Passado difícil

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Me despedi deles, fiz o ritual e então entrei em um portal e caminhei por ele.

Cai em uma cachoeira gigante, acabei me afogando e fui carregada pela correnteza. Acabei batendo em algumas pedras, me machuquei bastante, então apaguei.

Acordei em baixo de uma arvore, estava tonta, toda machucada e não conseguia lembrar de nada, havia um homem que falava sem parar, ele era idoso e estava bem mal vestido, talvez seja um mendigo ou algo parecido.

- Francisca, corra e chame a mulher da cabana, diga que é urgente, uma criança se afogou na cachoeira, corra, corra! – olhei e vi o senhor gritando com a tal Francisca, uma menina magrinha e loura, que saiu correndo, assim que ela desapareceu, eu desmaiei novamente.

Quando acordei, havia uma mulher com capuz vermelho desbotado e com vestido verde, suas roupas pareciam bem velhas e gastas, não consegui ver seu rosto por causa do capuz.

- Me ajudem a leva-la para minha cabana, lá poderei tratar melhor da criança. – A mulher falou e então o senhor me colocou sobre uma carroça de madeira, que estava sendo puxada por um animal, acho que era um tipo de burro. Eu ficava desmaiando, não conseguia falar, nem me lembrava de nada, mal conseguia lembrar meu nome.

Eles me levaram até uma cabana, era escura, velha, toda de madeira, me colocaram sobre uma cama, o lugar era pequeno, havia apenas um cômodo e era dividido por tecidos. Havia uma lareira, estava frio, a mulher foi e colocou lenha na lareira e então o senhor se despediu da mulher e saiu.

- Qual seu nome criança? E de onde você é? Quem devo chamar para vir te buscar? – A mulher me perguntou.

- Meu nome é, meu nome acho que é Lailah. Não lembro bem de onde sou. – Falei com dificuldade, com bastante tontura.

A mulher então trouxe algumas ervas, colocou sobre meus ferimentos, os enfaixou, me deu alguns chás para que eu tomasse, e colocou algumas folhas em minha boca e me mandou mastiga-las.

- Você precisa trocar de roupa, suas roupas estão muito molhadas, senão colocar uma roupa seca, irá ficar doente criança. – ela falou e me alcançou um vestido e uma espécie de manta.

Aceitei e os vesti com um pouco de vergonha, por a mulher me ver seminua. Ela então se aproximou e me ajudou a vestir aquele vestido estranho, e quando ela estava próxima pude ver seu rosto, eu fiquei assustada e atordoada.

- Mamãe! O que você está fazendo aqui e com essas roupas? – falei pra mulher que me olhou estranho.

- Deixe disso criança! Não sou sua mãe! Meu nome é Elizabeth, e moro nesta cabana. – a mulher falou brava.

- Não pode ser! Você é idêntica a ela, mas sua voz é diferente, isso parece loucura! – falei aflita pra ela, e então ela notou que eu estava assustada

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- Não pode ser! Você é idêntica a ela, mas sua voz é diferente, isso parece loucura! – falei aflita pra ela, e então ela notou que eu estava assustada.

- Do que está falando? Quem se parece comigo? Sua mãe? – a mulher me questionou.

- Sim, agora estou lembrando de tudo Elizabeth! Sei quem você é e o que vim fazer aqui! – falei e ela me olhou seria.

Lailah, Destino Traiçoeiro!Onde histórias criam vida. Descubra agora