Capítulo 94
Assim que entramos para dentro da sala destruída Amile corre e chega abraçando Veryih, ela põe o rosto no ombro dela e a abraça usando um braço.
Muthyo- Se você mata ela eu nunca te perdoaria.
Veryih- Eu lamento muito.
Muthyo- Você não irá me convencer com está voz fanhosa de tristeza.
Amile- Eu não sei o que eu fiz de errado enquanto te criei, mas por favor não vá.
Veryih- Mãe eu preciso, prometo voltar viva, tudo bem?
Amile- Como você pode me dar certeza disso?
Veryih- Eu planejei isso minha vida toda, vai dar certo.
Amile-...
Estando próxima Veryih a encara séria nos olhos.
Amile- Unf... Esses olhos sérios sempre me fizeram confiar em você
Veryih- Daqui alguns dias alguns marceneiros chegaram aqui arrumar toda essa bagunça.
Thely- Você não esta brava com a casa destruída?
Veryih- Você acha que vou me preocupar com casa sendo que eu mesma já estou destruída?
Veryih com um semblante encoberto de sangue se vira encarando Thely assombrosamente a fazendo engolir as palavras junto com alguns dos outros que querem pegá-la pelo pescoço.
Veryih- Eu não sou tão sem coração assim, apenas arrogante e fria.
Tink- Tá e agora?
Amile- Melhor vocês andarem por aí e relaxarem enquanto vamos arrumando as coisas por aqui.
Todos acentem com o pedido de Amile e se espalham indo para a floresta.
Amile- Bem, é melhor você ir tomar um banho e se arrumar... Eu te ajudo com isso Veryih
Veryih- Ta bom, Dre e Blíui mais tarde preciso te mostrar algo.
Eu- Certo.
Blíui- Estou com um mau presentimento.
Eu- Não se preocupe agora vai ficar tudo bem
Blíui*- Sinto que os outros deveriam saber de toda história e intenções de Veryih ao ir nessa missão suicida.
Eu*- Nem pensar, vamos respeitar os sentimentos dela...
Blíui*- Mas se descobrirem depois será muito pior.
Eu*- Se descobrirem pensamos no que fazer
Blíui*- E isso não é péssimo?
Eu*- Nós precisamos descobrir o que á além das fronteiras desse mundo se quisermos descobrir o que está causando essa perturbação na evolução da vida aqui, nem nós teremos uma vida normal se essas coisas continuarem se espalhando e destruindo tudo por aí, como conhecedores disso e com alguma capacidade de mudar isso ficamos com o dever de tentar mudar isso, convenientemente Veryih tem todo suporte que precisamos para chegar logo lá, temos sorte de ter amigos dispostos a trilhar esse caminho conosco.
Blíui*- Em resumo, vamos evitar de falar qualquer coisa que possa fazê-los entrar em algum conflito com ela?
Eu*- Sim, a última coisa que precisamos agora, é de alguém separando nossa equipe.
Blíui*- Não é como se não fossemos viver em paz vivendo isolados em alguma mata por aí, mas como você já disse uma vez, não dá pra passar o resto de nossas vidas vivendo isolados na mata em plena paz, vai chegar uma hora que nos cansaremos disso e vamos sair. Além do mais viveremos perturbados com as marcas irreversíveis que meus pais deixou em nós.
Eu*- Este sentimento... Você ainda quer ir atrás de seus país, não é?
Blíui*- Não se faça de bobo, você sabe que se eu não fosse fraca comparado a eles, eu os mataria.
Eu*- Será que vamos encontrá-los lá?
Blíui*- Lá aonde?
Eu*- Fora dos limites deste lugar.
Blíui*- Não vejo por que eles iriam para lá.
Eu*- Para mim me parece se encaixar e fazer sentido, para que eles iriam querer reunir todas as lâminas lendárias e obter tanto poder? Eu arriscaria dizer que agora eles são tão fortes que nem todo poder de guerra que os continentes pudessem nos oferecer seria suficiente para vence-los.
Blíui*- Pensando nisso me deixa curiosa para saber o que eles planejam.
O pai de Veryih chama por nossa ajuda enquanto carrega um pedaço de madeira pesado nas costas cortando nossa linha de raciocínio, neste mesmo dia após ajudar fechar o buraco e todas as janelas quebradas pregando taboas, Amile faz um grande sopão e serve para todos, o clima entre a gente permanece estranho com alguns olhando torto para Veryih, ao terminar o jantar vamos dormir, como sempre eu e Blíui ficamos juntos em um dos quartos.
Eu- Aaahhh, já tinha me esquecido como a cama daqui é gostosa.
Em pouco tempo pegamos no sono, para a sorte de nosso bom conforto a parte de cima da casa não foi atingida pelo estrago que causei mais cedo, no meio da noite enquanto estou mergulhado na profunda escuridão do sono, algo começa me incomodar e me trazer de volta para a luz da realidade, quando finalmente acordo vejo Veryih em pé ao lado da cama com um roupão branco reluzindo uma suave luz azul celeste que sutilmente clareia por todo o cômodo, dá janela consigo ver a grande lua azulada nos abordando com sua magestoza beleza.
Eu*- Uau, deveria ser um pecado deixar isso passar despercebido, de todas as vezes que já vi está lua ela nunca esteve tão bela.
Veryih- Ei, levanta aí.
Ela fica me cutucando irritada enquanto meu encanto com a lua me deixa congelado absorvendo cada detalhes dela no fundo de minha memória, como sempre Blíui está entrelaçada em mim me desencorajando ainda mais a largar do conforto de meu mimoso berço.
Veryih- Ggggrrrr acorda aí!
Ela dá um tapa em mim e outro em Blíui a fazendo acordar assustada.
Blíui- O que aconteceu?!!?
Veryih- Eu preciso mostrar algo para vocês, então me acompanhem pela casa em silêncio.
Blíui- Mas o que você quer nos mostrar que os outros não podem ver?
Veryih- Vocês saberão quando ver, agora vem!
Atordoados de sono se levantamos e vamos caminhando calmamente atrás de Veryih, só agora reparamos que ela está andando com uma mão na barriga enquanto manca.
Eu- Você está bem?
Veryih- Uma hora sara, não se preocupe comigo.
