Colheita - segundo livro da trilogia Rediny

capítulo 42

Acordei com o som da campainha, Jack esta deitado com os olhos fechados ao meu lado. Minha mão esta enrolada em volta dele.

- Meu deus! Acho que meu subcontinente não quis deixar você ir. - sorriu beijando sua bochecha.

Ele se mexe na cama. Levanto procurando algum sinal de que tem alguém aqui.

- Que bom que você acordo. - diz Rosana entrando com uma bandeja na mão, olho apavorada dela para Jack varias vezes - Seu primo é muito fofo de ter vindo te ver enquanto estava doente.

- Como? - pergunto.

- Blake me avisou que ele vai ficar para o casamento, mas já mandei arrumar um quarto para ele - ela faz uma careta - tadinho, estava tão cansado que acabou dormindo. Vamos querida, deixa ele dormi um pouco mais e vamos tomar um café da manhã.

Olho para Jack com receio de deixa-lo aqui sozinho. Sinto um grande ódio crescendo dentro de mim por saber o que Blake esta fazendo, por que ele não o deixa ir? Não deveria ter contado para Rosana que Jack estava aqui e que ele ia ficar para o casamento, coloco a mão na testa, céus, isso vai acabar com ele.

- Ta bem. - digo a seguindo.

- Hoje o dia vai ser longo, você vai ver seus vestidos de noiva - ela quase pula - vamos ver vários, tem que ser branco algo bem tradicional, iremos ter o bufê para cuidar, quero fazer tudo isso com você porque logo logo você será minha filha também.

Eu até me emocionaria se essa situação fosse outras, se essa mulher fosse a mãe de Jack, tivesse me casando com Jack, o bufê fosse do nosso casamento.

- Claro - digo desanimada.

Ela me pega pelo braço fazendo-me olhar para ela.

- Eu sei que as condições não foram a melhor que estamos agora, também sei que você não quer se casar com Blake - diz ela com a voz suave - mas o amor pode vim depois do casamento, conheço meu filho o bastante para saber que ele vai te amar, eu espero que o ame também.

Balanço a cabeça concordando, daqui a uns 50 anos, talvez Jack se case com alguém legal e eu finalmente possa tentar ser feliz com Blake.

- Vamos - digo pegando uma xícara.

Meia hora depois...

Rodei em um vestido branco com renda esboçada em toda a parte de cima, o vestido não é exatamente branco, é de uma cor beje bem clara mesmo. Uma renda em formato de flores vai até meus cotovelos.

- Esse é perfeito - sussurro me olhando no espelho, eu posso ser considerada a noiva mais triste da face da terra. Mas também posso ser uma das mais linda, desculpe, modéstia a parte.

- Também achei ele perfeito - diz Rosana mexendo na minha saia que vai até um pouco longe do meus pés - fazendo alguns ajustes estará perfeito daqui a dois dias. Está linda Natalie, só esta faltando o sorriso no rosto.

Sorriu para o espelho.

- Agora é o bufê. - digo saindo de cima da plataforma que Rosana e Elana - a costureira - me fizeram subir. Me pergunto como pode ter tantos quartos nessa casa, esse de costura é novo para mim, será que um dia vou me acostumar com isso?

- Elena quero isso pronto para amanhã, agora vamos encontrar o chefe de cozinha para determinamos o que iremos servi.

Andamos até outra sala onde um homem gordinho, esta sentado numa mesa com vários cadernos em volta, seu rosto está vermelho com várias gotas de suor na sua testa, ele parece até um pouco ofegante.