𝐗𝐈𝐈𝐈

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{JUDE DUARTE}

- Está sugerindo um duelo? - pergunto. - Você não ia querer a desonra por eu estar em tamanha desvantagem nas armas.

- Você espera que eu acredite que você tem honra? -
- zomba ele, o que, infelizmente, é um ponto justo. - Você é uma covarde. Uma covarde como o homem que a criou.

Ele dá um passo na minha direção, pronto para me atacar, quer eu tenha arma ou não.

- Madoc? - Eu puxo a faca. Não é pequena, mas ainda tem menos da metade do tamanho da làmina que ele aponta para mim.

- Foi ideia de Madoc atacarmos durante a coroação. De acordo com o plano dele, quando Dain estivesse fora do caminho, Eldred veria claramente que tinha que colocar a coroa na minha cabeça. O plano foi todo dele, mas ele continuou sendo Grande General enquanto eu fui para Torre do Esquecimento. E Madoc levantou um dedo para me ajudar? Não. Curvou a cabeça ao meu irmão, que ele despreza. E você é como éle, disposta a suplicar e rastejar e se rebaixar a qualquer um se for um meio de obter poder.

Duvido que colocar outra pessoa no trono fosse parte do verdadeiro plano de Madoc, ainda que ele tenha permitido que Balekin acreditasse nisso, mas isso não faz com que as palavras machuquem menos. Eu passei a vida me minimizando na esperança de encontrar um lugar aceitável em Elfhame e, quando dei o maior e mais grandioso golpe imaginável, tive que esconder minhas habilidades mais do que nunca.

- Não - respondo. - Não é verdade.

Ele parece surpreso. Mesmo na Torre do Esquecimento, quando ele era prisioneiro, eu deixei Vulciber me bater. No Reino Submarino, fingi não ter dignidade nenhuma. Por que ele deveria achar que eu me vejo de forma diferente do que ele vê?

- Foi você quem curvou a cabeça a Orlagh em vez de ao seu próprio irmão - lembro. - Você é o covarde e traidor. Assassino da própria familia Mas o pior de tudo, você é um tolo

Ele mostra os dentes quando parte para cima de mim, e eu, que estava fingindo subserviencia, me lembro do meu talento mais problemático irritar os feéricos

- Vá em frente - diz ele. - Corra como a covarde que você é.

Dou um passo para trás.

Mate o príncipe Balekin. Penso nas palavras de Dulcamara, mas não escuto sua voz. Escuto a minha, rouca de água do mar, apavorada e com frio e sozinha

As palavras de Madoc de muito tempo atrás voltam a mim. O que é uma luta se não um jogo de estratégia jogado em velocidade?
O objetivo de uma luta não é fazer bonito; é vencer.
Estou em desvantagem contra uma espada, uma desvantagem enorme. E ainda estou fraca do meu aprisionamento no Reino Submarino. Balekin pode esperar e levar o tempo que quiser, porque não tenho como passar pela lamina. Ele vai acabar comigo aos poucos, corte a corte. Minha melhor aposta é diminuir a distància rápido. Preciso passar pela guarda dele, mas não tenho o luxo de avaliá-lo antes disso. Vou ter que correr para cima de Balekin.
Tenho uma chance de acertar.
Minha pulsação troveja nos meus ouvidos.
Ele pula para cima de mim e bato com a faca na base de sua espada com a mão direita, pego o antebraço com a esquerda e giro, para desarma- -lo. Nessa hora, Demetrys sai de seu esconderijo, e, com força, acerta Balekin com uma cabeçada, que o faz cair no chão. Ele faz força para se soltar e se levantar da minha mão e da de Demetrys. Levo a faca na direção do pescoço de Balekin.

- Espere - grita ele. - Eu me ren..

