Capítulo 92
Snik- Ah, aí estão vocês! Já estava achando que vocês tinham se perdido.
Eu- Não, não, nem fomos longe, estávamos conversando com um garoto
Snik- Sério? Acho que já até sei quem é então, as crianças costumam ser muito tímidas por aqui.
Blíui- O Payk né?
Snik- Ele mesmo, agora vamos entrando que tudo mundo já está no quarto e só falta vocês.
Blíui- Tá mas antes, quem é aquele garoto? Você perece conhecê-lo.
Snik- Eu conheço ele. O coitado foi uma vitima da última onda de Zbs.
Blíui- O que aconteceu com ele?
Snik- Os Zbs acabaram matando os pais dele, conta ele que os pais dele tentaram segurar os Zbs para ele conseguir fugir, mas mesmo assim ele foi pego e assistiu os pais sendo mortos, quando ele estava para ser morto uma espécie de cavaleiro com porrete apareceu salvando a vida dele, enquanto esse cavaleiro lutou até a morte contra os Zbs levando uma rajada de tiros, o Payk conseguiu se esconder e escapar. Me falaram que quando encontraram ele escondido no meio de um monte de escombros ele estava abraçado a um pedaço de madeira em estado de choque, só depois de dois dias ele voltou ao normal mas ainda traumatizado, sempre que ele vê alguém se machucando fica em Pânico o curioso é que a mesma espada que ele usa para treinar hoje era o pedaço de madeira que ele ficou abraçado naquele dia e olha que foi ele mesmo quem esculpiu, segundo ele era um pedaço da mesa aonde toda a família se juntava.
Blíui- Entendo, imagino como é difícil pra uma criança ver os país sendo mortos de uma forma brutal.
Eu- Já seria para um adulto...
Snik- Eu aprecio o jeito dele, ter visto os país se sacrificando por ele e outra pessoa que ele nem conhecia fazendo o máximo para protegê-lo, com certeza mudou a vida dele para sempre, o fazendo criar seus princípios de desejar proteger os outros assim como um dia fizeram por ele, tipo como se sentir em dívida ou vendo um propósito gigante nisso, afinal ele só está lá hoje por causa disso.
Blíui- Profundo... Não acha Dre?
Eu- Hã? Ah, é, é, sim... Verdade.
Blíui*- Você não sente o mesmo que nós, não é mesmo?
Eu*- Ah... Não é como se eu quisesse, eu apenas não sinto nada... Eu queria, mas não sinto. Talvez pelo tanto de coisas que já vimos, não é assim com você também?
Blíui*- Não. De alguma maneira eu consigo esquecer as piores coisas de nosso passado perturbador, e me permito conseguir ter mais empatia pela história dele e sentir.
Eu*- Eu não consigo fazer isso, não gosto muito da ideia de ser apático, mas fazer o quê?
Blíui*- Bem, eu não te condeno por ser assim, entendo que o que passamos esfria nossos corações, e algumas pessoas tem mais facilidade de deixar isso para trás e outras não.
Eu*- Obrigado por me entender... Eu realmente me sentiria culpado por acabar sendo assim.
Blíui*- Isto não significa que você deva deixar a frieza te dominar.
Eu*- Sério? Por que?
Blíui*- Por muitos motivos... Uma pessoa fria passa a ver menos valor na vida, não entende as ações das pessoas, ela não se importa nem consigo mesma, uma pessoa que não pode entender minimamente outras pessoas, não pode compreender a própria vida e o que a torna única e valorosa, claro que estou me referindo a friezas em casos mais graves, e também não quero dizer que ter frieza é errado e sim que não é certo desistir e deixá-la acabar com você sem você ao menos ter lutado até o fim.
Eu*- Eu acho que entendi.
Snik- Eae? Vão entrar ou vão aí ficar se olhando?
Blíui- Ah desculpe, já estamos indo.
Snik- Unf, casais...
Ao entrar, toda a luz que preenche o interior da casa some, e ficamos na repleta escuridão.
Eu- O que isso?
Blíui*- Calma, Snik acabou de dizer que apagaram as luzes, e está é a noite.
Ele raspa algo na parede e uma chama se ascende, com a pequena luz ele vai até uma caixa na parede e põe o fogo lá dentro até a caixa brilhar espalhando uma luz azul clara pelo cômodo.
Snik- Se vocês quiserem dar uma espiada no céu agora pela janela irão ver algo interessante lá.
Vamos direto para a janela, e vemos o céu cheio de pontos brancos de luz piscando.
Blíui- Aquilo são... Estrelas?
Snik- Quase... São pequenas luzes que eles põem la no alto para o céu não ficar um completo breu
Blíui- Imagino que para um lugar cheio de crianças não seria legal um céu assim
Eu- Mas será que eles se importam com isso?
Snik- Eles se importam.
Blíui- não chega nem metade da beleza de um céu verdadeiro.
Já estando no quarto.
Zoe- Ah, aí estão vocês, aqui é onde vocês poderão dormir, não é muito confortável pois são várias beliches, mas espero que gostem.
