O Segredo de Mason

Capítulo 57 (mason)🖤

Foi o som de seu celular vibrando em seu bolso que o trouxe de volta à realidade. Quando ele o pescou, seus olhos se estreitaram ao espiar a tela e
quando viu o nome rabiscado nela, considerou não responder porque não estava com vontade de falar com ninguém. Mas a parte sensata dele disse-lhe para responder.

- Beth...

- Você está em casa? - Não demorou um segundo para registrar a voz firme e não ajudou que ela soasse frenética.

- Lauren está com você? Isso o fez se endireitar.

- Ela não está. O que há de errado?

- Eu não sei onde ela está.

- Ela me deixou uma mensagem de voz uma hora atrás dizendo que estava indo até você, e eu tentei ligar para ela algumas vezes, mas ela não atendeu. - Sua voz estava tremendo e ela teve que respirar fundo para continuar, - E agora, o celular está completamente desligado.

- Porra. Isso o tirou da cadeira rapidamente enquanto abria a porta e saía, sem se preocupar em fechá-la. Ele nem se incomodou em se trocar antes de pegar as chaves do carro da mesa e sair de casa. Ele passou a mão pelo rosto enquanto ia direto para o carro.
- Acalme-se e me escute, Beth. Continue tentando ligar para ela.
- Mason estava completamente calmo e focado, e isso ajudou a manter a preocupação que ameaçava transbordar dele. Ele podia sentir isso rastejando nos cantos de sua mente,
tentando assumir o controle de tudo e ele não podia permitir que isso acontecesse.

- O que você vai fazer? - Ele a ouviu perguntar assim que ligou o motor e fez uma curva fechada, acelerando para fora do portão e quase derrubando seu segurança.

- Vou procurá-la.

- Onde?

- Em todos os lugares, - ele respirou. Lauren tinha que estar bem. Ele teve que repetir para si mesmo uma e outra vez. Mason não tinha certeza do que faria se ela não estivesse bem, e ele sabia que isso o envolveria matando qualquer um que pudesse ter colocado um dedo nela.
Apenas o pensamento de algo acontecendo com ela o fez se sentir
vazio por dentro. Isso o abalou profundamente. Ele nem sabia por onde começar. Beth começou a falar novamente.

- Eu deveria ir com você...

- Não, - ele a cortou bruscamente.

- Você precisa ir para a casa caso ela vá para lá. Pode até não ter acontecido nada. Ela pode ter esquecido de carregar o telefone.
- Ele estava tentando acalmá- la, mas sabia que Lauren já deveria ter chegado em casa. Seu pai disse que ela estava voltando para casa para vê-lo e Beth disse a mesma coisa, então o que poderia tê-la impedido?

- Lauren sempre esquece, mas dessa vez é diferente, - Beth apontou e ele estreitou o olhar para a estrada. Levou um momento para perceber que estava segurando o volante com um pouco de força demais antes de afrouxar o aperto.

- Vá para casa e fique lá. Me ligue se ela aparecer. Beth, você está ouvindo?

- Sim. estou indo agora.

- Ok. Falo com você em breve.
- Sua mente estava a mil e ele podia sentir que começava a espiralar. E se Anthony a tivesse sequestrado? O pânico começou a aumentar. Ele podia sentir isso crescendo em seu coração quando sua frequência cardíaca começou a acelerar. Superficialmente, ele tentava dizer a si mesmo que não era possível.
Anthony tinha tantas chances, muitas chances de tirar Lauren dele, mas ele nunca a tocou ou tentou fazer contato. Mas ele nunca o fez, porque sabia as consequências.

E se não fosse ele? E se ela tivesse acabado de ser atropelada por um carro? Ele realmente estava em uma espiral de pensamentos e tentou se esforçou para se acalmar antes que ele mesmo se envolvesse em um acidente antes de encontrar Lauren.
Ele não costumava entrar em pânico. Ele normalmente não fazia isso. Ele mal conseguia se lembrar da última vez em que entrou em pânico, foi há muito tempo quando seu irmão, Tom, sofreu um acidente.

Quando Lauren entrou em sua vida, ele se viu fazendo e sentindo coisas que nunca imaginou que se repetiriam. Nunca em sua vida alguém o atingiu da maneira que Lauren fez. Não era para acontecer. Não era para ser assim. Era com ele que ele precisava se preocupar, não com Lauren. Principalmente Lauren. Ela era um dano colateral, um meio para um fim.

O pensamento de alguém levando Lauren, o pensamento dela sendo ferida ou pior, morta o fez se sentir mal do estômago. Rasgou cada centímetro dele. Ele nem mesmo queria pensar sobre ela estar morta.
Isso o dominou. Ele já podia sentir seu peito apertar e estava com dificuldade para respirar. Cada parte dele parecia um fio elétrico.

Seu celular vibrou quando a tela se iluminou com uma chamada de vídeo recebida. Ginny. Ele não queria atender. Ele não queria falar com Ginny. Não naquele momento. Não era a hora. E ainda assim, parecia que era a hora certa. Então, ele apertou o
botão verde.

- Ginny, eu não tenho tempo...
- Suas palavras morreram em sua garganta quando algo apareceu na tela, algo que o fez bater no freio tão rápido que quase atingiu um poste de luz. Ele agarrou o telefone com as mãos e olhou para o que estava sendo mostrado na tela. Lauren.

Lauren estava amarrada em uma cadeira com a boca colada com fita adesiva. Ele podia ver a ascensão e queda de seu peito, mas ela não estava se movendo e seu coração disparou. Ele piscou quando o telefone foi tirado de seu rosto e Ginny apareceu em sua tela enquanto exibia seu sorriso torto.

- Tique-taque, antigo parceiro,
- ela cantou, cutucando o relógio com a cabeça. - Encontre-me onde tudo começou; você, eu e nosso pequeno fantoche. - Eu acho que é hora de jogar a merda no ventilador, você não acha? - Ela ergueu a sobrancelha e encerrou a ligação.
A respiração de Mason saiu áspera e ele agarrou o volante com tanta força que sua pele poderia rasgar.

Estou indo. Lauren.