𝐕𝐈𝐈

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{DEMETRYS DELYON}

Hoje é o dia do casamento de uma das irmãs de Jude, Taryn. Jude e Madoc armaram uma armadilha para Orlagh, ultilizando um Oak falso como armadilha.
Coloco uma roupa simples e o menos chamativa possivel. Uma calça preta coloca e um corpete verde-musgo com botões dourados. Na minha perna direita tem um coldre com minhas típicas adagas, e nos pés, uma bota de couro cano alto. Antes de sair, dou mais uma olhada em uma colher de prata que fica em meu quarto.
Estou pronta para o que der e vier.
Que a Rainha Submarina Venha e lute até o fim, se aguentar.

{•••}

Vejo a carruagem onde provavelmente a família de Jude está. O falso Oak sai junto do resto da família, enquanto Jude e seu verdadeiro Oak continuam abaixados na carruagem.
Jude se levanta, e depois, levanta Oak. Ela olha para mim e para Bomba. Bomba pisca para mesma. Estamos dentro da propriedade de Locke, o ruivo de cabelo de laranja azeda. a
Acho que ele é o noivo de Taryn. Mas que mal gosto!
Quando Jude pula Oak pela janela, ela sai da carruagem e entra aonde estamos. Ela anda que nem um pato. E finalmente, ela cai no chão.

- Alguma coisa? - Ela pergunta nos olhando.

Bomba nega com a cabeça.

- Nadinha. - Respondo.

Eu e Bomba esticamos as mãos para Jude. Ela pega nas duas e se levanta.

- Essa parte sempre foi improvável. Minha aposta é o labirinto.

- Se não der merda! - Falo. Observação: Vai dar merda!

Oak franze a testa enquanto Jude massageia os ombros do mesmo.

- Você não precisa fazer isso - Diz Jude para o irmãozinho.

- Está tudo bem - Diz Oak, sem encarar Jude. - Onde está a minha mãe.

Sorrio com a fofura do garoto. Coloco minha mão sobre o ombro do garotinho.

- Eu e Delyon vamos procurá-la para você, pequenino - Bomba passa seus braços pelos ombros pequenos de Oak. Antes de irmos direto para a bagunça, Bomba se vira para Jude e tira algo do bolso. - Você parece ter se machucado. Que bom que eu não preparo só explosivos.

Ela joga um pote de pomada.
Passamos pelo enorme labirinto, e por fim, Seguimos para a festa, vendo a multidão de Feéricos. Há pessoas dançando e bebendo, outros conversando. Diante de todo o bolo de gente, era possível ver o cabelo de cenoura do noivo e a noiva deslumbrante, claro. Ela é igual a Jude, por isso é deslumbrante.
Me sirvo uma taça Vinho dourado e viro. Me mantenho em um canto onde posso observar tudo de longe e perto. Observo Jude chegando na festa, e por fim, conversando com sua família. Percebo um gato se transformando em uma menina de cabelos rosa. Ela estava chorosa, algo ruim deve ter acontecido. Jude parece estar com raiva, mas sua raiva é soterrada por Fantasma, que apareceu junto de Vulciber.
Me aproximo deles, confusa.

- Aconteceu alguma coisa? - pergunto jogando minha taça na grama do labirinto.

- O Reino Submarino agiu. - Fantasma me responde, sério.

Bomba também se aproxima. Ela usa preto, e o cabelo branco está preso em um coque. Está linda.

- A Torre do Esquecimento. Vulciber insiste que você vá ver - Diz Bomba. - Jude?

Percebo mais uma vez que não sou colocada no assunto. Me sinto isolada. Pelo menos eu sou bonita e sou gostosa - Não que a Jude não seja!-.
Jude estava olhando em volta festa, a procura de Cardan e Oak - provavelmente. -. Se eles não foram usados como vítimas, o que aconteceu? Como o Reino Submarina Agiu? O que Orlagh tramou?
Me belisco imaginando as piores coisas possíveis.

- Não entendi. - Jude diz.

