Capítulo 18

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Capítulo 18
28/02/2020


As vezes um príncipe precisa ser salvo do dragão.


     A bola entrou pela cesta a balançando de leve. A torcida grita, os jogadores correm pela quadra de basquete e o juiz apita marcando mais um ponto.

Os olhos de Katsuki se viraram, a cada minuto olhando para ver se o esverdeado estava vendo seu jogo. Novamente não estava.

O placar mostrava 36 do time vermelho e 38 do time azul. O time de Katsuki estava perdendo por dois pontos.

— Bakugou marca o camisa sete!

O treinador gritou. Katsuki apenas concordou, mesmo que ainda não esteja nem aí pro jogo.

Estava doido pro jogo acabar e poder voltar a enfermaria.

Faltava oito minutos pra acabar, os jogadores já estavam cansados e o sol já havia se posto ao fim do dia.

A cesta recebeu mais uma bolada, marcando 36 há 40 pontos do time adversário.

— Acabou! Time azul venceu!

Ouviu-se o apito do juiz, o time de Katsuki se frustou assim como a plateia da sua escola.

— Eu disse pra você marca ele, qual seu problema?!

O treinador pulsava e rangia os dentes de raiva, estava quase espumando pela boca de tanta raiva. Basquete realmente é algo importante pra ele.

— Tava ocupado pensando.

Katsuki foi bem sincero.

— Pensando?! Você não vai pensar quando eu...!

— Treinador, já chega, nós perdemos porque não estávamos prontos. Não desconte sua raiva em Katsuki.

O homen teve a fala cortada o que o deixou com ainda mais raiva. Ao olhar para trás ele viu o capitão do time, Yo Shindo.

— Ah... Certo, vão pro vestiário.

Ser capitão do time tem seus privilégios. O treinador nunca vai brigar com você, você faz o que quiser e pode mandar em todo mundo.

E talvez, só talvez, Shindo abuse disso...

Os jogadores seguiram para o esverdeado com a companhia do loiro, que — embora queria ver o esverdeado — não poderia ir suado.

— Estou te devendo uma.

Ele sussurrou para Shindo enquanto dava uma cotovelada de leve em seu ombro.

— Vou guardar estas palavras.

Ele falou maldoso, não havia bondade em sua fala. E Katsuki percebi isso, tanto que se arrepiou.

— Olha só... Não é seu amigo?

O de cabelos pretos apontou para longe. Lá estava Izuku, com os pés ainda tremendo e as mãos puxando a ponta da própria camisa.

Eu Consigo Ouvir O Seu Coração Onde histórias criam vida. Descubra agora