Manon sabia que ela e Dorian terminariam a noite daquele jeito pelo modo como o rei a estava olhando quando ela entrou no salão de jantar. E tinha passado o resto da refeição inteira se distraindo com ser o mais vaga possível para responder as perguntas e tentando não pensar naquele olhar, na promessa por trás dele. Repetindo para si mesma que não era uma boa ideia. Porque deuses, não era.
Não importava que ela não dormisse com ninguém há meses, que ele tivesse deixado mais do que claro que a queria, ou que o corpo dela estivesse implorando por aquele tipo de distração. Ela não estava ali para aquilo. A rainha tinha começado a encontrar uma razão boa o suficiente para si e para o seu povo, para ter deixado o reino e ido até Adarlan quando ele começou a falar sobre o acampamento dos Rukhin. Dormir com Dorian só confundiria emoções estúpidas que já estavam bagunçadas.
E mais do que tudo, ela não podia deixar as coisas chegarem longe como tinha cometido o erro de fazer naquela maldita tenda. Aquele era um dos milhares de motivos pelos quais ela deveria ter fechado a porta, e não com ele dentro do quarto.
E Dorian estava fazendo um ótimo trabalho em fazê-la se esquecer de todos eles.
Os dedos do rei deslizaram pela mandíbula da bruxa, inclinando o rosto para mais perto dele. Cada movimento da boca dele parecia, aos poucos, eliminar qualquer pensamento racional que ainda restasse. Principalmente depois que as mãos dele começaram a se mover pelo corpo dela. Deslizando-as dos quadris de Manon até os botões da blusa que ela vestia, Dorian se afastou quando os dois ficaram sem fôlego, girando um botão entre os dedos em uma pergunta silenciosa. Uma que ela respondeu colando a boca de novo na dele.
A rainha enroscou as mãos nas mechas macias do cabelo de Dorian quando ele se afastou e desceu os beijos até seu pescoço, enquanto abria os botões tão lentamente que ela quase usou as unhas de ferro para cortar o tecido fora e acabar com a provocação. Quando, enfim, as mangas da blusa deslizaram de seus braços para o chão, Manon sentiu os lábios dele se curvando contra sua clavícula, naquele sorriso que ela sabia que continha um brilho de crueldade, como se ele pudesse sentir a impaciência dela.
— Eu senti sua falta, bruxinha. — o rei murmurou. Então subiu a mão que estava na cintura da bruxa até que estivesse sobre os seios, e circulou um deles com um dedo. Depois continuou descendo o rosto, até alcançar o lugar onde estavam suas mãos para fazer o mesmo caminho que elas traçavam com a boca.
Manon inclinou a cabeça para trás na porta, mordendo o lábio ao sentir o calor da boca dele na pele. Dorian abriu a calça da bruxa, tão devagar quanto tinha aberto a blusa. Ele levantou o rosto, mas antes que ela pudesse reclamar por aquele toque ter desaparecido de seus seios, o rei passou uma mão em volta de uma das coxas dela, enquanto a outra a puxava suavemente da parede. Manon entrelaçou as pernas na cintura de Dorian, e inclinou o rosto dele para cima, puxando-o para outro beijo, mais desesperado que o primeiro, parecendo ficar mais impaciente a cada segundo que os dois passavam com as roupas ainda entre eles.
No curto caminho até a cama, a rainha retirou a camisa dele, com muito menos paciência para se importar em retribuir as provocações. O cinto caiu no chão logo em seguida. Dorian não se afastou quando deitou Manon na cama, ou enquanto terminava de tirar sua calça. Somente quando ela começou a desabotoar as calças dele o rei se separou dela, para prender seus braços ao lado da cabeça. O toque fantasma das mãos invisíveis enviou um calafrio pelo corpo da bruxa.
Dorian passou um dedo pela parte interna da coxa de Manon, subindo as carícias enquanto a olhava de cima a baixo, até parar na coroa brilhante, a única coisa que ele não tinha tirado. Os olhos azuis escurecidos pelo desejo refletiram a luz das estrelas ali, de um jeito que a lembrou estranhamente o céu noturno dos Desertos. Manon ergueu as sobrancelhas.
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𝐌𝐀𝐍𝐎𝐑𝐈𝐀𝐍- 𝐖𝐀𝐑 𝐎𝐅 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓𝐒
FanfictionCinco meses após o fim da guerra contra os Valg, uma Rainha feita de ferro tenta reconstruir seu reino no oeste, enquanto o luto e a dor da perda a consomem. Um Rei com gelo nas pontas dos dedos e magia que um dia foi infinita tenta lidar com a culp...