Capítulo 15

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Fomos tomar um sorvete depois do que aconteceu, não queria que o iceberg que nasceu continuasse entre a gente. Conversamos, brincamos, Elijah era uma ótima companhia.
Voltamos para Quartel e, quem eu não queria encontrar, foi o primeiro a aparecer.

— Ora, ora apareceu a margarida!– Klaus deu um sorriso.

— Ora, ora, apareceu quem eu quero evitar!.–Debochei.– Se me der licença, vou subir! Preciso de um banho!

Assim fiz, pela primeira vez em trezentos anos tive a necessidade de olhar para dentro, para saber como eu estava, aquela cena de hoje mais cedo me destruiu, então foi aí que tive a certeza de que não preciso de Klaus, mas preciso encontrar eu mesma depois de tantos anos.
Não precisava de Ethan, Klaus ou seja lá quem for, precisava de mim mesma.

Quando acabei o banho, me senti em paz comigo mesma depois de tantos anos, por primeiramente aceitar o que já passou. Quando pisei no quarto lá estava Klaus, encarando a porta que acabou de ser aberta.

— Qual parte não entendeu que quero te evitar?.–Perguntei indo até a gaveta.

— Essa parte eu entendi, só não entendi o porquê!.–Ele ironizou.

— Ah você sabe o que fez, Love!.–Ironizei de volta.

— Terá que ser mais clara, hoje fiz muitas coisas!.–Ele ergueu as sobrancelhas.

Dei a ele o meu silêncio. Peguei minha lingerie, me virei para Klaus que me encarava impaciente. Deixei a toalha ir ao chão, fazendo seus olhos acompanhar a toalha. Logo em seguida ele ergueu sua atenção vagarosamente passando por cada parte do meu corpo. Coloquei a calcinha me virei para colocar a parte de cima e quando iria finalizar colocando o sutiã, senti seu toque nas minhas costas, me ajudando no fecho. Por um segundo foi difícil respirar, porém a coisa que mais acostumei a ser por essa semana, é uma pessoa forte.

Ele se aproximou de meu ouvido, onde pude sentir sua respiração.

— (S/n)!.–Ele sussurrou, quase implorando.

Me virei pra ele, e agora encarava aqueles olhos verdes. Dei um passo para trás, precisava de espaço.

— Tenho que te hipnotizar?.–Ele perguntou.

— Ah, não seja tolo Klaus! Te vi na floresta hoje com a loira.

Ele franziu a testa por um segundo por pensar no que vi, ele parecia decepcionado com ele mesmo.

Ele tentou se explicar, mas eu não queria saber então, pedi sua ausência. O que ele aceitou com muito custo, depois disso tudo eu bebi um pouco de sangue, as horas passaram vagarosamente o que por instantes fazia a dor em meu peito lembrar do dia de hoje.
Me deitei para tentar dormir, para ao menos diminuir a dor que me lembrava de tudo o que passei para encontrar Klaus.

No dia seguinte me levantei um pouco cedo, estava pensando em dar uma volta e procurar um lugar novo para ficar, não queria que ninguém notasse que eu havia saído. Meu plano era, passar do saguão o café eu tomaria em outro lugar. Tomei banho, me troquei, fiz minhas necessidades e desci, implorei para que todos estivessem dormindo. E parecia que estavam até ser parada pela voz de Klaus.

— Posso saber onde vai?.–Ele não parecia estar de bom humor.

Me virei e o vi descendo as escadas.

— Não te interessa!.–Retruquei.

— Assim que vi que sua intenção e passar por essa porta, passou a me interessar!.–Ele deu um sorriso forçado que sumiu no mesmo segundo que apareceu.

— Vou dar uma volta, me cansei de ficar aqui e ver as mesmas caras repetidas!

— Devo te lembrar de que tem uma caçadora atrás de você!.–Ele se aproximou vagarosamente.

— Em meus problemas eu dou um jeito!.–Sorri e ameacei a dar as costas a Klaus.

