capítulo 15 - Metamorfose!

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- Metamorfose? - sussurei horrorizada. Ai meu deus!

- Bom, você falando assim até parece que não é um ser sobrenatural que e reincarnação de uma antiga rainha do mau, que pode voltar no tempo, mexer com os 4 elementos e falar com os animais. - ela balança a mão - que isso, né?

- M-mas você não é uma rediny, não pode ter...

- É exatamente porque não sou, que posso ter - riu ela - Quer ver uma coisa legal?

Assenti com a cabeça incapaz de falar. Ela fechou os olhos e estendeu a mão para mim, segurei os grito quando a cor da sua unhas foram mudando de roxo para verde e depois para azul.

- Certo - dou de ombros - não vai mais precisar comprar esmalte pelo resto da vida.

- A coisa mais legal é que eu posso mudar de cor no cabelo também, só não mudei antes por estar fraca e quase morrendo de fome em um cativeiro. - ela fechou os olhos novamente - agora olhe e aprenda.

Seu cabelo ficou vermelho choque primeiro depois foram para loiro e por incrível que pareça a cor combinou com seu cor de pele.

- Pode fazer mais alguma coisa? - pergunto empolgada.

Ela deu de ombros, suspirou e me olhou nos olhos.

- É sempre mais difícil com os olhos abertos - diz ela - com eles fechados a imaginação flui melhor.

Ela arregalou os olhos que foram de azul para verde, depois para um laranja vibrante.

- Ta bom, ta bom, esse negócio é muito esquisito. - digo. Colocando a mão nos olhos dela.

Ela afasta a mão rindo.

- Isso foi o máximo que consegui chegar, não tentei me transformar em um rato nem nada, ainda. Só que isso desgasta.

Torço o nariz com a suposição que tinha pensado e logo descartado.

- Não precisamos ir ao cabeleireiro. Vamos para o Rednith mesmo, a essa hora só ele mesmo para estar aberto, só que antes temos que passar em um lugarzinho para pegar alguém.

Ficamos caladas depois disso, eu me perdi em pensamentos. Comecei a tirar o esmalte verde fluorescente da minha unha, por incrível que pareça estou com as cutículas grandes, minha mão estava quase como o dedo da Megan Fox. Minhas unhas estão roídas, mas não lembro de ter feito isso, vai ver o estresse dos últimos dias tenha me feito esquecer de coisas essenciais como comer.

Passo a mão pelo meu cabelo que antes era cacheado, agora esta encaracolado, o ruivo esta meio fosco com falta de brilho, tenho também pontas duplas em metade dos fios.

- Esse negócio de metamorfose é transferível?

Ela balançou a cabeça apertando os lábios em uma linha fina, deu para ver que ela lutava para não rir e nem olhar para meu estado de provável. Então desisti de tentar uma conversa, fiquei olhando para as pequenas e grandes arvores que formavam a floresta da estrada principal de Clovelly, a maioria delas estão amareladas e alaranjadas, deve ser culpa do outono.

Quando finalmente chegamos na casa de Lily a minha primeira reação foi querer dar a volta seguindo para casa, pela cara da Zoey ela pensou na mesma coisa, mas tomei coragem e sai do carro. Fui em direção da casa da Lily em passos bem pequenos, quando finalmente cheguei na varanda subi as escadas percebi que estava tudo desligado. Fiz sinal para Zoey me seguir, ela saiu do carro e veio até mim.

Rodamos a casa até estar no quintal dos fundos, comecei a subir na pequena corda da casa da árvore com agilidade, Zoey veio bem atrás de mim, observei nossa antiga casa da arvore com cuidado. Varias bonecas estão espalhadas por todos os lados, agachei pegando a nossa antiga boneca preferida, toda vez que apertava dizia "te amo".

Fotos de nós três no jardim de infância coladas no teto, pintamos árvores, sol, flores e um monte de coisas desconhecidas por deus, e qualquer pessoa que olhasse.

- Esse lugar não mudou nada, ta parecendo que nunca saímos daqui, que ainda somos aquelas três crianças cheias de manha, que choravam por sorvete e batiam por chocolate. Lembra de como nos defendiamos das outras crianças? - pergunta Zoey rindo - você sempre ela a mais forte, agora sei porque, não é?

- É - digo ainda fascinada de como nós eramos louca, como podíamos ter esquecido aquilo? - vamos.

Pego a outra corda que se balançassem de um lado para o outro podem dar direto no quarto da Lily, puxei para ver se ainda estava firme, a queda daria em uma parte do corpo quebrada. Fiz sinal de joia para Zoey e olhei para cima, não dava para ver onde estava preso, dei de ombros, respirei fundo e pulei.

Na primeira tentativa alcancei o telhado da casa, balancei a corda de volta para casa da árvore, sorri quando vi a Zoey agarrada a uma boneca, ela pegou e segurou a corda destou-a e olhou para cima, fiz o mesmo sabendo que ela não poderia ver daquele ângulo.

Arregalei os olhos ao ver alguém de capuz com um facão na mão bem no galho onde a corda esta presa, antes que pudesse gritar ou tentar impedir que Zoey pule, eles fazem isso bem na mesma hora, Zoey pula e o homem corta a corda.

Zoey gritou dando uma cambalhota, depois começou a pegar fogo. Espera ai, fogo! Fogo!

Fiquei imóvel, bem congelada onde estava, não dava para ver Zoey por cima do fogo, tudo parecia estar em câmera lenta, ela girando no ar como uma bola de fogo.

O fogo parou e da bola de fogo saiu um pássaro preto, ele deu duas voadas e parou no telhado ao meu lado, uma luz laranja apareceu segundos antes do pássaro, de alguma forma, ter virado Zoey. Não sei se grito ou suspiro aliviada, só sei que estava prestes a fazer os dois quando Zoey coloca a mão na minha boca.

- Eu disse que era um metamorfo! Por favor não grite, eu estou tão assustada quanto você. - sussurrou ela.

Assenti com a cabeça e ela me soltou.

- Santa Maria! o que aconteceu?

- Foi instintivo, vi que estava caindo e imaginei se eu fosse um passado poderia voar e não me machucar. - ela deu de ombros.

Bufei, ela fala como se não fosse nada, como se ela não tivesse acabado de virar um pássaro nos últimos 5 minutos. Só que antes de poder dar o maior sermão da minha vida, a porta do quarto de Lily se abre, Lily esta com seu pijama de camelo, olha para nós meio sonolenta.

- O que diabos esta acontecendo aqui? - pergunta bocejando. Só ai reparou na presença de Zoey, arregalou os e pulou da janela nos abraçando. Só que ela fez isso fez com que não só Zoey, mas eu e Lily caíssem do telhado. Nós três gritamos, batemos em uma coisa que nos fez ir e volta para cima.

Quando paramos de ir e vim que percebi o que tinha acontecido. Uma cama elástica! Como não percebi isso quando estava passando.

A Lily estava chorando emocionada abraçando Zoey tanto que ela estava ficando roxa, fui e fizemos um abraço coletivo. Depois de um tempo decidimos ir para casa da árvore, peguei a chaves do carro, disse que já voltava para as garotas e fui ao mercado mais próximo.

Comprei refrigerantes, energéticos, chocolates, pipocas prontas, mais chocolate, Doritos, uma garrafa pequena de Vodka, salgadinhos e sorvete.

Quando voltei as duas estavam conversando sobre como Lily podia mata-la naquele exato momento. Decidi olhando para Zoey que seria mais seguro Lily não saber sobre oque aconteceu com ela no laboratório. Então deixamos os assuntos seguirem sem essa perguntas. Nós atualizamos Zoey das coisas, sobre os garotos gatos da cidade, sobre tudo. Menos as nossas vidas fora dalí. Era como se só existesse aquilo.

Colheita - segundo livro da trilogia RedinyOnde histórias criam vida. Descubra agora