Chega ser lamentável o esvaneio do sono não nos permitir ver direito os vários feixes azuis do luar distribuídos uniformemente pelos corredores, quando descemos e chegamos na sala destruída no piso térreo sentimos um clima bem mais frio, nosso concerto mau feito está deixando o ar frio de lá de fora entrar aos poucos.
Eu- Me desculpe por ter destruido sua sala e vidraças.
Veryih- Meio tarde para me dizer isso, mas tudo bem, eu estava precisando de uma porrada para acordar, vamos apenas dizer que na prática foi meu corpo que destruiu, logo fui eu a culpada.
Blíui- Ei, como era o cara que você gostava?
Veryih- Não ouse falar sobre isto aqui dentro
Blíui- Tá bom!
Ao chegar nos fundos da casa vemos uma porta rústica de madeira no meio do corredor, Veryih com uma chave grande abre a porta e vemos apenas um minúsculo cômodo com alguns utensílios domésticos e ferramentas guardadas.
Eu- Oh, uma passagem secreta? Legal.
Veryih- Não tem nada de mais aqui, é só a sala de limpesa.
Ela entra catando uma pá e vai encravando a ponta no vão do piso de madeira, com um pouco de esforço logo ela consegue despregar uma das tábuas permitindo com que ela coloque a mão e puxe uma escotilha de madeira do chão, em uma prateleira ela pega uma espécie de lanterna em formato de lampião e já vai logo fechando a porta novamente com a chave nos trancando para dentro no escuro, com um click o lampião preenche o pequeno ambiente com uma luz amarelada, ela vai entrando e assenando para também irmos, calados começamos descer as escadas acompanhando Veryih, a cada degrau que vamos pisando vamos ficando mais anciosos enquanto observamos o mais longe que conseguimos de onde a luz do lampião consegue chegar, passados alguns minutos conseguimos ver a luz alcançar um chão de madeira a nossa frente.
Eu*- O que acha que ela quer mostrar?
Blíui*- Talvez algo de valor.
Quando pisamos no chão que dá fim a escadaria logo vemos um pedestal com algo coberto encima dele.
Eu- O que isso? Vai fazer algum show de mágica?
Veryih- Engraçadinho, isso é só para não pegar poeira.
Eu- Em uma sala fechada nas profundezas da terra?
Veryih- Ah não enche, agora preste atenção no que irei mostrar.
Sem cerimônias ela chega puxando o pano mostrando uma espécie de aparelho estranho que não me trás nenhum tipo de semelhança.
Eu- O que é isto?
Veryih- Isto é um dispositivo que deverá ser mantido em segredo com suas vidas
Blíui- Por que? Que coisa é essa?
Veryih- Ele se chama Drax-0
Eu- E o que ele faz?
Veryih- Eu irei levar ele em nossa viagem para fora daqui, ele serve para sacrificar uma vida.
Nós dois ficamos sem reação ao pensar como que uma caixa com uma ponta rombuda pode matar alguém.
Blíui- Ta, se está coisa sacrifica uma vida ele deve ter um propósito de mesmo peso, certo?
Veryih- Bem, se o que ele faz é do mesmo peso que uma vida eu não sei.
Eu- Então, o que esta coisinha faz?
Veryih- Resumidamente, ele teleporta você ao matar uma pessoa com ele.
Blíui- Hm, me parece ser bem útil contra um bando de soldados.
Veryih- Isso não é uma arma mágica como você está pensando, ele só pode ser usado uma única vez.
Blíui- Não me diga que você-----
Veryih- NÃO. Por causa disso mesmo que estou mostrando isso só para vocês, somente em vocês realmente confio agora, após o que aconteceu se eles soubessem disso aqui, poderiam achar que posso usar isso em algum deles assim que passasse dos limites deste mundo, com eles me vendo tão confiante para uma viagem tão perigosa, ta na cara que irão pensar somente o pior.
Eu- Estranho você dizer isso, pensei que a pessoa em que você mais confiasse fosse a Thely
Veryih- Eu confio nela também, mas por questões de segurança preciso me limitar ao máximo possível de muitas pessoas saberem, Blíui por exemplo só sabe por que ela escuta tudo o que você pensa, e mesmo que não escutasse você contaria.
Eu- Mas se você quer limitar você contaria para Thely que é só uma pessoa
Veryih- Quem influencia todos os outros são vocês, então compensa mais só vocês saberem.
Eu- Tá e você pode explicar melhor como funciona esse dispositivo e quais suas intenções com ele?
Veryih- Unf... Que bom que você perguntou isso, vai ser demorado então é melhor nos sentarmos no chão.
Ela põe a lanterna no chão junto com o dispositivo e se sentamos em volta com as pernas cruzadas.
Veryih- Primeiro de tudo vocês devem querer saber de onde isso veio, quem fez eu não sei, mas eu roubei isso do povo das trevas, sim mais uma coisa que vocês não sabem sobre mim, eu já estive no território deles, não como aliada e sim como invasora, assim como vocês um dia estiveram.
Eu- Acho que nem preciso perguntar o que você foi fazer lá, né.
Veryih- Foi uma missão de reconhecimento da sociedade para descobrir os mistérios deles, trouxe várias coisas de lá, mas entre algumas delas fiquei com algumas para mim, essa foi minha primeira grande missão que me deixou rica
Blíui- Nos explique mais sobre a funcionalidade dessa coisa
Veryih- É verdade que este DISPOSITIVO pode teleportar qualquer um com o preço da morte de alguém, mas é bem específico como ele funciona, para usar você tem que encostar a ponta de metal no peito da pessoa aonde fica o coração e apertar o botão vermelho, quando acionado a ponta entrará no peito perfurando o coração e ele irá absorver toda a energia vital e Fleimin da pessoa, feito isso o usuário deve apertar o botão azul que fica perto do vermelho e pronto! A mágica está feita.
Blíui- E o local que a pessoa é teleportada, como faz para escolher?
Veryih- Impossível escolher, ele já é feito para te fazer ser teleportado para o lugar onde você nasceu.
Eu- Sério!?
Veryih- Sim, de alguma maneira quando ele é carregado se cria um tipo de conexão com o local aonde seus primeiros sinais vitais de vida deram início, estranhamente bizarro ao mesmo tempo que é incrível.
Blíui- E por que não dá pra usar ele de novo?
Veryih- Como vocês já deveriam de imaginar, um objeto que é capaz de teleportar um corpo com a energia de outro corpo, faz com que o próprio objeto em si seja destruído, suas placas e circuitos são todos derretidos durante o processo.
Eu- Como você sabe disso tudo se ele pode ser usado somente uma vez?
Veryih- São poucas as pessoas que conseguem escapar do povo das trevas sabia? Eu só consegui encontrar 2 deles, e 1 fui obrigada usar para fugir de lá.
Blíui- Então em teoria se o Dre usasse essa coisa ele voltaria para o mundo de origem dele?
Veryih- Tá ai uma pergunta que eu também gostaria de saber a resposta.
Eu- Qual sua opinião sobre isso?
Veryih- Eu acho que isso iria depender muito
Eu- Como?
Veryih- Vamos parar e avaliar isto. Sabemos que este dispositivo pode levar você para o local em que você nasceu, mas isto é neste mundo, não sabemos de que mundo ou lugar da existência você veio, vejo 2 fatores que poderiam implicar na funcionalidade do dispositivo. 1° Tempo 2° espaço. Começando pelo tempo, e se você tiver vindo de um mundo aonde é neste mesmo universo porém a incontáveis ciclos para frente no futuro ou para trás no passado, o dispositivo não poderá te levar para onde você nasceu se você nem aumenos existiu aqui, para ele funcionar ele precisa que você tenha nascido aqui, ao menos é minha opinião.
Eu- O QUE!????
Veryih- Eu sei que isso é loucura, mas veja, não tem como o dispositivo levar um corpo ao local de nascimento se ele não tiver um rastro de onde sua matéria se iniciou, dentro dele existe todo um decodificador para genética, um conector para analisar seu cérebro e por fim não mais importante um barometro que rastreia toda matéria que você já teve contato e a quanto tempo foi, TUDO tem que ser enviado no mesmo exato endereço de onde as informações correspondem. mesmo que você tenha existido um neste eu acho difícil você ir para outro universo por que Drax-0 não é uma máquina do espaço-tempo, aqui já entra meu outro ponto, se você realmente for de outro universo aonde esta existência não está conectada com a existência do nosso universo, ele também não poderá te levar, por que como já disse ele não é uma máquina do espaço tempo.
Blíui- Espera aí, você disse que já usou essa coisa, mas como pode saber disso tudo?
Veryih- Não sei se você lembra mas isto é minha opinião e além disso eu andei estudando sobre está coisa antes se usá-la lá.
Blíui- Acho que isso explica tudo.
Eu- Então você quer dizer que existe uma possibilidade disso aí não funcionar comigo?
Veryih- Exato, mas acredito também que existe a chance de ele funcionar de uma forma diferente da conhecida.
Eu- Certo, certo, só a mais uma coisa que você ainda não nos respondeu, qual é a sua intenção ao levar isso?
Veryih- Como estamos indo para um lugar desconhecido existe a chance de acabarmos presos ou perdidos, e como falei para todos ontem, isto será uma missão aonde todos arriscarão suas vidas mais do que nunca, ou seja sendo mais clara aqui e agora, para alguns de nós sairmos vivos pode ser necessário um sacrifício de alguém, por isto disse que mesmo o mais fraco de nós poderá ser útil nesta viagem.
Blíui- como você tem CORAGEM de dizer que não ta levando isso para usar em nós quando as coisas apertarem?
Veryih- Calma lá, ainda não terminei. Eu não tenho intenção de usar isso aqui para mim, se tudo der errado irei morrer lá isso já está decidido, por isto estou apresentando isso a vocês, por que VOCÊS fará uso disso aqui
Blíui- Por que nós?
Veryih- Francamente queria que você mesmo percebesse isso mas, Dre você já viu o valor que você tem? Eu não sei se isso funcionaria em você, mas valeria tentar se for para te salvar e você continuar vivendo e se fortalecendo
Blíui- Dá para ser mais direta?
Veryih- É verdade que existe pessoas absurdamente mais forte que ele, mas não muda o fato que ele é uma peça chave que em mãos errada poderia ser o fim desse mundo, afinal qualquer arma bélica deste mundo é movida por Fleimin puro
Eu- Como me faz falta uma Classe...
Veryih- Você sabe por que, que a sociedade já não está correndo atrás de seu precioso Fleimin a todo custo?
Eu- Por não ter uma maneira de coletar?
Veryih- ERRADO, eles fariam esperiencia em você até achar uma forma, e garanto que não seria nada indolor, o fato é; assim que você passou pelos testes eu tive que alterar toda documentação e contratar assassinos de aluguel para matar todos os envolvidos no experimento.
Eu- Você fez isso tudo por mim sem sabermos? Incrível...
Veryih- Por você? Uma ova!!! eu não quero pertubação de ninguém nos perseguindo por sua causa, ainda mais agora que vocês criaram contato com minha família
Eu- Como você já sabia do meu Fleimin puro naquela época?
Veryih- Não sabia, mas só de assistir você lutar pude presumir tudo e.. Aaahh que satisfação saber que estive certa esse tempo todo e fiz o certo.
Blíui- Macabro...
Veryih- Fazer o que né? Eu não hesito fazer o que é necessário para sair ganhando, mesmo que isso custe algumas vidas... Veja, não acham que saí da miséria passando a mão na cabeça das pessoas, acha?
Eu- Sua família sabe que você é disposta fazer qualquer coisa pelo seu benefício?
Veryih- Sabe, só as partes boas, hehe
Diz ela cruzando os braços e sorrindo como uma criança arteira.
Veryih- Bem, agora vocês conhecem meu lado mais obscuro, considerem isso como prova de minha confiança, apesar de que não é como se esses bando de hipócritas não fizessem o mesmo para se dar bem na vida, mas eu sei que o que fiz e faço, já se distância um pouco "deles"
Eu- Se eu estivesse escutando isso a alguns ciclos atrás acharia isto frio e cruel, mas vendo por um lado mais racional isso realmente pode ser de extrema conveniência, quanto aos outros envolvidos, eles já terão aceitado vir com o risco de perder a vida.
Veryih- Exatamente! Que bom que vocês entendem isso, sabia que poderia contar com vocês para entender isso.
Blíui- Eu não gosto disso, mas em um momento crítico ações críticas podem acabar trazendo a salvação como também não, você me parece uma pessoa que viveu uma vida de apostas.
Veryih- Presta atenção no que vou te dizer, eu não passei a minha vida estudando e criando influências e recursos com "apostas" tudo foi calculado e planejado para funcionar, minha vida não foi feita encima de sonhos ao quais as pessoas nunca correm atrás para realizá-lo ou se quer se preocupa em entender a realidade para saber o que tem de ser feito.
Eu- Francamente, tenho que te elogiar, está ideia é genial ao mesmo tempo que soa bem estúpida.
Veryih- Estúpida?
Eu- Você pode não ver assim e eu respeito, mas levar a vida de alguém para algum benefício próprio para mim é estupidez.
Blíui- Tem mais alguma coisa sobre isso que precisamos saber?
Veryih- A úncia coisa que vocês precisam ter consciência agora é que isto deve ser usado apenas por quem tem a real chance de nos tirar de uma furada, que é a Thely o Dre e Você, o resto é tudo utilizável para combustível.
Blíui- Que forma feia de chamar seus amigos
Veryih- Ei, eu não me incluí como excessão, também poderei ser combustível.
Blíui-...
Eu- O que você está levando em consideração nessa sua escolha?
Veryih- Quem usa a cabeça. Tink é muito forte mas age apenas por impulso não é muito inteligente, Rhooc precisa aprender muita coisa ainda, Sui deixa seus sentimentos falar mais alto que por si mesma, Toya é muito fraco e tapado e quem é Aloder e Calec? Os únicos que vejo pensar somos nós que já citei.
Eu- Odeio ter que concordar com isso, mas é uma análise bem crua da realidade de nosso grupo
Blíui- Tsc.
Veryih- Bem agora que já mostrei o que queria vamos voltar a dormir, quero só esquecer logo essa dor infernal em minha barriga
Eu- Foi tão forte assim esse chute?
Veryih- Nãooo... Você só destruiu a minha sala, os vidros e todo o chão lá fora, nem foi forte seu chute.
Eu- Lamento por isto.
Veryih- Meus órgãos estão bem, é só o músculo que não se recuperou do impacto que levei, logo o Fleimin cura.
Eu- Posso ver sua barriga?
Veryih- Pra quê?
Eu- Só deixa eu ver como ela está
Ela ergue a roupa nos permitindo ver sua barriga e costelas, toda a região da barriga está um grande roxo que já logo é encoberto.
Veryih- Por que estão olhando com essa cara de surpresa? Era para mim ter sido morta com aquele chute, muito me admira de Blíui não estar discutindo com você por ter sido tão impulsivo e imprudente.
Blíui- Foi mal, mas já conversamos sobre isso..
Ela sorri enquanto bate o indicador na cabeça.
Eu- Aah... Acredite é bem pior do que se ela falasse com a boca.
Com o objeto em mãos, Veryih começa subir devolta a escadaria enquanto a seguimos, chegando na metade da escadaria paramos derrepente e ela esconde o dispositivo de baixo de seu blusão, na estreita escada não conseguimos ver o que á atravéz dela.
Eu- O que aconteceu? Por que parou?
Veryih- Olá Thely, o que faz por aqui?
Thely- Eu notei um movimento estranho pela casa então resolvi sair investigar.
Veryih- Ah, sério? E como você passou pela porta trancada?
Thely- Eu sei abrir fechaduras com uma chave que tenho, eu sei que isso é errado mas não pude resistir em ver o que havia do outro lado da porta.
Veryih- Te entendo, eu também faria isso em seu lugar, infelizmente, então não brigarei com você pela invasão ao meu cômodo
Eu*- Que forma direta de tentar acabar logo com o assunto.
Thely- Mas e aí? O que tem lá embaixo? O que Dre e Blíui fazem junto com você?
Veryih- Eu vim mostrar para eles aonde vamos guardar os objetos que iremos roubar na sociedade
Thely- A essa hora dá noite somente para eles? Veryih, Veryih... Isso tá estranho!
Veryih- Estranho por que? Eles estavam acordados e ficaram me enchendo o saco perguntando o que iremos fazer com os objetos depois de roubar
Thely- Isso não explica o por que de você trancar a porta ao entrar com eles aqui.
Veryih- Não me entenda a mau, mas eu não gostaria que meus pais encontrassem a porta aberta e vesse o chão destruído, fora que o curioso do Muthyo poderia descobrir e vir bisbilhotar nas minhas coisas lá embaixo.
Thely- Sério? E o que de tão importante você guarda la embaixo que seu próprio irmão não poderia ver?
Veryih- Lá é meu depósito de algumas tecnologias que guardo de minhas missões, nem faço isso tanto por vocês, mas me preocupo com a segurança de minha família e a privacidade das minhas coisas, se quiser te levo lá embaixo para ver como é.
Thely- Não, tá tudo bem, eu passo.
Veryih- Imagino que você esteja apreensiva como os outros pelo o que está por vir, então espero poder passar o máximo de credibilidade a vocês, se necessário trago até os outros aqui em uma outra oportunidade.
Thely- . . .
Veryih- Se tiver mais alguma coisa a perguntar ou estar em dúvida, vamos lá, pergunte, não tem problema.
Thely- Pensei que fossemos ir direto viajar para fora depois de roubar.
Veryih- Claro que não, antes vou ter que guarda-los em um lugar seguro e fazer alguns arranjos para usá-los, só já não falei sobre isso com vocês por que não vi necessidade.
Thely-- Certo, espero que você não esteja escondendo nada de nós, não é mesmo Dre e Blíui?
Eu- Claro
Blíui- Sim
Veryih- Por favor... Estou confiando a executar com vocês um plano que fiz durante muito tempo, não quero que vocês duvidem de mim
Thely- Rum, Não é preciso ser muito observador para saber que você esconde e omite muitas coisas dos outros.
Veryih- Ora. Ficar em pé nesta escada fria tarde da noite só está fazendo meus músculos doerem mais, que tal irmos dormir? Eu falo apenas o necessário, é só isso.
Thely- Tudo bem, dessa vez irei deixar passar, mas espero que você não esteja planejando nada além do que já nos contou.
Veryih- Não estou, agora deu para desconfiar de mim?
Thely- Não que eu queira desconfiar de você, mas certificar de que não tem nada errado acontecendo sem a gente saber é uma obrigação pessoal. Lamento por isso.
Veryih- Tudo bem.
Em silêncio começamos subir as escadas, Veryih põe a mão por de trás de seu roupão retirando o dispositivo que estava preso no pano e entregando para mim querendo que o escondesse melhor, como sempre ando com um manto consigo esconder o item com mais facilidade entre os vãos internos dele.
Thely- O que iremos fazer amanhã?
Veryih- Vamos ficar mais alguns dias descansando por aqui, graças ao seu amigo preciso me recuperar um pouco antes de voltar a ativa.
Thely- O que ele fez não foi certo, mas o que você esteve prestes a fazer seria ainda pior.
Veryih- Eu sei, por isso mesmo eu não reclamei de nada.
Thely- Há! Duvido, o que você mais gosta de fazer é reclamar.
Veryih- Também não é para tanto. Foi lamentável o que fiz, eu sei.
Thely- Eu nem sei como consegui te perdoar por isto, mas creio que os outros não conseguiram te dar um ponto de compreensão.
Veryih- É compreensível que eles esteja assim comigo agora.
Thely- Quando você voltou, nem tive a chance de conversar contigo.
Veryih- Eu não estava em condições disso.
Thely- Então como o Dre conversou com você quando foi la fora?
Veryih- Ele não conversou comigo, ele só se tocou do que fez e veio me reanimar e me ajudar sair de lá
Thely- Hm
Quando chegamos de volta no pequeno cômodo nos despedimos e vamos cada um para um lado rumo a cama
Eu- Veryih quero conversar um pouco com você a sós.
Veryih- Agora!!!?
Eu- É agora.
Thely- Xiihh, la vem mais segredo.
Eu- Não tem segredo nenhum, quero falar sobre o que ela fez hoje, só quero que seja a sós para ela não ter que se constrangir com isso
Veryih- Em?
Thely- Hm, tabom, fui.
Blíui- Vou ir voltando para a cama também, volta logo em Dre.
As duas saem conversando pela porta aberta do cômodo.
Veryih- Que incrível você ein? Não quer me constrangir mas já fez isso, quer que eu as chame aqui devolta para ouvir o resto? Anda desembucha logo, vo aceita o que tiver de dizer.
Ela fica de braços cruzados me olhando em tédio.
Eu- Foi uma desculpa ruim que tive que usar. Na realidade o que quero dizer é que você é fraca, bem fraca.
Veryih- Hm? O que foi? Agora está querendo me provocar?
Eu- Estou falando sério, não só você mas eu também sou fraco.
Veryih- Do que está falando? É claro que não, temos nossas próprias forças.
Eu- NÃO. Nós não somos fortes, e se quisermos continuar com essa missão insana que iremos, você terá que se tornar conciente disso.
Veryih- Como assim? Dá para ser mais claro?
Eu- Nós não estamos no mesmo calibre de poder que nossos amigos, sem a força de algo especial não somos nada!
Veryih- Fale mais.
Eu- Eu estive te observando durante este tempo, e vi que seu corpo é muito frágil e você fica muito venerável a surpresas e alta velocidade, não deixo de reparar que fora disso sua habilidade te torna invencível contra inimigos comuns e mais fortes porém além de custar do seu próprio sangue o uso dessa habilidade, você não tem como vencer alguém como Sui ou Blíui, ainda que elas não são tão poderosas igual algumas outras pessoas por aí.
Veryih- Bom trabalho me analisando pelo óbvio e agora qual é a sua fraqueza? Me diga.
Eu- Você já não sabe? basicamente tudo!! Sem as lâminas eu não sou nada, e tive que aprender e aceitar isso da pior maneira possível.
Veryih- Mas e o poder de seu Fleimin? E a pureza dele?
Eu- É verdade que meu Fleimin puro me ajuda a refinar a força e resistência e aumentar a eficiência de uso, porem não é uma força e resistência inalcançável para quem tem uma Classe normal, basta ter treino que é possível chegar na minha força, na verdade ter bastante Fleimin puro só me trás desvantagens, qualquer um que passa saber disso me vê como uma moeda gigante de lig. Fora o fato de que alguém de mesmo domínio de Fleimin que eu tem uma grande vantagem de ter atributos da Classe, e eu nem comecei falar do lixo do meu corpo, seus corpos tem uma resistência de ferro feitos e adaptados para o uso de Fleimin, e o meu? Uso Fleimin de forma totalmente adaptada e sinto toda a dor de cada ataque e evento crítico com o corpo sendo detonado e estirassado se mantendo inteiro sem se rasgar e despedaçar graças ao Fleimin que segura firmemente cada célula e músculo de meu corpo.
Blíui- Eu posso garantir isso com toda certeza, sempre que ele luta e apanha eu sinto boa parte da dor dele, já quando eu apanho, não sinto dor comparável com a dele.
Veryih- O que você faz aqui?
Blíui- O que? Você não achou mesmo que eu iria me afastar dele, né?
Veryih- Claro que não iria né, afinal você é a segunda vida dele.
Blíui- Exato!
Veryih- Tá, mas e essa sua habilidade de ver as coisas em tempo reduzido?
Eu- Ela é realmente boa, mas tem um custo muito alto e não é tão eficaz contra alguém forte, eu gasto quantidades altíssimas de Fleimin comprensando ele para enviar ao cérebro, e inimigos resistentes aguentam as minhas porradas e cortes mais poderosos, vê que mesmo assim estamos em desvantagem?
Veryih- Realmente, não temos muito o que fazer quanto a isso.
Eu- Eu apenas queria te deixar ciente sobre isto, e dizer que enquanto ficarmos juntos podemos tentar cobrir nossas deficiências, você só sabe lutar fazendo tudo sozinha e agora você está em equipe. Bem agora vou indo dormir.
Blíui- Boa noite Veryih
Veryih- Bo o que?
Blíui- Não ligue para isso.
Retornamos para nossos quartos e caímos rapidamente no sono, mau consegui disposição pra chamar Blíui ver a bela lua que resplandece lá fora, quando acordamos todo aquele clima já sumiu e está com o calor do dia no lugar.
Blíui- Bom dia!
Eu- Olá amante de português.
Blíui- Eu já te falei que você parece um animal da floresta dormindo?
Eu- Você já viu um dormindo?
Blíui- Sim, eles se encolhem e dormem como se não ouvessem preocupações no mundo
Eu- Bem, pelomenos essa acho que é uma das funções do sono
Após fazermos todas as coisas de costume pela manhã, Veryih chama a todos na frente de casa.
Veryih- Imagino que vocês já devem saber por que os chamei aqui, então, quem não irá querer ir para a missão?
Calec- Eu não vou, não posso ir em uma missão a qual não estou pronto
Veryih- Quem mais não vai?
Aloder- Eu.
Thely- Por que?
Aloder- Eu realmente lamento minha senhora, mas eu não quero abrir mão de minha vida, eu sei que essa é uma missão muito importante, mas receio que não irei ajudar com minha falta de convicção e poder.
Veryih- Ótimo, mais alguém?
Thely-...
Veryih- Vocês dois que não iram ir poderam seguir seus caminhos e ficar um tempo em minha casa, daqui alguns dias partiremos
Tink- Por que já não agora?
Veryih- Não parece mas eu preciso de um tempo para me recompor, o chute do Dre foi um pouco mais forte do que pareceu e também se lembra que a sociedade estava sendo atacada pelos Zbs? Por mais que não seja muito o tempo que vamos ficar aqui vai ser suficiente para a cidade se recompor.
Tink- Você acha?
Veryih- Thely tenho uma coisa para te pedir
Thely- O que seria?
Tink-. . .
Veryih- Peço que deixe seu filho morando com meus país, eles irão cuidar bem dele, eu garanto.
Thely- Mas----
Veryih- Eu já conversei com eles, não precisa se preocupar.
Thely- Tudo bem então.
Neste momento pensamos que Thely fosse surtar e brigar com ela porém para nossa surpresa ela apenas assentiu.
Blíui- Você... Vai mesmo aceitar?
Thely- Está será uma missão bem delicada aonde o Ver não irá ter nada a aprender, fora que a chance de morrermos será bem grande.
Thely vai até Vér e entrega nas mãos dele o pendrive com o líquido azul florescente.
Thely- Filho, eu sei que é cedo para te entregar isto, mas vou pedir para que você guarde isso com a sua vida e quando você for grande o suficiente injete isso em você. O que tem dentro lhe dará poder para erguer um novo mundo.
Vér- Tabom
Ele segura com força o item e guarda no bolso.
Eu- Não achei que fosse ver isso acontecer tão cedo
Thely- Pessoal... A partir de agora podem contar comigo pra tudo, irei lutar com tudo o que tenho!
Veryih- Antes que você possa prosseguir, posso saber de onde vem toda essa motivação a ponto de abandonar seu filho?
Vér que já a olhava preocupado passa a fazer cara de choro.
Blíui- Não fale assim, ta assustando o garoto.
Thely- Não... Está tudo bem, ele já aprendeu que pessoas vão e vem no mundo independente de quem é, ele viu isso acontecer durante o tempo que esteve conosco, não só como também isso irá estar encrustado no fundo de sua mente para sempre.
Blíui*- Que maneira cruel de se encinar algo para uma criança tão pequena... Tenho pena dele.
Veryih- O papo aqui é sério, não quero saber de crianças sendo traumatizadas, me diga suas motivações Thely.
Thely- Tudo o que estudei até hoje aponta que o motivo de meu povo ter caído pode ter em haver com este tal "limite" no mapa, e como a última representante do povo Overtil meu coração queima por respostas e minha alma grita de ódio e fúria a procura dos culpados por nos dizimar, não só eu mas sinto como se todas as almas perdidas lá pesassem em meus ombros a procura de um descanso justificável.
Suas palavras são ditas com propriedade e transmitem os resquícios de um intenso sentimento de rancor e frustração do passado, um tanto inspirador mesmo para nós que não podemos compreender a dimensão dos sentimentos de tais palavras.
Rhooc- Almas? Você acredita nisso?
Thely- Não sei se acredito, mas é a forma que encontrei de expressar o que sinto.
Eu*- Entendo... Ela deve se sentir com um fardo muito grande ao se ver como a última de seus antepassados e um possível fim de seu povo.
Veryih- Você disse Overtil?
Eu- Não sabia que seu povo se chamava assim
Thely- Isso mesmo, Overtil
Veryih- Muito interessante, o povo isolado que desapareceu do nada né?
Thely- Você conhece alguma coisa então?
Veryih- Claro, eu já vi de relance em alguns livros falando sobre a lenda de um povo avançado que se escondia em grandes muros porém certo dia eles desapareceram e não se ouviu mais falar deles, agora que você mencionou o nome me lembrei que se chamavam Overtil, quem diria que eu iria conhecer alguém de lá em...
Thely- Pois eh né.
Veryih- Mas e então? O que aconteceu com toda a tecnologia de vocês? Por que ninguém nunca invadiu os muros do lugar que você viveu naqueles ciclos todos?
Thely- Uma espécie de criatura laranja dizimou todos nós, nossos equipamentos por algum motivo atraia eles para nós, nos obrigando a jogar tudo fora e tendo a tecnologia perdida no tempo, somente as coisas grandes ficaram apodrecendo lá com o tempo, até hoje eles devem perambular por lá, por algum motivo aquelas terras ficou completamente infertil e a região inteira virou um grande campo de terra seca e quente.
Veryih- Hm faz sentido que ninguém tenha descobrido aquilo por lá, afinal além de estar em terras miseráveis onde tudo é grande e distante, o povo de lá não deve ter uma forma de chegar até lá e conseguir passar os muros... Em fim, essa é uma história que vocês irão ter que me contar mais tarde, como é que vocês conseguiram entrar lá e encontrar Thely?
Sui- Já aproveitando o assunto, Thely você sabe por que seu povo vivia em um lugar tão isolado do mundo?
Thely- Todo registro que já tive sobre isso diz que viemos de um povo de uma terra distante aonde a tecnologia era promissora, mas em algum determinado ponto neste avanço uma parte se dividiu não querendo fazer mais parte deste povo criando uma nova sociedade longe de tudo, é o máximo que consegui descobrir.
Veryih- Que estranho... E quem era esse povo ao qual os Overtil se separou?
Thely- Esse é o problema, não se tem registros sobre quem, onde ou o que eram eles, espero descobrir mais indo nessa missão com vocês.
Tink- Você vai perguntar para todos nós nossas motivações?
Veryih- Não. Apenas para ela, por que ela irá me acompanhar, eu preciso saber se quem vai estar do meu lado tem uma ambição grande o suficiente para não desistir no meio do caminho.
Thely- Desculpe Veryih parece que você tinha perguntado mais algo antes, são tantas perguntas que acabei me perdendo
Veryih- Ah, eu tinha perguntado como te encontraram
Thely- O Dre conseguiu abrir um buraco nas muralhas e entrar com todos, o restante foi inevitável
Eu*- Como se o desejo de Veryih fosse uma ambição muito grande.
Blíui*- Ara, vamos dar um voto para ela, não só como ela planejou por muitos ciclos este plano como ela também quer saber o que está além do Horizonte, é grande sim!
Eu*- Tem razão.
Durante 3 dias, descansamos como se não ouvesse amanhã, Eu e Blíui ficamos perambulando pela região apreciando o Horizonte local, acabamos ficando tão adaptados a andar pelo mundo que agora quando ficamos parados na casa ficamos inquietos e logo saímos dar uma volta, no meio desses dias Sui resolve preparar um picknick para todos nós no mesmo lugar onde Veryih costuma ficar nos fins de tarde, nele somente Eu, Blíui e Sui acaba participando, este pequeno evento acontece no início de uma tarde ensolarada com muitas nuvens cúmulos, uma brisa fresca assopra vindo de um extenso campo com um grande rio ao seu fundo, o sol nos aquece com seu gentil raiar que nos abrange a cada vez em que uma grande nuvem deslisa lentamente para fora de seu caminho.
Eu- Já vimos tantos cenários e horizontes, mas a calmitide de todos eles nunca nos cansa.
Blíui- Eu acho que a vida não seria a mesma sem isso, não existe preço nem descrição que poderia avaliar tamanha obra natural.
Sui- Não tenho como negar... Mas melhor que apreciar isso tudo é fazer isso experimentando minha humilde culinária, por favor sirvam-se.
Pegamos uma porção de bolinhos e começamos comer.
Blíui- Nossa eu não sabia que você cozinhava tão bem Sui
Sui- Antigamente eu costumava cozinhar muito para minha equipe, e eles costumavam ser um tanto critériosos hehe
Eu- Esses bolinhos são ótimos
Sui com a precisão de um arquiteto, fez um tempero perfeito em bolinhos usando a mesma planta que gera a massa que comi no início de minha jornada, porém ao invez de enjoativo deixa um gosto marcante na boca fazendo os bolinhos se tornarem irresistíveis.
Sui- Fico feliz que tenham gostado, está é uma refeita antiga que aprendi com meus pais quando colhia missógeno com eles na lavoura.
Blíui- Hmm, como eram seus pais?
Sui- Bem, meu Pai e Mãe na maior parte da vida foram agricultores, eles tinham minha altura e me ensinaram tudo sobre o que a terra pode dar e o que pode ser feito dela.
Eu- Interessante, e o que aconteceu com eles?
Sui- Aaahh... Infelizmente o que aconteceu com eles foi o mesmo que acontecia com a maioria do povo daquela região, lamentávelmente eles não puderam chegar nem a 2/3 do que vivi, mas tiveram tempo suficiente para me ensinar a viver a vida, quando crianças nós eramos em 4, Eles dois, eu e um irmão meu, vivíamos do que colhíamos, tinhamos uma casa no campo próxima de algumas outras que eram nosso visinhos, apesar de cada um se encontrar a 1 kilometros de distância.
Eu- E o que acontecia com o povo daquela região?
Sui- Os que não eram capturados para virar escravos de algum reino eram mortos resistindo, as escolhas eram poucas.
Blíui- Então. O mesmo aconteceu com seus pais?
[Ela suspira]
Sui- Unnfff... Algo assim. Como se já era de esperar um dia a paz acabou, certo dia soldados expecionarios chegaram e bem. Meus pais fizeram o que puderam para nos proteger, minhas memórias sobre este acontecimento já não são mais tão nítidas mas me lembro com Clareza do meu irmão sendo empalado e morto por uma lança.
Blíui- E como você conseguiu sobreviver?
Sui- Os soldados acabaram achando que seria um desperdício matar a mim e minha mãe, afinal minha mãe era útil lutando e bem... Eu era uma garota.
Blíui- E seu pai?
Sui- Foi o primeiro a ser morto antes mesmo que pudesse fugir, ele estava lá fora e só foi alvejado com centenas de flechas.
Eu- O que aconteceu com vocês duas?
Sui- Eles nos levaram como escravas deles, por alguns longos ciclos prestei todo tipo de serviço para eles, aprendi e vivenciei muitas coisas, após muito esforço minha mãe conseguiu virar serva do rei e pode me resgatar das mãos dos soldados
Eu- E como você aprendeu a lutar como luta?
Sui- Bem, pode se dizer que fui muito rancorosa e aprendi as coisas que um soldado sabia fazer e aprendi algumas coisas com minha mãe.
Blíui- Qual era seu rancor?
Sui- Depois de aprender a arte do combate e estratégia, como resultado... Utilizei de todo meu rancor contra eles para discretamente ir matando um por um com a maior brutalidade que pude, indo desde empurrar alguém do alto do castelo, até esfaquear o ponto vital de uma pessoa na surpresa de uma noite escura, foi tão perfeito que nunca ninguém soube, e sempre que levantavam suspeitas eu conseguia fazer outra pessoa ser culpada e morta em meu lugar.
Eu- Você não se arrepende de ter feito isso?
Sui- Naquela época eu não tinha muita coisa boa na cabeça, hoje não faria de novo mas também não sinto remorso algum do que fiz.
Eu- Em resumo, você causou todos os tipos de conflitos internos no reino e se aproveitou disso para matar-los?
Sui- É, basicamente o que eu te falei.
Blíui- Uau, isso é genial ao mesmo tempo que cabal, olhando você de agora não imaginamos esse tipo de coisa
Sui- Claro que em parte devo de agradecer por ter nascido uma garotinha bonita, isso foi extremamente conveniente para minha sobrevivência, mas como tudo tem seu preço isso não me deixou de fazer sofrer bastante também.
Eu- Que passado insano, você basicamente deu a volta por cima
Sui- Eh, pode se dizer que sim, é um passado sombrio meu que eu não gosto muito de falar ou lembrar, as únicas pessoas que conhecia sobre meu passado já estão mortas a um bom tempo...
Eu- Nossa.
Blíui- E, você nunca teve filhos?
Sui- Nunquinha, é verdade que passei muito tempo sendo abusada, afinal era uma escrava de um exército.
Blíui- Então como...
Sui- Já ouviu falar em auto esterilidade?
Blíui- Acho que já, como assim?
Sui- Antes que pudesse acabar tendo um filho eu fiz o que pude para se tornar estéril.
Blíui- Então você...
Sui- Sim, eu acabei com o meu útero, foi uma decisão difícil a tomar, mas percebi que gerar um filho bastardo nesse mundo não só como seria minha condenação como também iria criar uma nova vida mizeravel pronta para sofrer toda a desgraça que passei
Blíui- Mas, como!? Como você conseguiu se tornar estéril?
Sui- Aaaaaa vocês não irão querer saber, eu prefiro não contar sobre isto, é um pouco constrangedor, sabe?
Blíui- Me desculpe pela curiosidade.
Sui- Ta tudo bem, eu só resolvi contar isto a vocês por que os considero como uma família, e acho que seria justo compartilhar algo sobre mim com vocês antes de partir para uma missão tão difícil, pelomenos se eu morrer vocês não se lembrarão de mim apenas como uma velhinha estranha que sabia lutar.
Blíui- Prometo que vai ser a última pergunta, a quantos ciclos isso foi?
Sui- Ah, já faz tanto tempo... Agora eu devo estar com uns 79 ciclos, quando meu pai e irmão foram mortos eu tinha apenas 15, já quando foi minha mãe eu tava com 22
Blíui- Entendo, é parece que a vida não foi muito fácil para nenhum de nós né.
Sui- Não mesmo. Sabe, eu até gostei de ter vindo apenas nós 3 neste picknick, sinto ser bem melhor de conversar com vocês dois do que com os outros, não desmerecendo eles, eles também são boas pessoas que sei que posso confiar, mas minha preferência é vocês, talvez por que eu os veja como dois netinhos meus a serem protegidos haha.
Blíui*- Que fofa, agora realmente me sinto tendo uma vó.
Eu- Parece que você encontrou mais um sentido além de não estar entediada na sua casa esperando a morte, não é mesmo?
Sui- Tem razão, eu não havia me tocado disso até então.
Blíui- Que maneira feia de se referir ao descanso de um mais velho Dre.
Eu- O que? A Sui mesma já afirmou sentir que sua vida era assim.
Sui- Haha, não tem problema em dizer isso, ele está certo nas duas coisas.
Durante o restante da tarde ficamos petiscando enquanto conversávamos deitados no morro apreciando o mundo. Após os 3 dias passados todos nós se juntamos na frente da casa prontos para embarca na carroça enquanto os outros que não vão ficam em fila prontos para se despedir, Thely vai direto até o Vér e se agacha se abraçando pela última vez
Thely- Se cuida filho
Vér- Volta logo.
Amile- Não se preocupe, nós iremos cuidar bem dele até com que você volte
Thely- Conto com você!
Aloder- Ei Thely, posso não estar indo com vocês mas, saiba que me envergonho disso e estarei esperando você até a próxima lua que acontece daqui 200 dias, se possível volte até lá e garanto que partirei juntos de vocês atrás de um novo futuro.
Thely- Ah, você é homem leal, não tenho como contextar isso, certo, espere por mim!
Tink- Calec, lembre-se do que você me prometeu.
Calec- Não se preocupe, até lá eu estarei pronto, e Dre! Quando você voltar quero uma revanche!!
Eu- Pode deixar.
Rhooc- Eu não irei buscar os itens com vocês mas na viagem maior eu irei, vou esperar ancioso, Veryih se cuida ein?
Veryih- Rum.
Toya- Hã? Por que que ele não vai com a gente?
Veryih- Eu pedi para ele preparar algumas coisas para nós enquanto não estivermos aqui, as habilidades de cartógrafo dele vai ser bem útil para o que preciso
Tink- Eu ia perguntar o que é mas por algum motivo já até perdi o interesse
Tink cutuca Veryih e cochicha.
Tink- ^Você só enrrolou ele para não ir né?^
Veryih- Por incrível que pareça dessa vez não
Rhooc- Qual a necessidade de fazer essa encenação toda na minha frente?
Veryih- Bem... acho que vejo vocês em uma próxima oportunidade agora.
Amile- Volte bem ein?
Gloc e Amile abraçam Veryih, ela em abafamento pelos ombros de seus pais promete retornar, quando já estamos todos dentro da carroça se afastando ela dá um último olhar triste para trás.
Veryih- Lamento por nunca cumprir com nada que prometo a vocês
Após ter saído de lá, começamos nossa viagem enquanto Veryih está sempre nos relembrando dos detalhes do plano.
Veryih- Espero que tenham entendido tudo mesmo, agora vou só revisar com vocês todos os dias.
Tink- Tente não ficar paranóica com isso, tabom?
Veryih- Na medida do possível, bem vocês entenderam que irei entregar um mapa para cada um indicando o que tem que ser feito, né?
Blíui- Sim e se falharmos atirar para o céu o sinal vermelho.
Veryih- E o que mais?
Blíui- acabar com o mapa para assim ninguém descobrir o que iremos fazer.
Nos próximos longos 7 dias de viagem ficamos revisando os planos incansavelmente na monotoriedade que toda viagem poderia oferecer, as vezes tão chata que usamos de qualquer passatempo sem graça.
/(Fim do capítulo 94)\
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Fleimin
AdventureBem vindo ao novo (ou talvez velho) planeta Ssaítê. Depois de um garoto apelidado de Dre ter enfrentado um conflito em sua vida, de alguma forma ele acaba por terminar em um mundo desconhecido e hostil, sozinho e perdido lá, ele passa pelas mais adv...