes com a mesma perspectiva você não vai achar nada, não é? Tem que pensar como a pessoa, e então vai saber quem se identifica, vamos fazer uma pausa, talvez seja melhor, você vai sentir dores nas costas por ficar sentada no chão, eu sei que ocupei o pouco espaço do sofa de dois lugares, mas podemos trocar amanhã. - ele me olhou serio.
- Eu estou bem, posso continuar sozinha, se estiver cansado!
- Amber são 3 da manhã, se ficar focada nisso e apenas nisso, vai perder a sua linha de raciocínio, é notável que esta cansada! - Scott falou firme.
Ele estava certo, meu olhos ardiam, eu não sentia mais minha pernas, estava tão focada nisso que posso ter deixado algo passar, eu preciso dormir e pensar melhor amanhã.
- É, talvez seja melhor continuar amanhã. Vou tomar um banho também, relaxar um pouco. - falei por fim, me levantando devagar.
- Pode usar a cama, eu vou pegar um colchão e por no chão aqui.
- Não acha melhor no quarto, eu... eu acho que seria ... mais cômodo é... - como dizer que gostaria que ele ficasse no quarto para que eu me sentisse mais segura?
- Eu vou por no quarto então, não precisa dar desculpas se estiver com medo. - ele virou as costas indo ate o quarto.
- Não me trate como uma criança, eu so... tenho medo de que alguem entre e você esteja longe, no quarto ... a gente se protege melhor! - falei rápido e me senti uma idiota por falar assim.
Ele apareceu de novo na sala, segurando uma toalha, ele jogou ela pra mim, e eu peguei.
- Se precisar de algo é so me gritar.
Me levantei e abri minha bolsa, tinha algumas roupas emboladas, eu apenas joguei elas dentro da bolsa, estava com pressa, quando tirei uma blusa grande caiu um papel dobrado, peguei do chão curiosa.
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Eu vou ter você!
Misterio / SuspensoAmber uma típica adolescente rebelde, há quem a conheça como garota encrenca, ja que esta sempre envolvida em algum problema, ela acaba sendo mandada para um acampamento no verão, também conhecido por reabilitar jovens problemáticos. Quando ela volt...