A batalha

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  Capítulo 86

    Com meu corpo todo tremendo de tensão eu olho para frente e respiro fundo, agora o fluxo de Fleimin em meu corpo está tão alto que automaticamente meus olhos ficam amarelos.
      Eu- ROOOOOOOOOOOONNNNNSSSS SEU DESGRAÇADO, EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ AI, APAREÇA SEU COVARDE, EU TENHO 3 LÂMINAS LENDÁRIAS AQUI E JURO QUE VOU TE MATAR COM ELAS.
   Eu grito o mais alto que posso! Quando acabo de gritar estou quase sem ar, meu corpo estrimilica ainda mais, as pessoas que já me olhavam em cima da pedra, agora ficam quietas e a cidade se torna um imenso silêncio aonde se ouve apenas o som do vento passando.
                                    ...
   Alguns minutos se passam, e as pessoas começam cochichar e me chamar de louco.
       Eu- Será que ele realmente não vai aparecer?...
   Do meio das pessoas surge uma pessoa encapuzada caminhando em minha direção, eu não vejo quem é, mas em minha visão se destaca tanto que tenho certeza do que está por vir... Meu corpo que já estava tenso agora parece que vai explodir.
       Eu*- Haha... Hahahahhaha.... Hahahahahahahahhaahha. Só eu mesmo que sou maluco a ponto de enfrentar o medo e o trauma de frente.
       Roons- Ora ora, você está muito abusado chamando a atenção assim, tá gostando de brincar com fogo?
       Eu- Ola Karchan, finalmente vou poder descontar toda minha raiva em você.
       Roons- HAhahahaha será que vai?
       Eu- Sabia... Você estava ai o tempo todo.
       Roons- Será que estava??
   Eu coloco a mão na espada central em minhas costas, a espada da luz.
       Eu- Espero que dessa vez me leve a sério.
       Roons- hehe... Eu nunca levo a sério animais indefesos
       Eu- Você não vai perguntar dos outros?
       Roons- Outros? Eu não me importo com eles, qualquer um que aparecer e se intrometer eu vou matar.
       Eu- Vou te fazer engolir suas palavras.
       Roons- Hahaha... Tem sorte de não me tirar do sério. Você quer uma luta séria? Então vou te dar uma luta séria, mas com um pequeno detalhes.
    Ele tira sua grande espada vermelha e verde das costas e a deixa bem encravada no chão, ele joga fora o capuz mostrando seu corpo robusto e cheio de armaduras, ele caminha até uma árvore seca que tem na borda da praça e pega um galho seco do chão e retorna até mim.
       Roons- É melhor usar tudo o que você sabe, já que vou te levar um pouco a sério agora.
       Eu- Não se preocupe
       Roons- Está é minha arma, use tudo o que tiver
       Eu- Você está brincando comigo que vai usar isso?
       Roons- É o que se usa para calar cachorros barulhentos
    As pessoas saem correndo e observam de longe
       Eu*- Eu vou cortar aquele pedaço de toco e furalo até se cansar.
   Eu puxo a espada da luz e na outra mão puxo a espada da podridão, ele deve estar a uns 5 passos de distância de mim, começo gritar e sinto meu corpo vibrar, do topo da pedra lisa começo a deslisar, e pulo para cima dele, no ar eu puxo as duas lâminas para um lado e o ataco com toda a minha força, ele inclina o galho na vertical e segura as duas espadas segurando o galho com uma mão, o galho faz um barulho como se berrasse em um estranho som de madeira oca, mas se recusa em fazer ao menos um único ralado na casca.
        Eu- Não é possível.
        Roons- É o que acontece quando se fortifica o suficientemente um objeto com Fleimin.
        Eu*- Eu já sabia que é possível aumentar a resistência de um Objeto com o Fleimin, mas não achei que fosse possível aumentar tanto assim.
   Ele força o galho e eu não consigo segurar a força dele, meus pés se arrastão no chão e eu sou jogado para trás.
