How I met my soulmate

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Taehyung

Dizem que o ensino médio pode ser assustador, agonizante e vai te marcar pelo resto da sua vida. Para mim foi uma mistura de emoções boas e ruins, até porque, ninguém sai ileso do ensino médio, nem mesmo quando você é considerado atraente e popular.

Prazer, meu nome é Kim Taehyung e eu vou contar um pouco da minha história antes de proceguimos onde vocês pararam. Prometo que irei ser o mais breve possível.

Estão confortáveis?

Me sinto igual ao Ted Mosby de How I met your mother, a seguir vamos ter a trajetória de "Como eu conheci minha alma gêmea".

Eu tinha 14 anos quando beijei um menino pela primeira vez, foi uma imensa confusão para uma cabecinha adolescente tão pequena. Para ter algum apoio emocional, acabei optando em compartilhar isto com um amigo, este que contou para um, que contou para outro, que disse para outra... Em menos de uma semana parecia que o mundo todo ficou sabendo que Kim Taehyung beijava meninos. E ao contrário do que eles achavam que sabiam, foi assim que minha "popularidade" começou a surgir.

Fiquei em estado de negação por um tempo, qualquer um que perguntasse qualquer coisa eu apenas dizia não, não e não. Eu não era gay, eu não ficava com meninos e não sabia porque estavam falando isso sobre mim. Foi tanta pressão que BUM! Eu explodi. Não conseguia mais ignorar comentários ou perguntas. Chorei por dias e dias, me odiei, me culpei e por um tempo me distanciei até da minha família. Este tempo foi o bastante para  pensar o que aconteceu e o que exatamente eu estava sentindo. Sim, eu havia gostado do beijo, e não foi a primeira vez que sentia algo estranho por outro garoto, e sim, eu gostava de garotas. Então depois de noites sem dormir, pensando em pessoas que mal me conheciam e já tiravam conclusões precipitadas, cheguei a seguinte conclusão: Não adianta mais fugir, eu sei agora como eu sou. Não fugi mais de perguntas e quem me perguntava eu falava que era Bissexual, fazendo minha popularidade se alastar e quando finalmente comecei o maldito ensino médio, tudo foi ficando mais difícil. Rodeado de pessoas que queriam ser minhas amigas. Um boato sendo repercutido por mês ou semana. Acabei me acostumando e apenas relevei, empurrando tudo e ignorando o que me incomodava.

Quando eu vi Park Jimin pela primeira vez ele tinha cabelo curto, preto e uma franja que cobria sua testa, sentava na maioria das vezes com as penas cruzadas e brincava com o lápis entre os dedos quando ficava concentrado, fazia um adorável bico nos lábios carnudos em provas difíceis. Era tão fofo que fez meu coração derreter, e caralho, se antes eu não sabia meu tipo, naquele exato momento eu havia acabado de descobrir.

Não tinha como negar que eu estava caidinho por Jimin, quando eu me dava conta, estava horas vendo as fotos que eu tirava dele nas peças da escola. Queria ser seu amigo, queria chama-lo para fazer qualquer coisa, queria muito ele perto de mim, entretanto, tem uma coisa que nos faz desistir fácil do que queremos. Sim, estou falando dela: Insegurança. O medo de rejeição. Nenhum garoto que queria ficar comigo queria algo sério e muito menos havia saído do armário. A ansiedade me fazia ficar longe dele.

Porém, tudo mudou quando fui para a faculdade e ele virou meu colega de quarto e eu DESCOBRIR que o gato é GAY.

Minha mente ficou nada mais nada menos que assim: JKUUWUECHUEEIEIDJDUWHSID, GAAAAAAY.

Agora podemos voltar para onde paramos. Isso é tudo pessoal.

— Taehyung, eu sou apaixonado por você desde o ensino médio! — Jimin falou de súbito me olhando tão surpreso quanto eu.

— O quê?— Perguntei transtornado por uma emoção nova que chamarei de: meu Deus, eu morri?

Jimin cobre o rosto com as mãos e se encolhe todo, parecendo uma bolinha na cama. Talvez por ter se arrependido de ter falado isso.

— Me desculpe. — Disse com a voz abafada pelas mãos — Eu não aguento mais. — Me olhou ainda mais vermellho — Taehyung, eu gosto de você!

Lhe olhei espantado. Se eu gosto dele e ele gosta de mim, então, o que estamos fazendo?

Me aproximei dele devagar, ganhando um olhar duvidoso em minha direção. Jimin não sabia o que eu estava fazendo, na verdade, nem eu sei direito também. Apenas cheguei perto o bastante e o puxei para meus braços lhe apertando contra meu peito. Jimin envolveu meu corpo de volta, parecia que ansiava por um abraço naquele momento. Depois de um tempo assim, me afastei um pouco apenas para olha-lo, e nossa, como eu tinha ficado com tanta sorte de uma hora para outra? Seus olhos se encontravam com os meus e eu pude ver de pertinho o quão lindo era seu rosto e o cabelo rosa combinava muito com ele.

— Jimin, sai comigo? — Perguntei pegando sua mão.

Ele fica por um tempo calado, com um semblante envergonhado mas logo sorriu e concordou.

— É claro! — Disse animado.

Sentia que Jimin segurava um pouco sua animação, mas agora ele estava se soltando. Isso me deixa feliz e mais tranquilo em demonstrar minha excitação também.

— Ai, meu Deus! Eu finalmente vou ter um date com Park Jimin? — Ri contente.

—  Finalmente? — Jimin disse confuso na mesma intensidade de animação me abraçando e sussurrando algo inaudível.

— O quê? — Perguntei lhe olhando.

Jimin me encarou engolindo seco e muito mais corado.

— N-nada!

— Me fala! — Insisti tocando seu rosto com a ponta dos meus dedos. — Por favor... — Colei nossas testas fazendo um carinho em sua bochecha.

— Eu disse... — Jimin começou a falar com os olhos fechados — Que isso parece um sonho. — Disse os abrindo lentamente.

Agora quem ficou envergonhado sou eu. Jimin dizia aquelas palavras de um jeito tão fofo que deixara sem graça, sem ao menos perceber eu estava rindo tanto que Park ficou confuso. Eu tenho que parar, se não ele vai achar que estou rindo dele, mas na verdade é de vergonha. Eu não sei o que fazer, então apenas me deitei ao seu lado quando senti que os risos estavam indo embora. Jimin me olhou curioso, como se me perguntasse se ele havia falado algo errado ou estava se odiando por ter falado aquilo.

Lhe puxei para deitar também, e assim que estávamos os dois aconchegados, comigo repousando a mão em sua cintura, eu disse:

— Por favor, seja meu namorado.

Estúpido! Eu e meu jeito impulsivo.

Jimin me olhou perplexo com a repentina pergunta e eu bati em minha testa do jeito mais idiota que me encontrava.

— M-me desculpe Jimin. — Suspirei envergonhado — Não precisa responder nada, e-eu só... Sabe? Eu e você e...

Jimin deu um reconfortante beijo na minha bochecha que me fez calar a boca. As vezes eu não sei quando é hora de parar.

— Essa pergunta ainda está valendo? — Perguntou sorrindo se ajeitando na cama se sentando sobre os pés.

— Sim — Respondi fazendo o mesmo ficando frente a frente com ele — Está!

— Então eu aceito! — Sorriu se jogando em cima de mim fazendo os dois se deitarem e soltando uma risada contagiante me abraçando.













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Oi pessoinhas!
Passando para avisar que a Eu durmo pelado esta na reta final.
Obrigada pelo apoio 💕
Estou recebendo tanto carinho por vocês que me deixa toda boiolinha.
Beijos, beijos ❤

Eu durmo pelado, você se importa? 🍭 V•Min Onde histórias criam vida. Descubra agora