𝐗𝐈𝐈

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{DEMETRYS DELYON}

Vejo Balekin se levantar e erguer a taça.
Levo minha mão para a adaga, que estava novamente na minha perna.
Chegou a hora.
A Explosão acontece, e o banquete se torna um desastre. Feéricos gritam enquanto globos de cristais feitos de enfeites se quebram virando cacos de vidros inúteis.
Bomba atacou.
Uma flecha voa na direção na mesa de Cardan, quase o atingindo. Outra também voa, mais perto que a de antes. Ele finge estar atordoado demais para se mexer; uma mera atuação, mas presta.
Com um ato inesperado, Balekin joga Cardan da cadeira, o protegendo com o próprio corpo. Ok, crianças. Isso não estava previsto.
Fantasma sobe no parapeito onde a Coroa de Sangue está. Sorrio ao vê-lo.
Fantasma sai da sombras, e joga a coroa para Jude. Não! Para a Jude não! Ele jogou para outra pessoa! Ele jogou para a Irmã de Jude, Taryn!
Ele me olha e nego com a cabeça, indicando a burrice que ele fez.
Taryn pega a coroa.

- Entregue para Vivi - Grita Jude.

Fantasma, depois de perceber o quão idiota ele foi, aponta a besta para a irmã de Jude.
Bato minha mão no rosto e finalmente pego a Adaga.
Saio do banquete dos vinhos, e aponto a adaga para Taryn. Ela olha para mim e para Fantasma assustada.
Balekin e Cardan estão de pé. Balekin atravessa o salão.

- Criança, se você não me entregar isso, vou cortar você ao meio - Do Balekin para Taryn. - Serei o Grande Rei, e quando isso acontecer, vou punir qualquer um que me for incoveniente.

Ainda segurando a coroa, Taryn alterna o olhar entre Balekin, Jude e sua outra irmã.
Os fofoqueiros dos lordes e damas se juntam no salão para ver o que tanto acontecia.

- Me dê a coroa - Rosna Balekin, andando na direção de Taryn.

Lorde Roiben entra no caminho do príncipe mais velho e pousa a mão em seu peito.

- Esperem - O lorde diz. Não vejo espada em sua mão, mas consigo ver as facas sob seu casaco.

Balekin tenta afastar a mão de Roiben para longe, mas este não se mexe. Fantasma está com a besta apontada para o príncipe, e todos os olhos no salão estão voltados para ele.
Jude tenta se aproximar da irmã.
Se Balekin a atacar com uma arma, o salão irá explodir em sangue e mortes. Alguns - Provavelmente.- irão lutar ao seu lado, outro irão contra. Minha mãe ira lutar ao seu lado, claro.

- Ela é só uma garota mortal - Roiben diz.

- Este banquete está incrível, Balekin, filho de Eldred - Fala a rainha Orlagh. - Mas infelizmente, faltava diversão até agora. Que esse seja nosso entretenimento. Afinalz a coroa está a salvo nesse salão, não está? Você e seu irmão caçula são os únicos que podem usá-la. Que a garota escolha para quem vai entregá-la. Que importância tem, se nenhum dos dois quer coroar o outro?

Falou tudo.

- Isso é ridículo - Diz Balekin. - Que tal a explosão? Não foi entretenimento o suficiente.

Ele se volta para mim e depois para a Rainha Orlagh.

- Certamente aumentou o meu interesse - Confirma Lorde Roiben.- Parece que seu general também sumiu. Esse governo nem começou formalmente, mas já parece caótico.

Jude se vira para Taryn e fecha os dedos sobre o metal da Coroa de Sangue.

- Por favor - Ela implora. - Ainda há tanta coisa ruim entre nós. Tanta raiva, traição e ciúme.

- O que você está fazendo? - Sibila Taryn para a irmã.

- O melhor que posso. - Responde Jude.

Jude puxa a coroa, e Taryn parace a segurar com força. Mas em um momento, abre suas mãos, fazendo Jude cambalear para trás.
A outra irmã de Jude trouxe o pequeno irmãozinho para perto possível. Então ele é o filho de Liriope com Dain. Que traição, em?

- Príncipe Cardan - Diz Jude. - Isto é para você.

A multidão se abre para deixá-lo passar. Ele se aproxima de Jude e para em seu lado.
Suspiro de alivio ao ver que pelo menos, algo nesse história está dando certo.

- Parem! - Grita Balekin. - Façam com que eles parem agora mesmo! - Ele saca sua espada, acabando com a atuação medíocre de príncipe que gosta de brincar de política. Ridículo. Com rapidez, barulhos de espadas sendo desembainhadas ecoam pelo ar. Espadas se batendo contra outras espadas eram o barulho mais fácil de ser ouvido nesse banquete.

Vejo Balekin cambalear para trás, deixando a espada cair no chão. Sua mão está pregada na mesa por uma flecha de ferro.

- Cardan - Grita Balekin. - Eu conheço você. Sei que preferia que eu fizesse o difícil trabalho de dominar enquanto você curte o poder. Sei que despreza os mortais, os rufiões e os tolos. É verdade, eu nem sempre dancei conforme a sua música, mas você não tem estômago para me contrariar de verdade. Traga-me a coroa.

Jude, com um tipo de rapidez desesperada, puxa o filho de Liriope e entrega a Coroa em suas mãos. A sua outra irmã, dá tapinhas de incentivo naa costas do menininho.

- Traga a coroa para mim, Cardan - Repete Balekin.

Cardan se vira para o irmão e o olha com desprezo.

- Não, irmão. Acho que não vou fazer isso. Mesmo que eu não tivesse motivos para contrariar você, faria isso só por desprezo.

O menino, filho de liriope, olha para Jude.
Vejo Jude sussurra algo para Cardan antes do mesmo se ajoelhar para o filho de Dain.
O silêncio finalmente de predomina pelo local. Espadas são guardadas emitindo paz. Sorrio sem nenhum pingo de falsidade. E adaga em minha mão, se torna apenas um detalhe insignificante.

- Ah, isso é divertido - Comenta Roiben em voz baixa. - Quem é essa criança? Ou de quem?

Rio baixinho.

- Está vendo? - Diz Cardan para o Menininho, e faz um gesto impaciente. - Agora, a coroa.

- Fase Quatro - sussurra Cardan para Mim e para Jude.

- Durante o próximo minuto inteiro, eu ordeno que você não se mexa - Escuto Jude sussurrar.

Cardan não se mexe. Parece uma cadela recebendo ordens de sua dona.

- Vá em frente - Diz a irmã de Jude. - Do jeito que nós treinamos.

O garotinho assente com a cabeça, e por fim, coloca a coroa na cabeça de Cardan.

- Eu coroo você. - A voz fofa parece insegura. - Rei. Grande Rei do Reino das Fadas. - O garotinho olha para a irmã, e para uma mulher de pele pálida que está sobre a multidão.

Respiro fundo de alívio e olho para onde Fantasma estava. Não está mais lá.
Cardan olha para Jude com raiva e Fúria.
Lorde Roiben se ajoelha.

- Meu rei - Ele diz.

Com dificuldade, também o reverêncio.

- Meu Grande Rei - Falo com um pouco de tom de ironia. Não posso evitar, é engraçado.

Acho que isso, por fim, terminou.

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1112 Palavras

𝐀 𝐑𝐀𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐃𝐎𝐒 𝐕𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 - 𝐅𝐚𝐧𝐭𝐚𝐬𝐦𝐚ᴼ ᴾᴼᵛᴼ ᴰᴼ ᴬᴿOnde histórias criam vida. Descubra agora