Gustavo •
"Roberto, a gente não marcou essa reunião pra brigar; a gente só marcou essa reunião porque precisamos resolver tudo com os colombianos." Cristóvão responde por mim. Já não estou mais aguentando essa maldita reunião! E olha que ela nem começou oficialmente.
"Pois bem. Gustavo, a gente tem uma parceria. Eu conheço seu pai antes mesmo de você nascer." Roberto diz e eu reviro os olhos.
"Roberto, nenhuma das minhas ações estão à venda e mesmo se estivesse eu jamais venderia por esse preço que você está propondo."
"Mas você tem 50% das ações, Gustavo! Pensa bem. Temos uma parceria e graças a mim a Rey Café está sendo bem falada na América Latina."
"Você se acha o fodão, né? Mas saiba que não, Beto. Se a Rey Café está na América Latina é por causa do meu avô; eu continuei seguindo o legado da minha família e graças a mim que ainda estamos bem falados na América Latina, então não pense que só porque temos negócio de exportação com a sua empresa na América Latina que significa que é graças a você que estamos no auge da porra toda."
"Você está perdendo um bom negócio..."
Reviro os olhos, me levanto da cadeira e pego meu celular na mesa que está com a tela virada de costas.
"Onde você vai, Gustavo?" Roberto pergunta.
"Ao banheiro. Continue a conversa com o Cristóvão. Os colombianos não chegaram ainda. Temos um negócio a fechar, Beto. Então vê se controla essa boca senão você vai prejudicar tanto a sua empresa quanto a minha." Saio.
Já estava quase mijando na roupa. Como o Roberto consegue ser tão insuportável? Ele se acha o rei da cocada preta e não se toca que está apenas estragando a minha vida.
Enfim, temos um contrato de empresários que veio da Colômbia, Roberto basicamente só cresceu na área de negócios graças ao meu pai e por esse motivo meio que alguns contratos são compartilhados com a empresa do Roberto. Ou seja, quase todos os negócios de exportação eu compartilho com o Roberto. Quando meu pai morreu a Rey Café foi divida em seis ações, Estefânia ficou com uma, Gabriel, eu, meu tio, Cristóvão e Roberto. Quando meu tio morreu eu fiquei com as ações dele e com a minha, por isso hoje eu tenho mais ações que todo mundo e agora o Roberto deu pra inventar que eu devo vender duas das minhas ações pra ele e isso eu não faço nem fudendo! É mais fácil eu dar tudo pro Cristóvão do que vender pro Roberto.
Lavo minha mão e quando pego alguns papéis para secá-las de repente uma luz azul aparece no bolso da minha casa. Tiro o celular do bolso e a surpresa bate quando vejo o número do telefone de casa na tela.
"Alô?"
"Senhor! Graças a Deus atendeu." Silvestre diz com seriedade, se bem que o Silvestre vive com seriedade.
"O quê foi, Silvestre?"
"Liguei 10 vezes pro senhor."
"Eu tô no meio de uma reunião, Silvestre. Deixei o celular no silencioso e sem vibrador."
"O senhor precisa voltar para casa o mais rápido possível."
"Agora? Essa reunião vai demorar no mínimo umas duas horas. Às 21:00h eu tô aí..."
"Dona Cecília!"
"Cecília? O que ela tem?" Na mesma hora meu tom de voz muda para marido preocupado.
"Não sei, senhor! Ela chegou desesperada, chorando muito com os olhos vermelhos e subiu pro quarto. Ela trancou a porta do quarto e não sai de lá por nada."
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New Life - Depois Do Casamento (Parte 1)
FanfictionA história se conta da mesma maneira que CDA foi contada até o casamento Gucilia. Irei fazer minha versão de como a história poderia ter cido contada após o casamento de Gustavo e Cecília. SINOPSE Após Cecília deixar a vida religiosa a vida da mes...