        Roons- Ataque de verdade.
        Eu- Você quem pediu!
   Eu aponto a espada da podridão para trás e a explodo em areia negra enquanto faço um clarão com a lâmina da luz a minha frente na tentativa de cegalo, na fração de segundo que fecho o olho para não me cegar ele aparece em minha frente e dá uma porrada tão forte em minha barriga que sinto como se os órgãos superiores fossem sair pela minha boca, assim que ele vai me chutar e me derrubar de vez eu envolvo toda a areia que liberei pela espada em meu corpo, ele quase acerta o chute em minha perna, pouco antes de encostar ele trava e pula para trás.
        Roons- Parabéns... A alguns ciclos atrás este chute já teria matado você.
        Eu- Obrigado.
        Roons- Não está doendo?
        Eu- Felizmente a dor é algo que aprendi a não sentir mais.
    Não querendo passar insegurança minto, aquele soco que ele deu em minha barriga foi tão poderoso que mesmo comigo tendo concentrado Fleimin na área do chute isso ainda tem uma dor infernal.
        Roons- Sem essas espadas você não é nada.
        Eu- CALA A BOCAA
    Eu parto para cima tentando apunhalar, ele vai se esquivando de todos os golpes, estando perto tento jogar um feixe de fagulhas nele, sem tempo para escapar seu peito brilha e sua pele quase que instantaneamente cria escamas vermelhas, as fagulhas que batem nele desintegra toda sua roupa e armadura, ele fica pelado, mas seu corpo não sofre dano nenhum.
       Eu- O que isso um demônio?
       Roons- Decon o que? Não sei o que é isso mas vou te debulhar na porrada.
    Como um pulo Sonico ele avançar pra cima  de mim, eu encravo a espada da luz no chão e coloco a mão no punhal da espada da terra, faço uma barreira de Fagulhas a minha frente e na frente dela ergo uma coluna de terra, e por fim faço um feixe de luz acender na cabeça dele para queima-lo.
     Por alguns segundos não o vejo além do meu escudo, escuto um estrondo e vejo uma massa de terra sendo jogada para o lado, com meu sentido amplificado pela espada da terra sinto a violência com que ele consegue tirar toda a terra da frente dele com algumas pancadas, em seguida ele dá outra pancada ainda mais forte na montanha de fagulhas que acaba por se desfazer, por usar o galho na parede para remover a fagulha, o mesmo é desintegrado, agora não posso criar mais fagulhas a tempo com a espada da podridão, assim que o vejo ele está com o corpo todo em chamas soltando muita fumaça por conta do raio solar que o torra, mas é como se sua pele fosse imune ao calor e fogo.
     Rapidamente recolho a espada da luz, e ele vem pronto para me socar, eu o ataco com a espada da podridão, com um braço ele deixa o fio da espada bater nele, a espada quando bate se repele, e ele vem com um soco pronto em meu rosto, com uma estaca de terra tirada do chão eu consigo bater no braço dele momentos antes dele bater em mim, ele vem me chutar e eu seguro a perna dele atacando com a espada.
      Seu corpo está tão quente que um breve contato de seu ataque com o meu corpo pode acabar me queimando além de somente me bater.
      Vamos trocamos vários golpes seguidos por alguns minutos, eu já estou fadigado mas ainda com bastante energia, ele nem parece ter gastado fôlego além de causar pressão com aquela camada de sabe-se lá o que.
        Roons- Você deu uma melhoradinha em defender.
        Eu- Até que você não parece tão forte assim... Hehe.
        Roons- Mesmo?
    Como um trem desgovernado ele vem correndo pra cima de mim, eu o ataco com as duas lâminas ao mesmo tempo, vou juntando fagulhas na espada da podridão e erguendo um muro de terra nas costas dele,  Defendendo com os braços abilmente ele pega nas duas espadas com as mãos, as segurando com tanta força não consigo  mexe-las de forma alguma, o fio da espada não machuca suas mãos, ele pula e dá uma ajoelhada em meu queicho que quase me apaga, em seguida ele agarra meu corpo e me põe sobre sua perna, com toda sua força ele me  arremeça para o alto me levando metros para trás, eu caio no chão rolando sem as espadas, ele vem correndo para mim, antes que eu consiga me levantar ele começa a me chutar me jogando cada vez mais para trás, do chão vejo o quanto que ele é maior que eu, em quanto eu com os meus 1,85 fico um anão perto dele que deve estar por volta de 2,20m.
     Depois de muito me chutar, ele me levanta do chão com um braço segurando em meu pescoço, sua mão está quente mas não a ponto de me queimar mais, ele encara meu rosto todo ensanguentado e me aproxima um pouco mais dele.
        Roons- Você, não, presta!!
    Como uma bola de queimada ele estica o braço para trás e me arremeça em direção a uma casa, meu corpo colide com aquela dura madeira a rachando toda, quando sinto meu corpo colidir com a madeira tenho uma intensa dor por um segundo, eu vejo um clarão e apago, poucos segundos depois acordo com uma aguda dor no corpo inteiro, eu estou olhando para o nubloso céu passando calmamente nas alturas em quanto eu agoniso em sofrimento e dor no chão.
        Eu*- Lá deve estar bem melhor que aqui...
    Eu tento levantar e sinto meus ossos queimarem e meus músculos latejarem.
        Roons- O que isso? Não tem mais forças?
        Eu- E-eu tenho..
        Roons- Não parece.
        Eu*- Merda, ele me pegou antes mesmo de conseguir pensar em usar a compreensão de Fleimin em meu cérebro, mas eu ainda vou ter uma chance de usar.
    Com dificuldade eu vou me levantando do chão, Roons resolve esperar eu se recompor um pouco, assim que me levanto por completo envio e comprimo Fleimin ao meu cérebro e abro uma conexão juntamente com meus olhos. Tanto faz enviar primeiro Fleimin para meus olhos ou cérebro, o resultado é o mesmo no fim, meu olho começa brilhar e o tempo se desacelera para mim. Com todo o corpo doendo eu vou correndo com dificuldade para as espadas, eu pego todas elas e retorno para o Roons, por estar usando tanto Fleimin para está ação e já ter me desgastado na batalha, eu não vou poder usar alguma vantagem da espada contra ele, mesmo todo arrebentado eu começo a bater desesperadamente no corpo dele, eu bato e bato e bato repetidas vezes a espada e é como se estivesse batendo em um asso duro que não vai se romper nunca, conforme o tempo vai voltando ao normal eu vou ficando cada vez mais apavorado, eu sei que se não fizer nada agora não conseguirei fazer mais nada depois, pois quase todo meu Fleimin está sendo investido nisso.
     Estando no meio da minha desaceleração com o Fleimin eu levo um grande susto com Roons se virando derrepente e pegando na minha espada... Porém ele faz isso e volta ficar bem lerdo por causa da desaceleração.
       Eu*- Como isso é possível??? Será que ele sentiu por uma fração de segundo e reagiu???
     Roons aos poucos está começando se mover cada vez mais rápido, mais rápido do que a aceleração deveria acontecer.
       Eu*- Droga... Eu não achei que iria aguentar pouco assim. Meu corpo está arrebentado, mas se eu não levar mais nenhum golpe acho que ainda não vai ser preciso usar o plano B.
    Eu me afasto para o outro lado da praça e deixou o efeito da desaceleração acabar.
       Roons- Vejo que você aprendeu algo interessante, foi tão rápido que quase não pude acompanhá-lo. Pena que agora você está detonado por ter usado isso.
       Eu- Você estaria certo se a única coisa que eu tivesse feito fosse ter ficado rápido.
       Roons- É? Vamos descobrir então o que você tem para me mostrar.
       Eu*- Se eu manter o fluxo concentrado em meu cérebro em 12% eu já conseguirei ver tudo um pouco mais devagar e esquivar dos ataques dele...
    Meu corpo no momento deve estar em uns 26% da totalidade de Fleimin, eu começo usando 3% para regenerar enquanto irei usando o restante para se esquivar. Roons avança a toda velocidade, ele não chega na mesma velocidade incrível de Sui mas também é muito rápido, com o Fleimin concentrado consigo ver os movimentos dele com precisão, assim vou me esquivando dos rápidos golpes dele, assim que chego em uma casa e me esquivo, ele acaba socando a parede de madeira da casa que acaba por detona-la por completo com a ruptura que causa, eu corro para perto de outra e ele vai destruindo ela também.
     Depois de muita destruição na cidade comigo escapando dele, eu já estou quase no meu limite, devo estar entre 8% de Fleimin restando, eu consegui evita-lo o suficiente para conseguir estancar o sangue com Fleimin, meu corpo já está todo ensanguentado e cada parte dói como se tivesse sido atropelado por um caminhão, ao menos se uma pessoa sobrevivesse a um atropelamento de um, imagino que a dor seria parecida.
        Roons- Unf.... Espero que isso sirva de lição. A próxima vez que gritar meu nome te coloco em coma.
       Eu- Ei, você veio aqui só por isso mesmo?
       Roons- Eu fiquei curioso para ver o que aconteceria aqui, mas vejo que não vai acontecer nada de mais, apesar de...
       Eu- O que?
       Roons- Foi gostoso te arrebentar... Mau espero pela próxima vez.
    Ele se vira e começa ir embora, agora que tudo parece ter acabado eu me deixo se desabar no chão... Os passos dele se distanciando param, e ele se vira novamente para mim.
       Roons- Sabe.... Eu sinto ódio de ti!
       Eu- Ha, ha.. sinto que isso não é novidade.
       Roons- Quando causo dor é como se uma chama dentro de mim ficasse mais forte e consumisse algo que me da prazer... Muito prazer. Laahn diz ter isso também, mas ela prefere guardar para ela.
   Ele retorna para perto de mim, eu tento me levantar e reagir lutando mais, mas estou com o corpo tão desgastado que não consigo nem puxar a espada e levantar.
       Roons- Você só tem poder na espada, mas sem uma Classe e um corpo que preste você é inferior a nós
   Ele pega em meu braço e me levanta como um animal morto, com sua mão enorme segura minha cabeça, ele começa apertar e retorcer, esmagar e pressionar, sinto o ódio na força dele, os cortes em meu rosto começam a se abrir mais, sinto como se minha cabeça fosse ser esmagada igual a um tomate cereja, eu grito ao mesmo tempo que tento conter minha dor com o restante de Fleimin que restou.
       Eu*- Eu queria ser um protagonista e libertar algum poder oculto.... Isso dói tanto, por favor pare, acabe logo, por que existe tanto prazer em fazer isso.
       Roons- EU QUERO EXTOURAR SEU CRÂNIO, ISSO É TÃO GOSTOSO HAHAHAAJAH
    Eu sinto meu sangue começar escorrer pelo meu queicho e gotejar.
       Roons- O que esta achando Desgraçado? Eu sempre quis torcer cada membrinho seu com toda a minha força e ver sua cara de agonia
   Ele sorri e parece vibrar de prazer... Eu sabia que ele era maníaco ou pisicótico, mas não em um nível assim, não satisfeito, ele vai comigo até a parede de uma casa e começa a bater repetidamente com força  maneirada minha cabeça na parede, minha cara fica tão detonada que neste ponto já deve parecer uma torta de morango pisoteada.
       Roons- AAAAAAAAAAAAHHHHH DESGRAÇAAAAAAADO.
       Eu*- Por que... Por que... Não faz sentido isso.
   Derrepente um estrondo acontece, meus ouvidos doem tanto que sinto como se eles tivessem sido explodidos.. um clarão invade minha visão e aos poucos o branco vibrante vai se ofuscando dando lugar ao negro profundo, este o qual passo cair infinitamente...

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