14° Capítulo - Perda dolorosa

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O motorista da ambulância estava dirigindo usando toda a sua habilidade nas curvas que tinha que fazer em alta velocidade ou para evitar os carros na contramão e os pedestres desavisados.

No banco de trás, Sakura, a médica clínica geral do Presídio Rinnegan, cuidava do ferimento no pulso de Naruto. A hemorragia cessou, mas os danos não haviam sido tratados.

O paramédico estava em choque, com medo de perder o paciente antes de chegarem ao hospital, olhando paralisado para a médica limpando todo aquele sangue dos braços do detento com várias gazes embebidas do líquido vermelho.

Sakura tinha sangue por toda a roupa e mãos, assim como a maca, a ambulância e as luvas do paramédico. Mas as ataduras recém trocadas dos pulsos de Naruto se mantinham brancas e limpas.

— Caramba, ele vai ficar bem? — O moreno que estava em frente à Sakura disse, um tanto assustado.

— É claro que vai, não fale essas coisas perto de mim! Eu sou uma boa médica, não sabia? – Ela esbravejou.

— Okay, então fique calma, se descontrolar só vai piorar as coisas. — Ele tentou acalmá-la. — Todo esse sangue fez uma bela bagunça. — Ele mudou de assunto.

— Você não viu nada. A minha enfermaria foi inundada por um mar vermelho. — A Haruno deu um sorriso pequeno. — Pode me dar mais ataduras para limpar as mãos?

— É claro. — Ele estendeu para ela vários pacotes de gazes.

De repente o veículo deu um solavanco e eles tiveram que se segurar melhor.

— Mas que droga é essa, motorista? Você quer matar o paciente?! Você não está carregando gado, seu maldito! — Ela gritou para o motorista.

Mas o próximo som que ouviu foi o bipe contínuo do monitor paramétrico.

O paramédico riu e tirou o boné, coçando os fios castanhos.

— Ele não resistiu. Hora do óbito...?

— Merda, cale a boca, cuzão. — A Haruno também riu e o mostrou o dedo do meio.

— Você é uma médica horrível. Nem trabalha com pacientes críticos e consegue matar os seus anjinhos da prisão.

Sakura revirou os olhos.

— Tem um cigarro?

O bipe se mantinha. Sem atividade cardíaca.

— Desliga essa porra! — Uma terceira voz se pronunciou.

— Quer matar a gente também, cuzona? Tem oxigênio aqui. — Obito falou. — Mas tem álcool. A 70 e 100%, qual prefere?

— Eu nem acredito que finalmente conseguimos nos livrar dele!

— É, aquele cara é um pé no saco! — O loiro riu.

A Pain in the ass, como diria a minha morena. — Sakura riu e desligou o alarme de parada cardíaca do monitor. — Mas essa foi a parte fácil, mocinhas. Agora é que são elas.

— É, porque eu não sei como eles vão enterrar o corpo do Uzumaki... — Obito cruzou os braços atrás da nuca.

— Sem o corpo do Uzumaki. — O outro suspirou.

— Não se preocupem, bebês. É claro que cuidamos disso, não é, titio? — Obito debochou.

— Vá se foder, Obito. — Madara mostrou o dedo do meio através do banco do motorista.

— Que bela reunião de família. Hmpf.

— Eu não resisto a viagens em família. — Shisui riu do banco dos passageiros, removendo a máscara do rosto, mas manteve o boné. — Não as do tipo sangrentas e de carregar corpos, porque eu já tive o suficiente disso. Mas não vou reclamar. Pelo menos o Naruto é mais leve do que eu pensei.

One Way or Another | Keep Out Series Book 3Onde histórias criam vida. Descubra agora