Audiência

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Helena

Estar no mesmo local que ele me deixava com os nervos em frangalhos, já estava com quase oito meses e parecia que iria esplodir entrei tentando não olhar para o seu rosto, mas algo me puxava para olhar para cima e quando eu olhei Alexandre estava olhando para minha barriga e não foi o olhar de surpresa que eu imaginava que ele daria ao me ver grávida, mas apenas como se tivesse confirmado um fato, parece que ele já sabia de alguma coisa, abaixei o olhar e sentei perto de Adrian procurando seu apoio, o nosso advogado era Jorge Luiz um dos amigos de Adrian foi ele que nos avisou que Alexandre estava nos procurando e nos deu a oportunidade para nos esconder em outro lugar , sentei ainda tremendo e fui consolada pelos braços de Adrian a minha volta se olhares pudessem matar estaria morta pelos olhares que ele me dava tentei me esconder em seus braços só que essa proteção durou pouco pois logo  meu pai foi chamado e o advogado de Alexandre começou a interrogação vi ele sentar e seus olhos estavam abaixados faz muito tempo que eu não o via e eu me senti mais uma vez traída pelas palavras sendo ditas confirmando tudo o que Alexandre tinha alegado como se fosse ele que me batia e humilhava e foi Alexandre que me tirou dele eu queria gritar de frustração eu me levantei no impulso as lágrimas já caiam dos meus olhos ouvindo ele mais uma vez me trair Adrian segurou minhas mãos e eu me sentei.

-Acalma-se amor fará mal para os bebês.

Eu fiquei ali chorando enquanto o nosso advogado tomava o lugar e começaram a questionar o meu pai e apresentar o áudio que Adrian gravou no último dia que estive presa.

-Esse não sou eu nuca falei tal coisa.

-Objeção excelência.

-Negado.

Ao término ficou a dúvida no ar Adrian foi chamado para depor e por último eu queria correr e me esconder dele, mas eu não podia  as perguntas chegaram cortantes desde que se alguém viu meus machucados já que se eu tinha apanhado na residência de Alexandre todos deveriam ter visto, mas eu não tinha ninguém a não ser Adrian para provar que foi ele que me batia e abusava no final eu me sentia sem forças para lutar os médicos disseram que eu era incapaz de dar um testemunho real dos fatos já que o abuso pelo meu pai me fez delirar arrumando outros culpados por não aceitar o que meu próprio pai tinha feito eu me levantei mais uma vez cansada de ser taxada de louca.

-Eu não estou delirando foi ele que me fez tudo isso.

Apontei para Alexandre, mas seu rosto ficou triste como se eu realmente tivesse acusando um inocente eu gritei e chorei e senti uma dor insuportável no meu ventre e tudo ficou quieto derrepente sei que gritei, mas me senti caindo fui pega por dois braços, mas não consegui ver quem era e tudo se apagou

Prisioneira da paixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora