Colheita - segundo livro da trilogia Rediny

capítulo 34

Natalie

Coloquei o vestido vermelho claro que ia até meus joelhos, passei um pouco de batom dispensando a maquiadora.

Depois de ter derrubado Blake ontem a única coisa que fiz a noite inteira foi chorar, dizer eu aceito foi fácil para mim, lidar com as consequências nem tanto. Olhei no espelho, passei um pouco de base de baixo dos olhos, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo deixando só a flanja sobre meu rosto.

- Qual é seu nome? - pergunto a mulher que me maquiou ontem.

- Isabelle. - responde.

Fico quieta olhando para ela atentamente, ela teimosamente esta fazendo tranças no meu cabelo, mesmo eu dizendo que o rabo estava bom. Parece que essa mulher não me escuta a maior parte do tempo.

- Isabelle você é jovem o que esta fazendo aqui?

Ela puxa meu cabelo para trás, mas não responde, vi isso como um aviso de que não ela para me introntrometer na sua vida particular.

Rosana passou aqui bem cedo só para avisar que teria um encontro com Blake que nós nos conhecermos melhor, péssima ideia, eu não queira conhecer ele melhor, não depois de ontem a noite. Ele não tinha o direito de me beijar daquele jeito, mas mesmo assim beijou.

Reprimi todos os pensamentos de Jack que vinha na minha cabeça essa noite. Tentei um sorriso para o espelho, ele saiu fraco e sem graça.

Isabelle me pegou pelo braço me levando até um lance de escadas, subimos pelo menos dois andares até chegarmos em uma sala de café da manhã. Blake estava sentado com um xícara na mão concentrado em alguma coisa no jornal.

Assim que me viu estendeu o jornal para mim, fui até a mesa me sentando, peguei o jornal e li.

Garota desaparecida a mais de 5 meses volta, na pequena cidade de Clovelly todos suspiram aliviados sabendo que a adolescente esta bem.

Zoey Lauvore volto para casa sem nenhum ferimento, felizmente, a garota diz que precisava de um tempo sozinha por isso fugiu com o namorado. Agora me digam, ela não poderia ter deixado um bilhete? Essa geração de jovens esta cada vez mais sem noção meu povo.

Deixei o jornal em cima da mesa, peguei o que parecia uma xícara de chá e bebi um pouco.

- Sua amiga? - pergunta Blake.

- Sim. Uma das melhores.

Ele me olha de um jeito tão estranho, como se estivesse procurando alguma coisa, me analisando para ser mais específica.

- Como você esta hoje?

- Bem. - de repenta a caneca ficou tão fascinante que não parei de olhar para ela.

- Isso não vai dar certo se você ficar me tando respostas curtas e grossas, afinal, iremos nos casar. Por mim não casava mas...

- Mas...