Eu- Nah, que isso, já está muito bom, nós costumávamos dormir direto no chão, isto já é um luxo para nós, somos muito gratos
O quarto é meio grande contendo muitas camas de beliche, nossos amigos já estão todos deitados nos observando a espera de apagarem as luzes para dormir.
Rhooc- Deitem logo, eu quero dormi.
Eu- Calma já estamos indo.
Eu me deito na cama de baixo e dou uma mãozinha para Blíui subir na cama de cima.
Blíui- Boa noite Dre!!
Eu- Ho, você conseguiu falar direitinho.
Blíui- Ah, demorou um pouco mas aprendi.
Zoe- Irei apagar as luzes e fechar as portas, certo?
Veryih- Tudo bem, Durma bem Zoe.
Zoe- Você também Veryih.
Ela assopra no quadrado que tem na parede do quarto e fecha as portas, restando apenas um suave feixe de luz entrando pela janela, no escuro Toya resolve puxar assunto.
Toya- Ei, Blíui.
Blíui- Oi.
Toya- Como o Dre anda?
Blíui- Bem ele, por que?
Toya- É que nem nos escutar ele pode mais, eu nem sei como ele consegue ler com tanta Precisão nossos lábios e saber o que falamos.
Blíui- Ele não é completamente surdo, inclusive agora mesmo ele sabe que você está falando dele, não sei se você lembra mas fizemos um pacto aonde conseguimos unificar nossas mentes e alguns atributos permitindo escutar o que o outro pensa e raciocinar junto, então sempre que vocês falam, minha mente automaticamente vai repassando parte das informações para ele, o que já o ajuda bem, graças a isso ele não é completamente surdo, claro que na realidade ele não escuta nenhum relampejo de som.
Toya- Entendi
Eu- Ahah, Eu estou bem, e sei o que você deve estar pensando. Que fiquei mau por ter perdido as espadas e alguns sentidos do meu corpo.
Toya- Sim...
Eu- Eu estou em paz, aquelas espadas só traziam desgraça e eu dependia delas para tudo... É certo que se agora eu levar um golpe fatal como já levei muitas vezes durante o tempo que portava elas morrerei, mas este é o risco que sou obrigado a aprender diblar e conviver.
Blíui- Credo não fale isso, se você levar um golpe mortal vou dar um jeito de te salvar.
Eu- Como?
Blíui- Com Fleimin, claro.
Eu- Ah, ah, não sei se Fleimin irá fazer milagre em mim agora.
Blíui- Vamos treinar para que isto não aconteça...
Eu- Quem sabe se eu conseguir aumentar a resistência do meu corpo ao máximo com o Fleimin
Blíui- Igual Roons?
Eu- Ele se transforma em uma outra coisa por causa daquele cristal... Já eu vou ter que melhorar sem transformações ou ajudas.
Tink- Pessoal, vamos ir dormindo? Eu estou cansada...
Eu- Vamos.
Após ficar em silêncio em poucos minutos apaguei em um profundo sono já acordando logo pela manhã com Blíui mexendo comigo.
Blíui- Vamos seu dorminhoco, já está na hora de acordar.
Eu- Mas já?
Blíui- Tudo mundo já foi tomar café, só ta faltando nós irmos.
Eu- Mê dá alguns segundos e já estou levantando.
Blíui- Tabom.
Enquanto me reviro na cama procurando coragem para levantar sinto algo em minhas costas incomodando e enrroscando nos lençóis da cama.
Eu- O que isso?
Quando coloco a mão no local levo um susto ao sentir que existe uma ponta saída do músculo da minha costa.
Eu- QUE MERDA É ESTÁ!?
Blíui- O que aconteceu Dre!?
Eu- TEM ALGUMA COISA EM MINHAS COSTAS, TIRA TIRA TIRA.
Blíui- Calma aí, calma aí, fica quieto pra eu ver.
Com toda calma do mundo ela vai me virando e erguendo minha roupa buscando o alto de minhas costas.
Blíui- Isto não estava aí ontem...
Eu- Isso o que?
Blíui- Bem, er...
Nem mesmo ela que está vendo pode acreditar que aquilo surgiu alí.
Blíui- Tem uma espécie de osso pontudo saindo de suas costas
Eu- Não pode ser....
Me levanto correndo para o espelho mais próximo e dou uma olhada naquela coisa monstruosa em meu corpo, imóvel a frente ao espelho fico chocado.
Eu- Que bizarrice é está?
Blíui- Não sei, isso dói?
Eu- Não eu não sinto nada.
Blíui- Achei que pudesse ser alguma contusão ou osso quebrado, mas seria muito estranho por que além de não ter visto isso ai antes, também não lhe causa dor ou problemas
Eu- O que faço com isso agora?
Blíui- Hmmm... Por hora eu acho melhor você deixar isso escondido e quando sairmos daqui você pergunta pra Thely com a Veryih sobre isso, elas devem entender mais sobre anatomia do que eu.
