Batalha

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Amanheceu, e Pierce veio me chamar, desta vez não me drogou, nem me acorrentou, nem me amordaçou, não me prendeu em nada, levantei e o segui, ele foi até o laboratório e me mandou sentar, então enfiou a porcaria da agulha no meu braço e começou a tirar sangue.

- Vou tirar o máximo de sangue que puder de você e então vou libertar você. Para que suma logo daqui! – Ele falou ríspido, foi até o armário e pegou 4 bolsas para coletar meu sangue.

Não falei nada, só deixei, não quero mais conversa com ele. Ele não é meu amigo e nunca foi. Só se fazia de bonzinho para que eu colaborasse com ele.

Ficamos o tempo todo em silencio, até que ele terminou de coletar as 4 bolsas, então foi até um tipo de refrigerador, e me trouxe um copo e me entregou. Vi que era sangue, bebi, e ele esperou cerca de meia hora, foi até o armário e pegou mais 5 bolsas. Pelo jeito ele vai tirar todo meu sangue hoje.

- Eu não fui capaz de criar seu sangue, por mais que eu tente, nunca dá certo, nunca consigo chegar a mesma essência que seu sangue possui, fui um idiota de pensar que conseguiria, estava tentando brincar de Deus, e só agora percebi, que não passo de um tolo e hipócrita! Vamos tirar mais 5 bolsas agora, à noite, vamos tirar mais 5 e amanha vamos tirar mais 5, e então, vou te libertar. E nunca mais quero ver você na minha frente! – Pierce falou bravo.

Eu virei o rosto para ele não ver, mas fiquei magoada com o que ele falou, o que eu fiz pra ele nunca mais querer me ver? Como pode, ele falar tudo isso pra mim, acho que ele nunca se importou realmente comigo. Isso se ele não resolver me matar, quando me soltar, não duvido de mais nada dele.

Ele então tirou as 5 bolsas, sempre esperava um intervalo de 20 minutos para cada retirada, e então anoiteceu, não trocamos mais nenhuma palavra, ficamos em silencio, mudos, até que ele terminou.

- Me de mais sangue e colete as outras 5 bolsas que precisa. Não precisa esperar, colete logo! – Falei em tom ríspido com ele.

Ele foi pegou mais sangue e me entregou em um copo, mas desta vez, sem tampa nem canudo, não fiz cerimonia, tomei o liquido de uma vez só e deitei na maca com o braço esticado. Ele veio e furou o outro braço e começou a coletar novamente. Eu estava fraca e cansada, acabei adormecendo. Acordei na cama da minha cela, com barulhos vindos de fora, eram sons de tiro, e lutas. Levantei, mas estava zonza, então caí no chão. Com muito esforço me ergui e fui até a porta. Pierce veio correndo e me sentou na cadeira e esticou seu pulso para mim.

- Não posso, não vou beber em você! – falei fazendo careta.

- Beba logo, pare de frescura morceguinha, estamos sob ataque, são os vampiros que sequestraram meu irmão, estamos em perigo, e você precisa estar forte para podermos fugir, vá coletei todo o sangue que precisava, mas agora preciso te levar em segurança até sua família, não quero que você sofra tudo o que sofri, agora beba logo! – Pierce falou e enfiou o pulso na minha boca.

Perfurei a pele dele e tomei seu sangue, era tão delicioso quanto do Edward, era doce e saboroso, mas bebi apenas o suficiente para recuperar minhas energias. Então levantei e saímos correndo dali, então ele me entregou uma pistola automática, e disse para eu atirar em qualquer um que nos enfrentasse.

Quando saímos do prédio, estava um completo caos, muitos corpos de lobos, e de vampiros no chão, uma verdadeira guerra estava acontecendo ali, alguns vampiros perceberam minha presença e correram para nosso lado, então começamos a atirar. Fomos correndo até as arvores, Pierce apontou para onde devíamos ir, mas atiraram na perna dele, e ele estava mancando.

-Se transforme, Pierce, assim, você vai conseguir se curar e correr mais rápido! – mal falei e ele se transformou, rasgando todas as roupas.

Subi em suas costas, ele fica muito alto, quando se transforma. E então correu em direção de onde estava um helicóptero, mas quando estávamos nos aproximando, explodiram o helicóptero. Pierce parou assustado e sem reação.

Lailah, Destino Traiçoeiro!Onde histórias criam vida. Descubra agora