Jhony bravo

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Quando acordei de manhã, Jhony já havia saído, e minha mãe estava ali.

- Bom dia, minha pequena, como está? – minha mãe sentou na cama e ajeitou meu cabelo.

- Estou bem, já posso ir para casa? – perguntei ansiosa.

- Já pode sim, o seu pai ainda está tentando pegar sangue para você, mas ele disse que irá levar direto para casa, e que você já pode voltar pra casa. Vou te ajudar a ir ao banheiro, e então já poderemos ir. – Ela falou e eu já levantei e fui tentando caminhar com a perna engessada.

- Lola, senta na cadeira de rodas, você não pode andar ainda, não se esforce, senão irá ficar com sequelas. – Ela falou então sentei na cadeira e ela me levou até o banheiro.

Eliza ajudou a me arrumar, me colocou um vestido, e então saímos dali, já havia um carro nos esperando.

Finalmente chegamos em casa, entramos e eu respirei fundo, sentia saudade até do cheiro da minha casa, das flores que Eliza sempre colocava, levantei e sentei no sofá.

- Quando quiser, Jhony a levará até lá em cima, em seu quarto. Vou terminar de organizar o café e já venho te buscar. – Eliza falou pra mim e ia saindo da sala de estar.

- Não, mãe, se puder pedir para alguém arrumar um quarto aqui em baixo, não quero que ninguém fique me carregando igual uma invalida! E não se preocupe, logo estarei bem. – Falei pra ela percebendo a presença de Jhony, mas não olhei pra ele, apenas subi até a cadeira de rodas e a virei em direção aos quartos que eram dos empregados, Eliza me seguiu e não falou nada.

 – Falei pra ela percebendo a presença de Jhony, mas não olhei pra ele, apenas subi até a cadeira de rodas e a virei em direção aos quartos que eram dos empregados, Eliza me seguiu e não falou nada

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- Este parece estar vazio mãe, pode ser neste

, tem banheiro e é de fácil acesso. E acho que vou precisar de roupas novas, pois as minhas antigas não irão mais me servir. Se tiver algum segurança ou guarda costas, eu mesma vou e as compro. – falei e abri as cortinas e a janela do quarto.

- Nem pensar que você vai sair sozinha! Se for preciso, eu compro as roupas pra você, mas dessa casa, você não sai mais! -Jhony falou nervoso.

- Isso é o que veremos! – Falei e sai dali do quarto brava, empurrando minha cadeira.

Quando cheguei na sala de estar, papai já estava entrando. Parecia ter saído de uma batalha, estava todo machucado, com a roupa em fiapos, e com sangue espalhado pelo corpo todo.

- O que foi isso? O que aconteceu com você pai? – falei tentando levantar da cadeira para ir até ele, mas Jhony fez com que me sentasse novamente.

- Não se preocupe, Lola, estou bem, consegui o sangue pra você, só vou subir tomar um banho e trocar de roupas e já desço para tomar café com vocês. – ele falou, e subiu.

Fomos espera-lo na sala de jantar, eu estava preocupada, onde é que ele foi buscar sangue, e porque estava naquele estado? Depois de alguns minutos ele desceu limpo e trocado e veio e me deu um beijo na testa e me entregou uma garrafa.

- Pai, de onde que você tirou esse sangue? Porque chegou naquele estado em casa? Fale a verdade pai.

- Lola, tentamos te dar sangue de humano enquanto você passava pela cirurgia, e você rejeitou o sangue humano, teve complicações por causa disso, então acredito, que você só pode ingerir sangue de lobisomem, e foi por isso, que cheguei em casa nesse estado, tivemos que capturar um. Mas não se preocupe com isso agora, tome o sangue, o importante é você se recuperar. Depois tentaremos outros tipos de sangue, de outros seres. Fique tranquila. – Jemy falou e então eu bebi o sangue, mas acabei deixando algumas lágrimas escaparem.

- E você capturou qual lobisomem pai? – Senti o gosto do sangue e era familiar.

- Não importa, Lola, agora vamos comer. Está se sentindo melhor? – Ele falou e começou a se servir de café.

- Pai, foi Edward Logan quem você capturou? Por favor, pai, fale! – Pedi aflita a ele.

