Capítulo 16

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Pov S/n:

*Dois dias atrás*

Fui para o Rosseau aquele dia e encontrei Jack, bebemos um bourbon e depois eu o chamei para sair, não queria voltar para o quartel tão cedo. E aliás, ele era um ótimo amigo de copo, ao menos isso eu consegui nessa cidade.

— Topa sair por ai comigo?.–Ele disse se levantando e dando-me sua mão.

— Não deve dizer isso para uma garota perdida Jack!.–Sorri pegando sua mão.

Fomos para fora do bar e para a minha surpresa ele tinha uma moto, disse que conhecia lugares incríveis e que queria me mostrar todos eles se possível. Subimos na moto e fomos para algum lugar, não tive medo, pela primeira vez. Confiava em Jack, mesmo não conhecendo ele perfeitamente, mas ele me mostrará quem era no mesmo dia em que me conheceu, paramos em uma BR, ele me ajudou a descer e adentrou a mata ao nosso lado. E eu fui atrás, estava me sentindo livre e pela primeira vez normal.
Andamos um pouquinho e chegamos a uma cabana na floresta, era lindo. A coloração do outono que chegaria daqui uns dias fazia tudo ficar mais perfeito, os passarinhos cantando, as folhas caindo e balançando com o vento suave que batia em nossos rostos.

— Uau!.–Falei.

— Lindo né!.–Ele disse abrindo a porta.

Quando entramos, parecia organizada demais e bem limpa. Acho que havia pessoas nessa casa o que me fez ficar em alerta. Ele acendeu as luzes e eu fiquei observando tudo, havia móveis que estavam bem preservados, eletrodomésticos em perfeitas condições, acho que não estamos invadindo e tive a certeza quando vi algumas fotos de Jack e uma moça.

— Não estamos invadindo né?.–Perguntei só para ter certeza.

— Não!.–Ele riu.– É minha, mas estou na cidade agora, gosto de vir aqui para aproveitar o silêncio!

Concordei e logo em seguida entrei na casa mais calma, olhei as fotos encima   do armário. Pareciam apaixonados, dava para ver nos olhos dos dois.

— Quem é ela?.–Perguntei.

Silêncio... Olhei para Jack e ele estava abrindo uma garrafa de vinho. Quando olhou pra mim, vi em seu rosto que não era fácil.

— Katie.–Ele respondeu mas ficou em silêncio novamente.– Minha mulher.

— Ela é linda!.–Sorri.

Deixei a foto no seu lugar e me aproximei dele.

— Tres meses que a perdi. Acidente de carro.–Ele disse servindo o vinho.

— Ah! Eu sinto muito!.–Falei.

Percebi só então, sua aliança e a de Katie em seu cordão. Ele parecia agora lembrar do terrível dia em que perdeu a mulher.
Por isso estava aqui? Tentando fugir da realidade e da dor?

— Eu também, mas isso não muda nada!.–Ele disse bebendo o vinho.

Um galho se quebra ao lado de fora, me fazendo olhar para a porta.

— Ouviu isso?.–Perguntei.

— Coelhos, tem muitos por aí!.–Ele disse indo até o toca discos.

— Não sabia que colecionava discos!.–Falei dando as costas para ele e pegando minha taça.

Quando peguei minha taça, ouvi o vidro da janela se quebrando. Olhando para Jack vi que ele tinha uma flexão cravada em seu peito. Merda, alguém me seguiu, corri até Jack e retirei a flecha.

— O que está acontecendo?.–Ele perguntou fazendo careta pela dor.

Mordi meu pulso e enfiei em sua boca,  percebi mais paços, acho que ela não estava sozinha, olhei para Jack que parecia estar melhor.

Redenção // Klaus Mikaelson & (S/N)Onde histórias criam vida. Descubra agora