18º Capítulo - O delator dos Uchiha

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Hinata e Madara estavam a alguns metros de distância, longe o bastante para ser seguro. A morena queria voltar para a minivan, então ele teve de fingir estar em péssimas condições e se agarrar a ela com firmeza para evitar que ela se arriscasse em vão.

A angústia e a aflição eram muito mais intensas do que qualquer dor que sentiam no momento. Tão marcantes que eles nem se deram conta quando um carro se aproximou. Os faróis competiam com a luminosidade das chamas no meio da escuridão.

O motorista desceu, sem desligar o motor e os surpreendeu por trás.

— Entrem no carro.

— Mas o qu... — Hinata se virou assustada, mas a nova explosão, dessa vez mais intensa do que as pequenas que estavam estourando, atraiu a sua atenção. — NÃO!

— OBITO! — Madara gritou.

— Sakura! — A morena se soltou do mais velho e tentou correr na direção do veículo em chamas, mas o motorista recém chegado a pegou pela cintura e a arrastou para dentro do veículo. — Não! Me solte! Não! Saky! Obito! Naruto!

Jogou a mulher no interior e fechou a porta, travando-a.

— Agora você. Você vai entrar sozinho, não é? Ou terei de leva-lo a força?

Madara meneou a cabeça em negação, abalado com a sua perda, e se arrastou como pôde.

Hinata estava inconsolável batendo no vidro e chutando a porta...

Ela não poderia perder de uma vez um irmão e um cunhado postiço, além do amor de sua vida. Ela não suportaria, não sobreviveria a isso.

... até que viu a silhueta de três corpos unidos como um só, arrastando-se na direção do carro com dificuldade.

Quando estavam perto o bastante, já entregue as lágrimas, Hinata viu os cabelos rosados e pôde reconhecer um rapaz com o rosto ensanguentado carregando Obito entre os dois.

— Sakura! — Hinata gritou e conseguiu abrir a porta do carro, correndo para a namorada.

— Não! — Vendo que ela vinha de braços abertos para abraça-los, adiantou-se: — Amor, não se aproxime! — Sakura disse, desequilibrando-se enquanto mancava, com Obito em seu lado esquerdo, inconsciente.

Naruto sentiu-se zonzo e sem forças, mas forçou-se a manter-se em pé, por aqueles que precisavam dele.

— Obito está em uma situação crítica agora, ele não pode ser mobilizado a menos que estritamente necessário. — A Haruno tentou sorrir para tranquilizá-la. — Mas nós estamos bem. Nós ficaremos bem, apenas... entre no carro e deixe que Shisui nos leve para um lugar seguro. — Ela tomou fôlego para ajeitar o moreno em seus ombros, um tanto pálida e com uma feição desconfortável.

Naruto a olhou de canto, mas não estava em boas condições para fazer comentários no momento. Shisui sorriu e fez uma breve carícia nas costas de Madara, que respirou aliviado e enxugou uma lágrima no canto do olho esquerdo que ninguém notou.

Espremendo-se no carro, com Obito tendo ficado no banco do carona ao lado de Shisui, eles conseguiram sair daquele bairro maldito onde os Uchiha pareciam fadados a morte.

Sasuke e Itachi podiam até não ter morrido no mercado próximo dali, mas a morte de Madara, Obito e os demais foi quase bem real.

Sasuke e Itachi podiam até não ter morrido no mercado próximo dali, mas a morte de Madara, Obito e os demais foi quase bem real

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