Sangue arterial jorra nos meus braços, na grama e na roupa de Delyon. Brilha na minha faca. Balekin cai estalado no chão.
Acontece muito rápido.
Acontece rápido demais.
Quero ter alguma reação. Quero tremer ou sentir náusea. Quero ser a pessoa que começa a chorar. Quero ser qualquer pessoa, menos a que sou, que olha em volta para ter certeza de que ninguém viu, que limpa a faca na terra, limpa a mão na roupa do morto e sai de lá antes que os guardas cheguem.
Você é uma boa assassina, disse Dulcamara.
Quando olho para trás, os olhos de Balekin ainda estão abertos, encarando o nada.

{DEMETRYS DELYON}

Eu e Jude voltamos lado a lado para os Aposentos do Grande Rei. Eu encaro o chão tentando digerir o que acabamos de fazer.
Assassinatos os irmão de Cardan. Matamos o irmão do Grande Rei.
Eu sou uma espiã, não assassina. Porém, Jude parece saber o que está fazendo quando mata alguém - O que me assusta, e muito. -.
Quando entramos onde Cardan está, ele olha para Jude com um sorriso preguiçoso.

- Seu vestido - Disse Cardan, de uma forma Grogue. - Você está com ele de novo.

Eu levanto minha sombrancelhas em dúvida, e olho para Jude, que também parecia confusa.

- Aconteceu alguma coisa? - Pergunta Jude.

- Não sei? - Ele responde, de certo forma, intrigado. - Aconteceu? Fiz o favor que você pediu. Seu pai está seguro.

Eu pingarreo, cruzando os braços, sentindo o sangue que respingou em minha roupa se colar contra minha pele.

- O que? - Eu pergunto, me sentindo tensa.

O que aconteceu com o pai de Jude? Ele está falando de Madoc? Madoc usa vestidos?

- Cardan - Jude começa. Ela parece tentar ficar calma com toda essa situação. Ela vai até o sofá, e se senta, ficando meio encolhida por conta das pernas de Cardan sobre o sofá. - Você tem que me contar o que aconteceu. Não venho aqui há uma hora.

Ele faz uma expressão perturbada.
Eu inclinó a cabeça, me aproximando dos pombinhos.

- Bomba veio com o antídoto - Ele começa. - Disse que vocês iriam vir em seguida. Eu ainda estava tonto, mas aí um guarda veio e disse que havia uma emergência. Ela foi ver. E aí, Jude, você entrou, como ela falou que entraria. Você disse que tinha uma plano...

Plano?
Ele olha para Jude, provavelmente esperando que ele contasse sua visão da história, mas Jude não diz nada.
Cardan balança a cabeça, e assim, tudo parece se encaixar.

- Taryn - Eu e Cardan falamos em uníssono.

Jude intercala o olhar em mim e Cardan, devidamente confusa.

- Não estou entendendo - Diz Jude.

- plano era que seu pai ea pegar mensagem de gesto mas para que falando que independentemente, ele precisava estar livre dos votos à Coroa. Você estava com um dos seus de Gibões, daqueles que você sente usa. E uns brincos estranhos. Uma lua e uma estrela. - Ele balança a cabeça ao explicar.

Eu apoia minha cabeça com a mão, sabendo que a filha da puta da gêmea de Jude traiu a própria irmã. Nojenta e ordinária.

- Ela fez uma trato para você concordar? - Pergunto.

- É. Ela não tem poder. Pode fingir ser eu, mas não pode forçar...

Cardan repete o mesmo ato que eu; segurar a cabeça com os dedos.

- Ela não precisou me dar uma ordem, Jude. Não precisou usar magia. Eu confio em você. Confiei em você.

Eu suspiro, abaixando os ombros.
Enquanto Jude fazia de tudo para salvar a coroa, Madoc, o pai de consideração de Jude, a enfaqueou pelas costas, junto de Taryn, a irmã de sangue, a irmã gêmea, de Jude.

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1203 Palavras

𝐀 𝐑𝐀𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐃𝐎𝐒 𝐕𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 - 𝐅𝐚𝐧𝐭𝐚𝐬𝐦𝐚ᴼ ᴾᴼᵛᴼ ᴰᴼ ᴬᴿOnde histórias criam vida. Descubra agora