— Não foi bem assim quando me ligou!

Suspirei fundo, era tudo o que eu não merecia essa conversa sem futuro.

— Está de saída?

A voz de Elijah me decepcionou, esse não era meu plano.

— Parece que a vampirinha aí está entediada logo de manhã!.–Klaus provocou.

— Posso te fazer companhia se quiser!.–Elijah opinou.

Me virei e me surpreendi, não sabia como Elijah conseguia ficar elegante tão cedo.

— Prefiro a minha, sinto muito!.–Dei um sorriso amigável.

— Sem problemas!.–Elijah sorriu.

Klaus encarou o irmão, havia um pouco de ciúmes em seu olhar, mas isso não interessava mais, se ele quiser algo comigo deixaria as coisa mais claras.

— Dessa vez se precisar de mim, vai se virar sozinha!.–Ele provocou.

Me virei e sai do quartel em velocidade vampira.

Pov Klaus:

Condessa ficou o dia todo fora, o que me deixou preocupado. Pedi Freya um feitiço, mas não conseguimos nada, não conseguia pensar em mais nada sem ela por perto.
Errei feio, eu sei. Porém, achei que isso não a tocaria tão profundamente, (S/n) parecia que não se apegava nas pessoas, ela era a mulher mais confiante que já vira.

Estava agora sentado no escritório de Elijah, pensando em tudo o que fizemos nós últimos dias e eu ter acabado com isso, não sabia que ela estava na floresta, mas sabia que ela iria atrás de mim, droga.

— Ela não quer ser achada, então não precisa pensar em algo!.–Elijah entrou no escritório.– É a escola dela!

— Não, isso é o que você quer!.–Olhei para meu irmão.

— O que eu quero Niklaus, você não tem noção do que eu quero!.–Ele estava um pouco impaciente.– Rodaria até mesmo o inferno para acha-la mas essa não é a vontade dela!

Fiquei olhando-o. Ele estava apaixonado. Tenho que confessar que é complicado não se apaixonar por (S/n), ela era um combo de mulher perfeito, teimosa, divertida dependendo das situações, corajosa, forte, destemida, confiante.... E muitas outras coisas. Isso mexeu comigo, ela era minha, de mais ninguém.
Me aproximei de Elijah o prensando-o contra a estante de livros e Rebekah chegou rapidamente no local.

— O que fez com ela?.–Perguntei.

— Klaus solta ele!.–Rebekah gritou.

— Podemos dizer que houve apenas um beijo!.–Ele disse calmamente dando um sorriso depois.

— Não quero que toque nela ou então eu irei mata-lo!.–Ameacei.– Ela é minha!

— Klaus!.–Rebekah chamou atenção.

Olhei para meu irmão novamente e ele sorriu, Rebekah entrou entre nós e me empurrou.

— Qual é o seu problema Klaus?

Passei as mãos pela minha cabeça, não ter alguma notícia dela estava me deixando louco. Por agora volto a ser o Klaus que sempre fui, incapaz de pensar, com os meus demônios gritando dentro de mim. Com ela tudo parecia mais fácil, a minha vida de sofrimento parecia mais fácil.

— O amor.–Elijah falou.– O problema dele minha irmã, é o amor!

— Ah Klaus!.–Minha irmã se aproximou e me abraçou.– Está tudo bem! Ela vai voltar, na verdade ela não seria capaz de ir embora sem ao menos se despedir e se ela estiver em perigo, vai dar um jeito de mandar um sinal pra você.

Rebekah fez meu medo sumir por minutos. Mas nao foi o suficiente, não consegui ficar calmo nos próximos dias.
Foram quase dois dias sem vê-la, ou ela estaria em perigo ou ela fora embora. A culpa me consumiu, se algum inimigo me atacasse agora ganharia a minha cabeça, eu não conseguia fazer nada.

Redenção // Klaus Mikaelson & (S/N)Onde histórias criam vida. Descubra agora