- Eu vim ver como você estava. Você pensa que eu não sei que você não pretendia voltar a respirar.
- Eu estava tomando banho, Blake. Você deveria me dar mais privacidade, por favor saia.
Ele muito cismado sai fechando a porta do banheiro, saio da banheira tirando minhas roupas molhadas, faço uma trança mal feita de lado depois me enrolo em um roupão para sair do banheiro. Blake esta sentado na minha cama olhando para o teto.
- Não deixarei minha noiva se matar, se arrume e venha me encontrar na sala lá em cima. Precisamos ter uma conversa séria.
Ela sai do quarto me deixando sozinha, coloco um vestido vermelho cumprido que estava no guarda-roupa. Sequei meu cabelo com a toalha segurando o choro, subo as escadas correndo com os pés descalços.
Na sala estava Blake sentado na mesa com uma xícara de chá na boca, não tinha só ele, também tem um cara parecido com ele só que alguns anos mais velhos.
- Natalie. - diz Blake levantando, ele vem até mim colocando a mão na minha cintura enquanto da um beijo na minha bochecha ele me abraça falando bem baixo no meu ouvido - Ele é meu irmão, seja alguém apaixonada.
Aperto minhas mãos o abraçando.
- Eu não sei se posso fazer isso agora. - sussurro no seu ouvido - eu não estou bem.
- Vamos irmão me apresente para ela, vocês teram bastante tempo na lua de mel.
Olho para o cara sorrindo, Blake me senta perto dele na mesa.
- Desculpa irmão, é que ela tem um cheiro ótimo. Natalie esse é meu irmão Sebastian, ele consegue ser incrivelmente chato quando quer então se quiser pode sair quando tiver vontade.
- Pode me chamar de Bach, estou encantado em conhece-la, quero saber o que você fez que conseguiu laçar meu irmão horrível?
- Eu... Er... Hum... Na verdade, eu vou deixar o Blake contar, ele adora contar essa história a todos que aparecem. Não é Blak?
Black olha para mim com diversão. Ele começa a história do nosso amor bem fácil.
- Nos conhecemos em um cruzeiro, ela estava prestes a se casar com um casamento arranjado, eu consegui uma passagem para o cruzeiro em uma aposta de jogo, nos conhecemos, dançamos...
- Nossa que história fascinante. Continue. - Sebastian coloca a mão em punho no mesa apoiando a cabeça.
- Esta certo, o noivo dela descobriu sobre nosso romance, me fez de ladrão colocando um colar no meu bolso. O pior é que o cara bate nela por isso, os guardas do cruzeiro me prenderam em uma algema na classe baixa do Navio. - to sentindo que essa história me é muito famíliar - foi ai que o furdunço começou, o navio bateu em um iceberg fazendo varias pessoas morrerem, eu consegui me livrar das algemas e fui a procura de Natalie, quando nos achamos finalmente nos beijamos. Consegui um barco para leva-la em segurança, ela aceitou, mas depois pulou do barco falando que não me abandonaria. O navio afundou quase nos levando a morte, fiquei desesperado a procura dela, quando por fim a achei ela estava quase congelando, coloquei-a em cima de uma porta que ficou flutuando enquanto a água cogelava a todos. Fiz uma grande declaração de amor para ela, só que eu estava congelando aos poucos, ela ficou segurando minha mão enquanto chorava tremendo. Quando estava quase morto me lembrei que era Black Robertson, também lembrei que tinha Dalia no meu bolso, fiz com que ela mastigasse e aqui estamos nós vivinhos da Silva.
Apertei meus lábios para não rir do olhar fascinado de Sebastian para Blake, ele acabou de citar Titanic e esse cara parece que nunca ouvio falar nisso. Limpo meus olhos com os dedos, esse cara tem problemas, não saber a história de amor mais famosa do mundo depois de Romeu e Julieta é o cúmulo do absurdo.
- Vocês estão bem agora. Nossa Natalie casamento arranjado deve ser horrível. - acho que estou com vontade de bater a cabeça desse Bach na mesa. Ele e sou cara de bobo fascinado.
- Eu acho que vou ali pular de uma ponte. - digo rindo - céus Blake, isso é...
- Lindo. Perfeito da para escrever um livro com essa história.
Aperto meus lábios ainda mais forte, sai da sala com a desculpa de que quero usar o banheiro, me encosto na parede e choro de tanto rir. Meu deus, como pode alguém tão bobo?
- Não ria de quem não sabe Natalie, isso é feio. - Blake coloca a cabeça encostada no batente da porta. Ele também esta sorrindo, de repente ele fica sério.
- Não. Você não vai me beijar agora, eu não estou bem para isso - digo, a lembrança de Jack ainda dói em mim como se tivesse vários tigres arranhando e rasgando meu coração.
Ele dá um passo para frente ficando a centímetros de mim, fecha os olhos como se tivesse lutando contra algum coisa. Ele se inclina um pouco para frente encostando seu nariz no meu.
- Não acho que isso vá dar certo - sussurra ele abrindo os olhos. - Não acho...
Ele balança a cabeça, puxando minha cintura até ficar com seus lábios colados com os meus. Arregalo os olhos, me afastando.
- Black eu não estou bem, eu também não acho...
Ele se aproxima novamente selando seus lábios nos meus, tento me afastar só que ele me pressiona contra a parede tampando minha saída.
- Natalie... - ele sussurra.
- Blake você esta esquisito, se afaste se não eu vou te machucar. - digo colocando minha mão na frente.
Ele prende minha mão na parede.
- Você é minha, de mais ninguém Natalie. Você vai ser minha, você já é minha. Diga, Natalie. - diz ele me olhando nos olhos, tem algo selvagem nele quase doentio.
- Black se afasta, por favor - imploro com medo do que ele pode fazer.
- Vai ser só minha. Minha, diga que é minha.
- Blake - grito antes de tudo ficar escuro e eu cair na inconsciência.
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Colheita - segundo livro da trilogia Rediny
DiversosOs fantasmas do passado voltam com tudo na vida de Natalie. Que tenta ajudar sua mãe gravida com risco de morte e passar no colegial. E o pior, ela tem que trabalhar. Felipe tem mais coisas escondidas do que esta falando. Natalie descobre mais...