𝐕𝐈𝐈

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{DEMETRYS DELYON}

- Caramba, parece que você caiu em uma enrascada! - Falo observando Cardan preso na cadeira. Ele me olha confuso.

- O que você faz aqui? - Pergunta Cardan me olhando. Dou de ombros sem responder a pergunta.

- A gente devia matar ele. - Diz Fantasma meio encolhido no corredor. O cabelo Louro-claro caindo na testa. Ele me olha, mas desvio o olhar para o chão. - Ele é o único membro da família real que pode coroar Balekin. Sem Cardan, o trono vai estar perdido para sempre, e nós teremos vingado Dain.

Suspiro.

- Eu preferiria viver. - Diz Cardan.

- Não servimos mais à Dain. Está morto - Relembro cruzando os braço tentando esconder o decote falho em meu vestido.

Volto meu olhar para Fantasma novamente. Ele observa a discussão com o mesmo desprezo de antes.
Desvio o olhar novamente, mas dessa vez, para Barata.

- Dain está morto e não liga mais para tronos e coroas. Vamos vender o príncipe para Balekin pelo maior valor que conseguirmos e ir embora em seguida. Vamos viver entre as cortes baixas ou entre o povo livre. Há diversão e ouro. Venha junto, Jude. Se quiser. - Diz Barata.

Vejo que ninguém que inclui nos planos incríveis.
Faço uma careta e reviro os olhos.

- Não quero o dinheiro de Balekin. - Fantasma cospe no chão.- E fora isso, o principe é inútil para nós. Jovem demais, fraco demais. Se não for por Dain, vamos mata-lo em favor de todo Reino das Fadas.

- Jovem demais, fraco demais, mau demais - Jude retruca.

- E burro demais - Falo fazendo Cardan me olhar indignado. - Eu só falo a verdade!

- Esperem - Cardan Pede desesperado. - Esperem! Eu posso contar o que eu sei, tudo o que eu sei, qualquer coisa sobre Balekin, o que vocês quiserem. Se desejarem ouros e riquezas, posso conseguir para vocês. Sei o caminho para o tesouro de Balekin. Tenho as dez chaves das dez trancas do palácio. Posso ser útil.

- O que você sabia sobre o plano do seu irmão? - Fantasma pergunta se afastando da parede em que estava encostado. Ele se aproxima de nós, mancando.

Cardan Balança a cabeça.

- Só que Balekin desprezava Dain. Eu também o desprezava. Ele era desprezível. Eu não sabia que ele tinha conseguido convencer Madoc daquilo.

- O que você quer dizer com desprezível? - Pergunta Jude, indignada.

Cardan a olha.

- Dain envenenou o próprio Filho, ainda no útero. Depois foi fazendo a cabeça de nosso pai até que não confiasse em ninguém além dele. Pergunte a eles... Os espiões de Dain sabem como ele fez Eldred acreditar que Elowyn estava tramando contra ele, o convenceu de que Balekin era um rolo. Dain orquestrou minha expulsão do palácio para eu precisar ser acolhido pelo meu irmão mais velho ou ficar sem casa na Corte. Ele até persuadiu Eldred a abdicar depois de envenenar o vinho dele aos poucos para que ficasse cansado e doente. A maldição da coroa não impede isso.

- Não pode ser verdade. - Diz Jude.

- Pergunte ao seus amigos - Diz Cardan apontando para Barata e Fantasma com a cabeça. - Foi um deles que administrou o veneno que matou a criança e a mãe.

Olho para os dois. Fantasma me olha de uma forma decepcionada enquanto tenta não encarar Jude.

- Por que Dain faria isso?

- Porque ele era o pai da criança com uma consorte de Eldred, e tinha medo de que nosso pai descobrisse e escolhesse outro de nós para herdeiro. - Cardan responde parecendo satisfeito com algo. - Nem o Rei do Reino das Fadas gosta de pensar no filho assumindo seu lugar na cama de uma amante.

𝐀 𝐑𝐀𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐃𝐎𝐒 𝐕𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 - 𝐅𝐚𝐧𝐭𝐚𝐬𝐦𝐚ᴼ ᴾᴼᵛᴼ ᴰᴼ ᴬᴿOnde histórias criam vida. Descubra agora