Capítulo 14

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Capítulo 14
27/02/2020


"O amor não se vê com os olhos, mas com o coração."


     O sol estava mais quente a cada dia que passava, parecia que tinham atingido o verão alguns dias antes.

Depois que Katsuki foi visitá-lo ele faltou mais um dia de aula. Agora era quinta-feira e ele estava indo a faculdade com uma máscara de hospital por causa da gripe.

Eles não haviam trocado mensagem deis daquele dia. Por isso, Izuku estava como uma bateria cheia de ansiedade e quase explodindo de recarga.

Andando sem coordenação ele chegou na faculdade. Com um pé atrás do outro caminhou pelo campus e foi até a sua sala de aula.

Se sentou no lugar de sempre, perto da janela e não muito longe do quadro.

Passou a mexer os dedos ansioso, estalou os mesmos sentindo uma leve dor misturada com satisfação.

— Izuku?

Ouviu a voz de Uraraka se aproximar. A mesma se sentou ao seu lado e com uma pontada de infelicidade na cara começou a falar.

— Você está saindo com Katsuki Bakugou?

O esverdeado pulou da cadeira em um susto, olhou ao redor e ninguém pareceu da a mínima importância. Encarou a mesma com uma careta incomodado e negou.

— Não! Ele é meu amigo.

— É que... Vocês andam bem juntos e...

— Isso é da sua conta?

Ele se manteve rude. A mesma fechou a cara em um instante, mordeu o lábio sentindo o gosto seco e sem sabor dos lábios.

— Bom, eu gostaria de saber se meu amigo estivesse saindo com um carinha do basquete. Mas se você não quer falar, quem sou eu pra te obrigar?

— Você não me considera seu amigo.

Outra vez foi rude. A mesma forjou um sorriso amarelo e torceu o nariz, como se estivesse se segurando para falar ou chorar, a garota apertou os punhos e estremeceu os lábios.

Engoliu a seco, ela colocou a mão no queijo e forçou para a cara tentando se impedir de lacrimejar.

Tentou dizer algo mas nada saiu. Então ela se levantou e foi embora.

Não era a intenção de Izuku machucar a amiga, mas ele sabia que ela não o considerava amigo.

Não o chamava de amigo, nem pra sair com seus amigos, sempre foi esnobe quando estava andando com seus colegas e tratava Izuku mal.

Por isso ele não sentiu nenhuma empatia por ela.

Ouviu o professor Aizawa entrar na sala. A expressão dele era neutra e cansada, como sempre, carregava sua xícara de café a mexendo frequentemente. Uma mistura de café puro com uma pitada de açúcar.

— Novidades. Vamos ter uma competição de ginástica e educação física, iremos de ônibus as sete da manhã e voltamos às duas da tarde.

Eu Consigo Ouvir O Seu Coração Onde histórias criam vida. Descubra agora