- Sim, como é que você sabe? – Meu pai me falou levantando da mesa, assustado.

- Porque eu adquiro parte das lembranças de quem tomo o sangue, e eu já vi todas as memórias de Edward, pai, preciso ver ele, vamos tomar café e então me leve até ele.

- Nem pensar que você vai sair daqui Lola, eu não vou deixar. – Jhony falou dando um tapa na mesa bravo.

- Jonathan, eu vou sim, e não pense que será você, quem irá me impedir! - Ele ficou me olhando furioso, e eu tomei meu café tranquilamente.

- Pai, você não pode permitir isso! Olhe o estado que ela está! Ela não pode sair assim, está toda quebrada! - Jhony falou nervoso pro Jemy, chegava a tremer.

- Larga de ser besta Jonathan, já estou bem! – falei e terminei de tomar meu café.

- Bem como? Olha como está, como pretende descer no calabouço de cadeira de rodas? – Ele falou histérico.

Peguei uma faca sobre a mesa, e então cortei o meu gesso da perna, Jhony levantou e ficou me olhando com fúria, depois que cortei o gesso a desenrolei, e então tirei as faixas que tinha nos braços e em todo o abdomem.

- Como pode? Você! Eu vi! Vi seus ferimentos, seus cortes, todas as fraturas, sua perna! Como? – Ele falou espantado.

- Por causa do sangue de lobisomem, Jhony, se acalme, foi por isso, que fiz questão de capturar um lobisomem para ela, eles se curam rápido, e é por isso que deram sangue deles a ela, para salvar a vida dela, depois dela estar quase morrendo. Na maioria das vezes, vampiros não aceitam sangue de lobisomem, apenas conseguem tomar sangue de humano, mas ela, está rejeitando, ainda não sei bem o porquê, mas tiraram seu sangue e estão fazendo testes. – Jemy falou e então Jhony se acalmou um pouco.

- Vamos pai? Eu já terminei meu café! - Fui levantar da cadeira, mas ainda dói um pouco.

- Pai, não vou precisar mais da cadeira de rodas, mas precisarei de muletas. Você consegue providenciar por favor? – falei e continuei indo com a cadeira em direção a porta.

- Lola, eu preciso organizar algumas coisas, Jhony irá com você até Edward, mas por favor, não briguem, e no caminho, passem comprar roupas para Lola e a muleta para ela. – Jemy falou e olhou com cara fechada para Jhony.

- Mas pai, ... – não deu tempo de continuar, e eu fui saindo pra fora, e Jemy lhe deu as costas e saiu.

- Você continua teimosa como sempre! Sua peste! -Jhony falou, mas estava bravo.

Paramos em um shopping, e comprei algumas calças, camisetas, regatas, shorts, meias, lingeries, tênis, rasteirinhas, e produtos de higiene pessoal e um perfume cheiroso, depois comprei uma muleta.

Fomos até a sede, descemos na garagem e Jhony passou sua biometria e fez scanner de retina e então entramos. Descemos e fomos até um corredor e continuamos seguindo, eu estava com dor na minha perna, mas não quis demonstrar, queria parecer durona pra o Jhony.

Seguimos por outro corredor, o lugar é imenso, então ele passou por outra porta, digitou a senha e escaneou a retina e então a porta abriu e seguimos para dentro e tinha uma escada para descermos.

Começamos a descer e Jhony percebeu que eu estava com dor, então me pegou no colo.

- Não precisa, me solta, eu consigo me virar Jonathan. – falei brava pra ele.

- Fica quieta, você ta com dor e que dar uma de durona, para com isso! – ele falou e quando ele estava quase chegando no ultimo degrau dei uma mordida no braço dele.

- Tá ficando louca? Sua peste! Você pode morrer por morder um vampiro! Vampiro não pode tomar sangue de outro vampiro, é como se fosse veneno, sua doida! – Ele falou e no mesmo instante ligou pro Jemy falando que eu havia o mordido.

Eu o deixei ali e fui entrando no corredor, haviam várias selas, algumas estavam ocupadas, por instinto, fui até a penúltima sela e a abri.

Lailah, Destino Traiçoeiro!Onde histórias criam vida. Descubra agora