“È una bambina, però sente come un peso e prima o poi si spezzerà” — Coraline, ManeskinCircuito de Paul Ricard , França.
Treinos livres
Florencia entrou no motorhome da Aston Martin com um sorriso enorme e em suas mãos dois saquinhos com doces, tinha ficado durante quinze minutos na fila para conseguir comprá-los. Por cinco minutos tinha se esquecido de todos os problemas que vinham a perseguido desde a Áustria.
Perdeu vários conteúdos, o celular da Aston tinha pifado como se fosse velho, Obi-Wan teve uma intoxicação alimentar que, felizmente, tinha passado. Tirando os astros, Lawrence Stroll também estava lhe atentando.
Tanto ele quanto Krack tinham tido a brilhante ideia de chamar o mais novo piloto de testes, Felipe Drugovich. O que não era problema, já que Flora adorou o brasileiro no instante em que se conheceram.
O único problema era que ambos tinham, jogado a responsabilidade de cuidar das passagens e acomodações para o piloto em cima de Florencia. Que surtou em questão de segundos, estavam na França ora essa, o país mais visitado do mundo.
No hotel em que estavam não tinha mais vaga e nem nos mais pertos. Felipe ficaria longe do circuito e da equipe, talvez Willow pudesse ajudar com esse problema.
Com uma éclair de chocolate na boca se assustou com a porta sendo aberta, Lance a analisou e seus olhos escuros se arregalaram ao verem os dois sacos de doces. Flora deu um sorrisinho nervoso e deu de ombros.
— Quer um? Tem bastante.
— Ah, quero sim, realmente tem o bastante para alimentar a equipe toda.
O canadense deixou a porta aberta e se aproximou da mesa, abrindo os pacotes. Florencia continuou a editar as fotos que postaria mais tarde, Lance pegou um pequeno pacote de macarons e deu um sorriso bonito.
— Obrigada pela gentileza, florzinha.
— Não precisa me agradecer bambino. Usei o cartão da empresa.
Ele gargalhou alto e Florencia o acompanhou.
— Meu pai vai infartar se ouvir isso.
Lance beijou a bochecha da italiana e saiu sem se despedir. Conferiu no celular o horário em que Drugovich chegaria, além dos problemas de acomodação ele ainda tinha tido problemas no vôo, teria que sair do aeroporto e vir direto para o circuito.
O celular da assessora vibrou mostrando uma mensagem impaciente e muito mal escrita de Willow, a chamando até o motorhome da McLaren sem dizer o motivo. A italiana fechou o computador e pegou outra éclair de chocolate dando uma enorme mordida, quando ia saindo da sala encontrou Sebastian dando um sorrisinho fofo.
— Parece estar com pressa, está indo a onde?
— Willow precisa de ajuda e você? Parece estar indo em algum lugar também.
— Ah, vou ver seu namorado.
Seu coração acelerou mais forte que um carro de fórmula um, a culpa bateu tão forte em seu rosto que ela poderia cair no chão. Não conseguiu assistir nem aos treinos livres, qualificação e corrida na Áustria.
Tinha ficado trancafiada na tentativa de recuperar seus conteúdos, Mick falou que não tinha problema nenhum mas o conhecia bem o bastante para saber que ele tinha sim ficado triste. Florencia apenas deu um sorriso envergonhado já do lado de fora do box.
— Diga a ele que mandei boa sorte. Creio que não vou conseguir vê-lo hoje, Drugo logo estará aí.
— Desculpa, blume, mas se quiser falar com ele sugiro que vá você mesmo.
Vettel apenas beijou a bochecha da menina e partiu em direção ao motorhome da Haas como se não tivesse acabado de dar um tapão na cara dela.
Willow a esperava em frente a garagem, com um sorrisinho nervoso nos lábios. O celular de Florencia apitou novamente mostrando uma mensagem de Felipe avisando que tinha chegado. A italiana apenas puxou a amiga pela mão em direção a entrada.
— Está me levando a onde?
— Estamos indo buscar o Drugovich, aliás preciso da sua ajuda. Preciso que converse com o gerente do hotel em que eu estou hospedada, ele diz não ter quartos disponíveis.
— E por que você não acredita nele?
— Ele me olha com ódio no olhar, o coitado do Felipe está quase do outro lado da França. Pode me ajudar?
— Por que eu?
— Você é francesa.
— Metade francesa! Mas vou te ajudar nisso, você parece estar prestes a surtar.
Encontraram Felipe em frente às catracas, o brasileiro deu um sorriso simpático. Willow soltou um " Meu Deus" baixinho, Drugovich parecia cansado mas mesmo assim estava lindo. Seus cabelos cacheados estavam bagunçados, usava a blusa verde da Aston Martin. Rapidamente envolveu Florencia em um abraço apertado e lhe deu um beijo na bochecha, deixando a italiana completamente envergonhada com a atitude dele.
— Ainda bem que chegou inteiro, Drugo! Vamos te levar para tomar um cafezinho, aliás! — Ela apontou para Willow e deu seu melhor sorriso.— Essa é Willow Beaumont, assessora da McLaren e minha melhor amiga.
Drugovich sorriu simpático ao olhar para Willow, o rosto da franco-brasileira estava corado.
— Ah flor, meu corpo chegou inteiro já a minha alma ainda está na Itália....
Os três logo engataram em uma conversa animada enquanto iam em direção a lanchonete do paddock, o coitado não merecia experimentar o café ruim da Aston.
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Mick analisava a cena à sua frente com uma expressão totalmente magoada, Flora estava ao lado de Felipe Drugovich e parecia estar tão feliz ao lado dele. A italiana deu um sorriso nervoso e um tchauzinho em direção a ele, que retribuiu com todo o entusiasmo mais falso que teve. Ela nem ao menos parou para conversar com ele.
Para estar ao lado dele, Florencia não tinha tempo mas para ficar com o novo piloto de testes, ela tinha de sobra. Não que pudesse cobra-la de algo, mesmo querendo fazer isso.
Será que deveria terminar seu relacionamento falso? Deixá-la viver em paz, com quem quisesse....
— Mick? Você está me ouvindo?.... Claro que não!
A voz de Sebastian o tirou de seus pensamentos, o rosto do alemão corou violentamente. Ele nem ao menos sabia que estavam conversando.
— Estou sim….O que estávamos falando mesmo?
— Não acredito que está com ciúmes?
— Eu com ciúmes? Tá maluco, Seb? Ciúmes de que?
Sim, ele estava com ciúmes de Florencia.
Mas poderia fazer o que? Não tinham nada real, tudo era mentira.
— Não precisa ter ciúmes, ela está apenas trabalhando. E nem adianta dizer que não tem ciúmes, consigo ver nos seus olhos.
— Não é ciúmes, mas ela sempre diz que está sem tempo, mas quando tem, passa com outras pessoas.
Mick apenas sentia falta de tê-la por perto, do seu sorriso, seu perfume doce, até do seu estresse quando as coisas não iam como ela queria e da sua cantoria desafinada.
— Flora, não quer deixar o menino sozinho em seu primeiro dia, tente compreender.
Era isso que estava tentando fazer desde a Áustria. Só não sabia até quando iria conseguir.
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Daylight - Mick Schumacher
RomantiekFlorencia nunca imaginou que um simples sorvete de chocolate e uma carona fossem a colocar em um dos assuntos mais comentados no twitter. A assessora estava acostumada a lidar com os problemas de mídia da equipe em que trabalhava, era invisível aos...