- Vamo explicar no caminho - Diz Vulciber. Ele está estranho. Bom, ele é estranho. - Está pronta?

- Só um segundo. - Jude se vira para o local onde o cenoura está junto com a noiva. Ela olha com atenção, antes de dar uma última olhada e se voltar para nós.- Passe a notícia sobre o Reino Submarino para o Grande General - Diz Jude para Bomba. - E Cuidem para que...

- Seu irmão ficará a salvo. - Respondo Rápido. - Só não sei o Grande Rei.

- Irei cuidar do Grande Rei. - Bomba completa me olhando com um tipo de raiva irônica.

Jude dá as costas, e por fim, segue Vulciber e Fantasma. E essa foi a última noite, em semanas, que não vi mais Jude.

{•••}

{DEMETRYS DELYON}

Corro desesperada ao ouvir uma explosão vindo do túnel mais próximo da Corte das Sombras. Quando me aproximo, vejo Fantasma. Ele olhava a explosão como se fosse um tipo de show fantástico. Pego a minha adaga de longa distância que estava em minha cintura do coldre. Volto a correr apontando a lâmina para a Fantasma. Esse desgraçado nos traius. Esse filho da puta!

- Seu desgraçado! - Grito colocando a ponta da faca no pescoço de Fantasma. Ele me olha de forma assustada.

Eu respiro de forma pesado por conta do susto e por conta da Raiva. Eu estou com raiva dele, porque ele nos traiu. Mas estou com mais raiva de mim, por ter confiado nele, e também por ter o considerado alguém importante. Alguém que eu NUNCA trairia.
Meus olhos começaram a brilhar com a água.

- Você é um traidor. Você nos traiu. - Murmuro em lágrimas.

Ele continua calado enquanto me encara. Ele não expressava nenhuma expressão em específico, o que me deixa com mais raiva.

- Então era isso? - Pergunto. - Era tudo mentira? Nossa amizade? Era tudo mentira?!

Ele continua em silêncio. Ele abaixa a cabeça escondendo a expressão de tristeza no rosto.
Eu chuto sua perna com a toda raiva que emetia.

- Você é escroto!

Ele não reage. Continua quieto.

- Seu loiro oxigenado do caralho! - Grito. As lágrima começam a descer sobre o meu rosto. - Seu meliante do inferno.

Firmo minha mão na adaga.

- Eu vou te matar, seu filho da puta! - Grito.

Ele parece suspirar. Ele pega em minha mão da adaga e coloca no próprio pescoço.

- Então me mata, Demetrys. - Ele diz com uma expressão que não contradiz o que ele fala. Faço cara feia. - Me mata logo. Acaba logo com isso.

Prendo a respiração com a provocação idiota. Mesmo a mão firme segurando a faca, sinto a respiração acelerada de Fantasma. Sua mão ainda está na minha mão, e sua pele está quente.
Seu rosto se aproxima do meu. Tento me afastar, mas não consigo. Seu corpo é como um tipo de imã estúpido que não consigo separar do meu corpo. Ele se aproxima mais, e assim, cola seus lábios no meu. Tento me afastar de novo, mas é impossível. Sua pele esquenta mais. Me rendo. O beijo também.
No beijo, eu só quero apagar tudo o que aconteceu. Quero que tudo volte ao normal. Volte a ser quando eu entrei para a Corte das Sombras, quando eu destestava Fantasma. Eu quero que tudo volte ao normal.
Mas de repente, eu também quero uma vida normal com Fantasma. Quero vê-lo sorrir enquanto conto uma de minhas piadas. Quero voltar a o zoar com todo minha vontade. Como voltar a te ruma vida normal com Fantasma.

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𝐀 𝐑𝐀𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐃𝐎𝐒 𝐕𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 - 𝐅𝐚𝐧𝐭𝐚𝐬𝐦𝐚ᴼ ᴾᴼᵛᴼ ᴰᴼ ᴬᴿOnde histórias criam vida. Descubra agora