Capítulo 51

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Cecília

"Aí não!" Começo a rir assim que Gustavo joga o morango. Ele se espatifa todinho no chão e eu rio sem parar, só consigo me lembrar de quando caí de bunda na neve. Foi exatamente como esse morango caiu.

Na vez do Gustavo ele não deixou um se quer cair e me sinto péssima. Já caíram vários morangos na água e eu decido os pegar antes que eu os esmague e se isso virar uma gororoba vai dar muito ruim.

"Você é péssima." Ele ri se gabando. É, eu fui péssima mesmo. Não devia ter cantado vitória antes da hora. Agora ele está aí se achando. Nunca fui boa nessas coisas mas não pensei que iria me sair tão mal nessa.

"É. E eu não comi um moranguinho sequer." Faço um biquinho e ele ri.

"Oh meu Deuso. Tadinha da minha princesa." Ele diz enfatizando a frase e eu fecho a cara. Ele começa a se aproximar e me dá um selinho. "Olha, pra você ver como eu sou atencioso, eu vou fazer esse esforço por você." Ele pega um morango e começa a aproximá-lo da minha boca. Quando vou dar uma mordida ele o afasta fazendo meus dentes cercaram uns nos outros. Ele aproxima o morango novamente e faz de novo, na terceira vez eu consigo agarrar o morango e ele sorri. Mordo metade e o que sobra ele come. "Gostoso?"

"Chato." Ele ri. A forma como ele mastiga me faz derreter. Sua perfeição vai de um nível maior.

"Por que eu sou chato?"

"Porque é." Rio e jogo água nele. Ele olha pra mim sem acreditar no que fiz e eu rio mais ainda.

"Ah, é assim? É isso que você faz com seu marido?"

"Mereceu." Digo entre risadas e ele começa a tacar água em mim, muita água! Meu cabelo que estava seco já está praticamente ensopado de água.

"Gustavo Lários!" Grito e ele ri do meu estado. "Eu não te molhei tanto assim, e fiz isso porque você não quis me dar o morango na hora, seu falso..." Fecho a cara, cruzo os braços e ele ri.

"Ah, foi só um pouquinho de água." Ele me puxa para perto e eu me sento no colo dele. Estou me sentindo tão bem. É um pouco estranho estar no colo dele e eu sinto um pouco de vergonha, mas não é como antes, eu me sinto mais confiante apesar de me sentir envergonhada.

"Você molhou meu cabelo, Gustavo!" Digo. Ainda estou brava mas basta apenas um sorriso dele para me fazer amolecer.

"Desculpa."

"Eu só te perdoo se você me comprar aquele bolo gostoso de novo." Coloco as mãos entre seus fios meio molhados e começo a fazer movimentos de modo que meus dedos entram e saem do seu cabelo macio.

"Você gostou?" Ele começa a beijar meu pescoço.

"Muito." Suspiro e me arrepio com seus beijos excitantes. Ele me aproxima para mais perto e aperta a minha bunda. Sinto um ardor na minha pele clara, mas é suportável. Seus tapas de ontem foram fortes e ainda está doendo. Não me arrependo nem um pouco, foi uma sensação maravilhosa e deixaria ele fazer quantas vezes quisesse. A noite de ontem foi intensa demais, provei várias sensações diferentes e meu corpo entrou em colapso de um jeito nunca visto antes. Essa noite ajudou muito e eu estou feliz que eu tenha conseguido me abrir um pouco. Sinto que ainda nosso nível na cama vai melhorar muito mais.

"E de ontem? Você gostou? Tá se sentindo mais à vontade?" Ele começa a fazer carinho no meu braço.

"Foi incrível. Eu tô me sentindo muito bem. Acho que isso foi muito bom pra me abrir mais. Obrigada por me fazer sentir sensações tão boas e por me amar tanto."

"Você não tem que me agradecer, princesa. Te amar me dá prazer. Eu quero fazer você se sentir bem todos os dias da sua vida... Você tá mais confiante?"

"Muito, mas ainda você me causa um friozinho na barriga." Digo envergonhada.

"Mas isso vai passar com o tempo. Aos poucos você vai se sentir mais confortável, a gente não precisa ter pressa."

"Tenho medo de você se enjoar de mim."

"Isso é a coisa mais impossível de acontecer. Você é a minha mulher, eu te escolhi pra vida e isso não vai mudar. Eu vou te amar até o meu último suspiro e mesmo depois da morte eu continuarei te amando." Sorrio e o beijo. Por incrível que pareça, nosso beijo sai mais rápido que o normal. Os movimentos das novas bocas são faróis e eu tenho a sua boca intensamente dentro da minha. Ele leva as mãos até a minha cintura e morde meus lábios, eu faço o mesmo e ele sorri dentro da minha boca. Acho que daqui a pouco nós nos engolimos.

Gustavo entrelaça minhas pernas na sua cintura e eu continuo o beijando. Suas mãos percorrem minhas costas e eu levo as mãos em seu pescoço. Quando sinto que nosso fogo vai começar, o celular dele apita trazendo uma notificação.

"Merda!" Ele diz. "Vamos continuar."

"Não, pode ver o que é."

"Mas eu já conversei com o Cristóvão. Ele agora está em reunião."

"E se for alguma coisa importante?"

"Você e esse seu papo de tudo ser importante." Rio. Ele se afasta de mim, pega a calça e tira o celular do bolso. Ele se concentra em sua tela de vidro e eu fico brincando com a água enquanto o espero ansiosamente. "É um convite."

"Convite?" Olho para ele.

"É. Hoje a noite vai ter uma exposição de quadros de um artista que está começando... Mas se você não quiser, a gente não precisa..."

"Claro que eu quero. Eu amo quadros e, eu nunca fui em uma exposição. Vai ser legal."

"Que bom. Vai ser às 20:00H."

"Tá bom então... AI MEU DEUS!" Levanto da banheira em um pulo e me enrolo na toalha ao sair. Não acredito que esqueci da pílula!

"O que foi?"

"Nós temos que ir à farmácia, agora! A gente não se protegeu ontem, lembra?" Me olho no espelho tensa e ele ri. Me viro para ele sem entender sua risada e ele olha pra mim sorrindo.

"Não seria uma má ideia ter um bebê." Ele olha para frente novamente e eu cruzo os braços.

"O quê? Você tá louco Gustavo? Não podemos ter um filho..." Ele me olha e ergue a sobrancelha. "Não agora." Me corrijo. Ele sai da banheira e enrola a toalha na cintura.

"Relaxa princesa. Nós vamos comprar a pílula. Aí a gente aproveita e compra aquele bolo que você tanto amou." Ele se aproxima, me dá um selinho e eu sorrio.

New Life - Depois Do Casamento (Parte 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora