Fugindo de casa parte 2

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Helena

Cheguei até a porta do quarto respirando fundo morrendo de medo de bater, mas se eu não batesse iria ficar com essa dúvida pelo resto da vida dei dois toques na porta e aguardei demorou alguns segundos contudo pareciam horas até que a porta se abriu olhei para um rosto belo de traços delicados cabelos loiros e olhos azuis foi a mesma mulher que eu vi abraçando Adrian na entrada do hotel.
-Pois não?
-Adrian se encontra?
Ela me olhou de baixo para cima dando um pequeno sorriso.
-Quer deixar algum recado, ele está no banho agora.
Aquilo foi uma facada no meu coração, ela olhou para dentro como se estivesse com pressa e eu não conseguia mais ficar ali ele me traiu era tudo uma mentira minha mente estava um caos virei as costas e corri não precisava ver mais nada já tinha visto o suficiente sai do hotel em transe não sei como cheguei ao carro as lágrimas embasaram meu rosto abaixei a cabeça e fiquei ali até que ouvi o celular tocando atendi no automático.
-Helena estamos voltando para casa.
Eu não consigo responder.
-Helena você está aí o que aconteceu fale alguma coisa?
Respirei fundo.
-Ele me traiu Sam, me traiu...
-Helena se acalma pode ser diferente do que você está pensando veja eu estava totalmente errada era apenas um trabalho difícil.
-Ele estava no banho ela veio abrir a porta quando que um cliente abre a porta do hotel do seu advogado enquanto ele toma banho Sam?
-Voce falou com ele?
-Eu não quero falar quero ir embora sua casa cabe seis preciso de um lugar para ficar por um tempo.
-Helena claro que tem lugar para vocês, mas não vamos nos precipitar aonde você está?

-Dentro só carro.
-Olha não saia daí ok, estou indo já chego aí não dirija desse jeito as crianças precisam da mãe.
-Helena está me ouvindo amiga por favor me espere estou indo aí.
Sam estava falando enquanto corria escutei a voz de Jorge Luiz ao fundo as lágrimas continuaram, até que a vós do celular estava vindo de cima levantei a cabeça e vi Sam na porta do carro ela abriu a porta e me abraçou e eu desabei soluçando Jorge Luiz pegou a direção do carro e eu fui para o banco de trás com Samanta logo estávamos no hotel dele.

-Entre vamos nos acalmar vou pedir água com açúcar para você beber.
Sentei no sofá em transe até que senti o copo nas minhas mãos.

-Tome tudo.

Eu tomei alguns goles era difícil de engolir havia um caroço na minha garganta.

-Agora me conte Helena como era a pessoa no quarto? está história está tão estranha.
-Loira altura média olhos azuis é o que eu lembro.

-Bem isso está tão estranho porque você está descrevendo a nossa secretária e ela está em São Paulo se lembra foi ela que me colocou em outro hotel.

-Sua secretaria eles estão tendo um caso?
- Não eu tenho certeza que não além disso Rafaela tem namorado e Adrian te ama ele nunca olha para mulher nenhuma além de você.
-Mas dessa vez ele olhou.
-Fique calma ok vamos tirar isso a limpo agora eu vou ligar para minha sogra e pedir para ela cuidar mais uma dia das crianças hoje ficaremos aqui você está muito nervosa  .
Eu não respondi apenas balancei a cabeça Sam me abraçando logo escutei a voz dos meus filhos e lágrimas voltaram aos meus olhos.

Adrian

Esse caso já tinha dado trabalho demais primeiro Rafaela trocou a estadia do hotel depois o cliente não apareceu e quem veio foi ela mesmo se jogando nos meus braços e chorando que ela queria ajuda para se separar do marido que antes ela morava aqui em Sorocaba mas saiu fugindo de um lar abusivo me veio a mente na hora tudo o que minha Helena passou eu não poderia empurrar uma mulher sofrendo dessa forma 
Tentei acalma-la e tentar achar uma solução sua história era muito comovente, ela até mesmo entrou com uma medida protetiva contra o marido contudo, mesmo assim ele ainda continuou a perseguindo acabei de ouvir e combinei de falarmos sobre o caso amanhã cedo ela se hospedou nesse hotel então seria fácil encontrá-la e antes de voltar entraria com os trâmites legais para pedir o divórcio ela aceitou numa boa e saiu do quarto. Eu respirei fundo tentando me livrar daquela sensação que aquela história me trazia peguei uma troca de roupa e entrei no banheiro para tomar um banho e com o cair da água a sensação se dissipou,  depois de um tempo ouvi a porta sendo batida coloquei  minhas roupas as pressas e sai só que dei de cara com ela Rafaela fechando a porta do quarto.

-O que você faz no meu quarto?
-Adrian você não sabe o tanto que te admiro vejo como você é um bom marido e pai responsável e ótimo chefe.
-Olha Rafaela eu não estou entendendo.
-Eu gosto de você.

Aquilo me pegou de surpresa.

-Fico lisonjeado por ouvir isso, mas eu amo a minha mulher sei que você está fragilizada com tudo que está confundindo os sentimentos.
Ela se aproximou mais de mim.

- Não Adrian eu sei o que sinto e é amor eu posso dar tudo o que ela te dá sou até mais bonita.

Eu estendi minhas mãos tentando impedir que ela se aproxima se.

-Olha Helena é a mulher mais linda que eu conheço além de ser a mulher que eu amo eu posso te ajudar sendo seu advogado mas nada mais que isso.
Ela deu um passo para perto de mim e eu me afastei.

-Boa noite Rafaela, mas quero ficar sozinho tenho que ligar para minha esposa.

Ela sorriu indo rumo a porta.

-Se ela ainda quiser falar com você.

-Foque você quer dizer?

-Nada apenas tente.

Ela saiu e eu liguei para Helena, mas o telefone chamava até cair, tentei novamente e novamente na última vez a mensagem o número chamado está desligado ou não pode receber ligações no momento.



Prisioneira da paixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora