capítulo 20

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- Hum - gemi com meu corpo todo doendo, tentei mexer minha mão só que parecia que estava presa. Não estou conseguindo abrir os olhos, parece que alguém esta com a mão sobre ele.

Não demora muito para inconsciência pesar novamente.

Alguém estava me balançando, podia sentir braços fortes me carregando, inspiro tentando identificar a pessoa pelo cheiro, nada, poderia ser Jack já que o cheiro dele é variável a seu dia e isso é uma das coisas que amo nele.

O pior era que a pessoa que me carrega parecia estar fazendo de tudo para não me balançar, como se de algum jeito pudesse quebrar que nem uma boneca de porcelana. Talvez, e só talvez eu esteja morta, sendo carregada para meu julgamento.

Descarto a possibilidade quando escuto alguém gritar um palavrão, será que aquele penhasco não era grande demais? Não que a dor que sinto no meu corpo não comprove isso.

Alguém me passa para o colo de outra pessoa, inspiro novamente, hum, cheiro de jasmim. Sam.

Tento de novo abrir os olhos, só que quando fiz esse esforço algo pareceu que quebrou dentro de mim e cai na inconsciência.

- Ela não vai acorda nunca? - sussurra alguém.

- Talvez ela acorde, quando fizer isso vai odiar a todos nós, eu principalmente, tenho que sair da cidade Sam, sabe que não tenho controle sobre a minha linhagem. Se de alguma forma machucar ela, vai ser demais para mim.

Reconheci a voz, tentei com toda força desperta por completa, só que esta impossível, parece que algo me puxa para baixo, talvez seja a minha consciência sabendo que provavelmente tentaria me matar novamente quando acordasse.

- Você não esta entendendo, ela já esta odiando a todo muito, esta odiando a si mesma Jack - sussurra a voz furiosa - ela não pulou daquele penhasco por diversão, imagine se nós não a tivéssemos seguido, se ela não tivesse corrido o bastante para ultrapassar as rochas. Ela estaria morta. Ela não vai deixar a colheita se completar, precisa de um motivo para viver.

- Eu serei odiado por ela! - grita Jack - Você não esta entendendo meu ponto, eu não vou me controlar e vou acabar machucando alguém que ela ama, alguém que eu amo.

Silêncio, senti-me sendo colocada em um lugar quase confortável, poderia ser o banco de trás de um carro. Alguém colocou minha cabeça apoiada em sua perna.

- Ela precisa de você Jack. Você sabe que ela te ama, não tem outra pessoa que a fara mudar de ideia.

Alguém tira o cabelo do meu rosto gentilmente.

- E eu a amo mais que tudo, por isso não posso ficar.

- Você estará assinando o atestado de óbito dela, ela teimosa do jeito que é não deixará de se sacrificar por aqueles que ama.

- Por isso você tem que cuidar dela, não deixar que ela faça mau a si mesma novamente, essa é a única saida.

O Jack pedindo ajuda para o Sam, só posso estar sonhando mesmo. Tirando que não estou entendendo nada do que eles estão falando, não sei por que o Jack tem que se afastar de mim.

- Ela vai me matar - resmungo Sam.

- E você deixaria, porque também a ama. - diz Jack simplesmente, senti uma alavancada, provavelmente o carro parando. - Relaxa, seus sentimentos são tão visíveis quanto os meus. Ela é incapaz de fazer com que as pessoas não se apaixonem.

Foi a ultima coisa que ouvi antes de peso me puxar para baixo novamente.

Abri um dos olhos para ver que estou no meu quarto, ele esta vazio tirando o Rumple que esta bem na minha frente olhando para os meus olhos como uma fera prestes a matar alguém.

Colheita - segundo livro da trilogia RedinyOnde histórias criam vida. Descubra agora