capítulo 33

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Blake

Natalie sai da sala assim que diz aceito, ela não parece bem com isso. Mas também parece que poderia fazer tudo para acabar com essa tal de colheita.

- Eu não vou me casar com ela - grito batendo a mão na mesa. - Não pode me obrigar.

- Na verdade eu posso - ela sorri pelo conto dos lábios - não case com ela e terá seus poderes tirados, será expulso dessa casa e vira-la um pária na nossa sociedade.

- Você não ousaria - digo com os dentes trincados.

A única coisa que ela faz e beber me olhando, era incrível como essa mulher consegue ser persuasiva, desde criança consiguia os melhores contratos. Ela poderia fazer tudo o que ela disse, poderia tirar meus poderes com um simples estalar de dedos, poderia apenas ligar para alguém falando mau de mim para alguém e ninguém mais olharia nem me recebida nas suas casas.

- Então você não me conhece.

- Por que você esta fazendo isso? - pergunto.

- Por que eu estou cansada de ter amigas que dormiram com meu filho. - ela se levanta - Você precisa tomar juízo e essa pode ser sua chance, como eu disse gostei da Natalie, ela dará uma boa esposa fortalecendo nossa linhagem.

Me virei indo para meu quarto, escutei algo vindo do fim do corredor, escutei novamente então comecei a andar em direção ao ruído.

Uma bola vermelha esta parada na frente da sala de jogos da família - que eu usava quando era criança - realmente parecia uma bola vermelha, com as roupas vermelhas e seu cabelo vermelho fazia Natalie quase imperceptível na casa que é basicamente vermelha.

- Você esta bem? - pergunto por pura educação, por que odeio mulheres chorando, normalmente fujo correndo das que dispenso antes delas acharem algo afiado para atacar na minha cabeça.

Ela levanta com um pulo, seu rosto esta manchado de maquiagem, seu nariz esta vermelho e ela tenta limpar as lágrimas com as costas da mão.

- Claro que eu estou bem - diz ela erguendo os ombros. - Só estava perdida nessa casa cheia de corredores iguais.

- Por isso que estava chorando? Por que estava perdida?

Ela assenti com a cabeça várias vezes, até parece que esta tentando covencer a si mesma.

- Só acho que esse quarto não é o meu. - diz apontando para a porta.

- Eu posso ajuda-la, vem eu conheço essa casa a cada canto.

Começo a andar sem ver se ela esta me seguindo, demora um pouco para lá esta ela, ao meu lado. Não consigo me imaginar casado, uma vida aprisionado não é para mim, eu sou Blake Robertson não posso me casar.

Isso é tudo culpa da minha mãe, ela não pode se apaixonar por alguém e muito menos que a recíproca seja verdadeira que acaba em desastre. Mas tenho razão quando digo que ela meio que mereceu, disse que estava apaixonada por um noivo de uma das bruxas do concelho, nesse caso o sentimentos era recíproco, a bruxa ficou sabendo do caso deles e matou o cara. Só que antes fez uma grande maldição ser jogada na minha mãe.

- Essa casa é tenebrosa. - sussurra Natalie me tirando do devaneio.

- Não esquenta, era esta no seu estado normal agora. - digo sorrindo - só tente não abrir a porta errada, pode acabar soltando um demônio vingativo que ira te matar.

Ela torce sua mão no vestido e eu riu.

- Não tem graça. - reprime ela.

- Verdade - paro de rir - mas não sou eu que estou morrendo de medo. Então, já como disse aceito antes de mim mesmo pergunta, você é de Clovelly?

- Nascida e criada.

- Lá deve ser chato, com pouca movimentação, prefiro Nova York, sabe, aqui tem as moças mais gostosas do mundo.

Digo isso só para ver se ela vai ter alguma reação, só que ela permanece aeria de tudo que eu falo. Esta tão distante. Que droga! O que a de errado com essa garota?

Chegamos no quarto dela, ela esta prestes a dizer adeus quando a beijo pressionando-a contra a porta. Ela carinhosamente pega minh mão, não teria desconfiado do que ela ia fazer até que fez. Me modeu, depois pegou minha mão me girando até que eu caia no chão.

- Você não pode me beijar. - diz ela furiosa. Depois entra no quarto.

Coloquei a mão no lábio, ele estava sangrando. Essa é a primeira vez que me mordem - para ser mais exato é a primeira vez que me morde me dispensando - levantei. Ela me pegou de surpresa, por isso que cai.

Arrumo minha roupa e vou para meu quarto. Ligo para Katarina pedindo para ela vim me encontrar. Meu orgulho esta ferido e Katarina pode cura-lo.

Ela chega, não perco tempo e começo a beija-la, mesmo com o lábio machucado não poderia ter beijo melhor, Katarina se afasta um pouco olhando para mim.

- Blake aconteceu alguma coisa? Você esta estranho.

- Só me beije - a beijo antes dela poder falar mais alguma coisa. Não estou precisando de um sermão agora sobre bons modos.

Ela começa a subir minha camiseta e eu a carrego até minha cama.

Acordo com alguém limpando a garganta, abro um dos olhos para logo fecha-los. Rosana esta parada bem na ponta da minha cama olhando para mim e depois para Katarina com um olhar aquisitivo e acusador.

- Se arrume. - Diz ela com uma voz estridente - você terá um encontro com Natalie. Vocês teram até a lua cheia para se conhecerem melhor.

- Hum - grunhi colocando o lençol na minha cabeça.

Ele voa tirando de cima de mim e Katarina.

- E mande essa garota embora antes que de ela de comida para meus cãezinhos. - diz saindo do quarto.

- Quem é Natalie? - pergunta Katarina acordando.

- Minha noiva. - digo simplesmente.

Katarina se levanta de repente.

- Você vai se casar?

- Acho que se eu falei "minha noiva" quer dizer que ela é minha noiva e se ela e minha noiva então ela vai se casar comigo, não é?

Putz. Acho que falei muito essa paravra pelo resto da minha vida inteira.

O rosto de Katarina muda de doce e fica horrível com a cara de fúria.

- Por que você vai se casar com ela? O que ela tem que eu não tenho?

- Katarina facilite as coisas e saia enquanto ainda tem dignidade.

Ela sai do quarto com o lençol, sorte, é que eu só fico com bruxas do baixo nível, elas não podem jogar uma maldição sobre mim.

Tomo um banho demorado, depois de já limpo visto meu terno vinho com minha blusa branca que eu comprei quando fui a Londres.

Me olhei no espelho me admirando, não sei ao certo se puxei a beleza da minha mãe ou do meu pai, a dele eu nunca pude ver em pessoa já que morreu antes de eu nascer, posso ter puxado os cabelos castanhos escuros dele, os olhos amendoados são da Rosana mesmo.

Dei um sorrisinho para o espelho, ela vai ter que me aturar, vai me querer como todas as outras e quando tiver bem apaixonada por mim, vou fazer o que faço com as outras, vou quebrar seu coração em milhões de pedacinhos.

Colheita - segundo livro da trilogia RedinyOnde histórias criam vida. Descubra agora