Capítulo 27

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Cecília •

O filme no cinema foi perfeito e eu chorei bastante por conta do final romântico. Gustavo ficou me olhando o filme todo, eu acho que ver filmes com ele não funciona muito bem. Ele sempre fica me olhando todo bobo e eu sempre morro de vergonha.

Após o filme acabar, minha simples maquiagem está toda borrada. Peço ao Gustavo para passarmos no banheiro para me limpar a maquiagem antes de sairmos. Estou parecendo um monstro, que vergonha! Após acabar, saio do banheiro e encontro Gustavo encostado na parede. Ele diz que quer me levar em um lugar e eu logo me animo. Alguns minutos de carro chegamos em uma loja de doces. Meu Deus, ele quer me engordar.
Já se passaram algumas horas e eu já estou ficando com fome novamente. Mas quer saber? Não me importo, vou comer tudo que eu puder aqui, eu preciso aproveitar. Ignoro meu subconsciente que diz que eu vou ficar feia e gorda e saio do carro junto com o Gustavo.

Ao entrarmos o lugar é tão quentinho que faz eu soltar um alívio contente. Todos os lugares aqui são bem aquecidos; tirando lá fora. Sempre tem um aquecedor que traz calma e conforto ao ambiente. O lugar parece uma casinha e é feita de madeira. As vitrines estão cobertas por diversos doces, um mais bonito que o outro.

"Tá com fome, princesa?"

"Sim, mas eu acho que eu tô em dúvida. Tudo aqui parece ser tão bom."

"Eu vou te oferecer uma coisa que é típica daqui. Un Cheesecake con frutos rojo, por favor." O nome do que ele pediu é estranho, mas tento ignorar olhando os doces nas vitrines. Assim que a moça entrega o prato pro Gustavo meus olhos brilham e eu solto um soluço impressionada. É um bolo lindo com várias frutas vermelhas, e com um caramelo vermelho. Ai meu Deus! Parece ser tão gostoso.

"Nossa! É lindo." Ele me entrega o prato e a colher. Só consigo pensar em mim e no garfo entrando na minha boca com esse bolo maravilhoso. Se a Fabiana tivesse aqui ela iria ter um surto. "Só não pode ser mais gostoso que o bolo da Diana."

"É, eu acho que a sua amiga vai ficar um pouco brava com você." Assim que eu coloco um pedaço na boca eu me derreto todinha, eu não posso acreditar. É muito gostoso.

"Hmm!" Relaxo meus ombros para apreciar o gosto.

"Gostou?"

"É muito gostoso." Digo ainda de boca cheia e ele ri. Eu tô tão derretida pelo bolo que só consigo pensar nele. "Eu nunca comi algo assim." Finalizo.

"E não vai me dar nenhum pedaço?" Ele me olha e eu olho para ele. Tudo bem, ele merece uns pedacinhos por estar sendo tão incrível.

"Hm! Não tava nos meus planos, mas..." Pego um pedaço, estendo o braço; ele se aproxima, abre a boca e eu enfio o garfo em sua boca perfeita. Assim como eu, ele também se derrete. Realmente está muito bom. "Tá bom?" Pergunto já sabendo a resposta. Ele joga a cabeça para trás em resposta e eu coloco outro pedaço na minha boca.

"Que delícia."
Ai, que delícia Cecí...
Só consigo me lembrar disso na nossa primeira vez. Foi tão sedutor. Por várias vezes minha mente repente essa frase, a voz do Gustavo dizendo isso fica ecoando sobre meus ouvidos. Meu delírio volta com força. Eu quero mais, eu quero sentir ele de novo, quero ouvir ele gemendo pra mim e me chamando de Cecí.

"O que foi, Cecí?" Ele pergunta como se tivesse lido minha mente. Ele acabou de me chamar de Cecí! Ninguém nunca me chamou de Cecí e eu amei esse apelido tão carinhoso.

"Nada." Minto.

"Quer sentar?"

"Quero." Sento na primeira mesa vazia que encontro e ele se senta ao meu lado. Não consigo mais pensar no bolo, só consigo pensar no meu neném. Eu amo tanto ele que faria os poemas mais belos só pra agradá-lo, diria as coisas mais intensas só pra vê-lo emocionado novamente. Nesse momento pra mim só existe eu e ele; nada e mais ninguém.

"Eu gosto quando você me chama de 'Cecí.'"

"É? Mesmo?"

"Aham." Sorrio.

"Pois então eu vou te chamar assim sempre."

"Vou amar." Digo com sinceridade. "Quer mais um pedaço?"

"Eu tô só esperando você me oferecer."

Caio na gargalhada. "Toma, neném." Ele abre a boca e eu enfio o garfo na boca dele.

Após terminarmos de comer decidimos dar outro passeio pertinho da loja de doces. Preferimos não ir muito longe pra não perdermos o carro de vista. Gustavo me leva em uma ponte que tem a vista direta de um mar. Eu ainda estou encantada com tudo isso. Não está mais caindo nem neve e nem chuva, então é melhor de apreciar a vista.

"E agora, vamos dar um mergulho?"

"Cê tá doido, Gustavo? Deve estar menos uns 30 graus essa água. Mas, se você for se jogar eu vou ser obrigada a não te salvar." Rio num tom brincalhão.

"Olha, você não sabe, mas, você já me salvou quando apareceu na minha vida."

"Ah, não fala assim vai, se não eu vou ter que me jogar daqui de tanto amor." Ele sorri, se aproxima e me beija. Eu tô me sentindo tão viva, essa lua de mel tá sendo muito mais do que eu imaginei e eu não quero perder esses momentos jamais.

New Life - Depois Do Casamento (Parte 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora