Acordei na minha cama, tinha uma vaga lembrança de Jack me carregando até ela, também do susto que deu a minha mãe, olhei para o relógio sete horas. Tinha meia hora para voltar a dormi ou caçar o que fazer, decidi caçar o que fazer, estava sem sono mesmo.
Fui a busca de algo para comer na geladeira, bolo de chocolate - Hum - ter uma mãe grávida tinha lá suas vantagens.
- Jesus mãe - pulo quando ela aparece assim que fecho a geladeira.
Ela estava tão estranha, seus olhos pareciam distantes como se ela não tivesse noção do que estava fazendo e quando pegou uma faca cravando no meu estômago tive certeza de que estava sonhando.
O despertador tocou me acordando do pesadelo, sete e meia, não faltaria muito para Jack estar aqui para me buscar, levantei sonolenta desejando casar com minha cama.
- Eu acho que te amo - digo para ela.
Ela era tão linda, parecia até radiante com seu brilho gritando para voltar para ela, o travesseiro me agarrando pelas mãos me puxando de volta o coberto quente e...
Chega! Não posso faltar na escola! Não mais. Com muita resistência do meu subconsciente consegui colocar uma roupa decente para ir à escola.
- NATALIE - berrou minha mãe lá embaixo provavelmente Jack tinha chegado. Desci a escada correndo, fui para geladeira em busca de alguma coisa para comer e achei bolo de chocolate. Fiz uma careta fechando a geladeira, lá estava minha mãe de novo me fazendo pular. - Aqui tem café e leite - diz sorrindo - agora vá antes que seu namorado arrombe minha porta novamente.
- Eu já disse que foi sem querer da parte dele, só estava preocupado comigo. - digo rindo lembrando do dia em que Jack arrombou a porta por não ter ido logo para fora, ele disse que achou que poderia ter acontecido algo comigo, eu e minha mãe achamos fofos, mas Maycom ficou furioso por ter que arrumar a porta. Dou um beijo na sua bochecha - te amo.
- Eu também - diz quando já estou na porta, antes mesmo de pisar na varanda Jack me beija.
- Fiquei preocupado com você, ontem você parecia bem cansada. - diz ele me largando.
- Aquilo deveria se chamar escravidão, não emprego. - digo entrando no carro. - eu acho que eles me odeiam, também acho que aquele lugar tem muito grosso para meu gosto.
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Colheita - segundo livro da trilogia Rediny
RandomOs fantasmas do passado voltam com tudo na vida de Natalie. Que tenta ajudar sua mãe gravida com risco de morte e passar no colegial. E o pior, ela tem que trabalhar. Felipe tem mais coisas escondidas do que esta falando. Natalie descobre mais...