Eu Consigo Ouvir O Seu Coração

Capítulo 25

Capítulo 25
03/03/2020

"As piores lembranças são aquelas que se tornam pesadelos."

     Aizawa suspirou enquanto dava partida no carro. Tentou buscar na memória tudo o que Katsuki fez no passado pro seu histórico de delinquente.

— Eu dei aula a ele no ensino médio. Naquela época ele era arrogante e o tópico aluno que arrumava briga com todo mundo.

O esverdeado passou a prestar mais atenção na conversa. Se arrumou no banco e olhou pro moreno mais atento.

— Ele fazia parte de gangues e brigava bastante com outras gangues... Mas uma vez meu filho mais velho, Shinso, viu e me contou.

Ele parou o carro no sinal vermelho.

— Quando eu confrontei os pais dele foi pior. A mãe não tava nem aí, só batia no filho, o pai era calmo demais pra situação e só concordava com o que eu dizia.

Aizawa acelerou assim que viu a luz verde do sinal.

— Ele, claramente, voltou a ser um delinquente, até quase repetiu de ano! Saia pra festas e era o tipo de amigo que dava bebidas alcoólicas pra todo mundo...

Izuku levou a cabeça para o banco e encostou a mesma ali sentindo uma sensibilidade no movimento do carro.

Talvez por causa do enjôo e do vômito recente.

— Ele era um delinquente. E nada me tira da cabeça que ele ainda é, até levou você pra uma festa suspeita! Me tremo só de pensar no que aconteceu lá...

Ele fez uma cara de enojado e virou a rua até o estacionamento da universidade.

A U.A funcionava como uma mini cidade no campus. Nós temos lojas, conveniências, cafés e etc...

Mas também há estacionamentos e ruas, claro que tem sinais e multas dentro dali.

Era uma universidade muito futurista pra opinião de Izuku, era como uma simulação pequena do mundo lá fora. Por isso era enorme e a melhor do país.

— Chegamos, sua mãe já tá a caminho.

Aizawa saiu do carro assim que estacionou na vaga de professor.

— Hum...

O esverdeado saiu do carro, suas mãozinhas mexiam perto do rosto e seus dedinhos arrancavam as cutículas de outros dedos.

Caminhou com seu professor até a sala da coordenação. A porta se abriu e a brisa do ar-condicionado bateu no rosto do esverdeado.

Uma sensibilidade surgiu assim que o frio surgiu, colocou as mãos nos braços e esfregou indicando frio.

— Posso ir pra casa sozinho, não preciso da minha mãe, não sou uma criança.

Ele falou determinado.

— Midoriya, sabe que eu não posso permitir, você precisa de suporte.

— Mas eu sou um adulto!

Assim que terminou a sua frase a porta foi aberta, o ranger dela soou por toda a mini sala indo até os ouvidos do esverdeado — que estavam bem sensíveis —.