Eu- Você já viu algo assim em alguém?
Blíui- Nunca.
Após alguns minutos tentando entender o que estava acontecendo finalmente consigo me conformar com o que havia visto e coloco meu manto escondendo o espinho e já vou logo descendo com Blíui para tomar o café, chegando lá em baixo já não há mais ninguém além de uma grande mesa servida e devastada pelo pessoal que acordou mais cedo, no canto Zoe está começando dar fim a bagunça enquanto Payk já está sentado na cadeira nos olhando sério.
Eu- Ca-dê tudo mundo?
Payk- Vocês demoraram tanto que os outros já comeram e foram embora.
Zoe- Haha, ele apareceu aqui hoje cedo dizendo que precisava devolver algo a Blíui, mas como ele não queria incomodar o sono de vocês ele resolveu sentar e esperar.
Blíui- Que bom garoto
Zoe- Ah, e não se preocupem, Jajá trago alguma coisa para vocês comerem e começar o dia bem, enquanto isso vou deixa-los a sós resolvendo suas coisas. E Payk, não vá aprontar nada ein?
Payk- Não se preocupe, eu sei o que é certo.
Ela saí.
Blíui- E então?
Payk- Obrigado por ele.
Ele estende o braço entregando de volta o bracelete com Blíui já o logo pegando de volta e pondo no braço.
Payk- Vocês vão embora hoje?
Blíui- Provavelmente.
Payk-...
Por um momento ele fica olhando para o chão com uma cara enrraivada
Payk- Por favor, vocês podem me levar com vocês e me ensinar lutar?
Eu- Não. Crianças não vão andar com a gente.
Payk- Por favor!!! Eu já pedi para o Snik me ensinar e ele nem me ouve.
Blíui- Mas payk você não está aqui para aprender a lutar e sim para crescer seguro.
Payk- Eu sei, mas eu não pedi para estar aqui, um Herói precisa saber lutar para ao menos se proteger!!!
Blíui- Apenas não Payk, não insisita.
Payk- Mas eu vi!!! Tem uma criança que anda com vocês, por que eu não posso? Eu devo até ser mais velho que ele.
Blíui- Essa criança que você viu é filho de uma amiga minha e entre nós cada um decide o que quer fazer e como ele não é nosso filho.
Blíui*- Me sinto até mau falando desse jeito, eu me importo com o Vér, mas a mãe dele é tão cabeça oca, e nós não vamos mandar em ninguém.
Eu- Unf..... Tabom.
Blíui- DRE!!!!!
Payk- Sério?
Sua expressão se abre em felicidade e ansiedade.
Blíui*- Você não está realmente pensando em deixar ele andar com a gente.
Eu*- Pensando não to... Mas sentindo, talvez.
Payk- Ei ta falando sério?
Eu- Estou sim, porém com uma condição.
Payk- Qual? Pode falar que cumprirei com qualquer uma.
Eu- Quero que você lute contra mim e me mostre tudo o que tem, se você acertar essa espadinha em meu peito, você pode vir, se não, terá que ficar aqui e esperar crescer pra seguir seu sonho, vai aceitar meu desafio?
Payk- CLARO!!!!
Eu- Ha, e eu achando que você iria achar impossível, eh, me sinto obrigado a reconhecer agora, você tem garra.
Ele segura firme a espadinha de madeira e saímos para fora no campo de grama, quando nos posicionamos ele tira o óculos jogando em qualquer lugar no chão e já logo apontando a espada para mim com uma expressão furiosa, as crianças que brincavam envolta se afastam e ficam observando.
Eu- Lugar gostoso para se lutar, não acha?
Payk- Não quero saber! Me mostre sua espada e leve isso a sério agora.
Eu- Que garoto corajoso....
Eu*- Sabe... Eu não quero parecer o Roons agora, mas preciso mostrar que uma batalha não depende apenas de vontade.
Blíui*- Olha lá o que você vai fazer em, eu mato você se você o fizer chorar.
Eu me inclino e puxo meu pedaço roxo de lâmina da bainha, no mesmo instante Payk me encara com indiferença.
Payk- Tá certo que é uma espada de verdade, mas quebrada? Você está zombando de mim?
Eu- Se eu fosse você não falaria isso de uma espada lendária que pode matar um colosso.
Payk- Colo o que?
Eu- Não importa, me ataque logo.
Ele vem correndo em minha direção apontando a espada, quando ele chega próximo de mim eu tento acertar a espada dele tacando minha espada contra a dele, surpreendentemente ele salta dando um mortal de costas e caindo com os pés sobre minha lâmina com uma suavidede assustadora, eu fico com os olhos arregalados por um momento...
Eu*- Francamente, parece que hoje acordei só para ver coisas estranhas acontecendo.
Ele se inclina e vem com um chute direto em minha cabeça, irritado com seu movimento, eu me abaixo antes dele me acertar e agarro a perna dele já rodopiando e o jogando para bem longe, quando ele caí no chão seu corpo rola bastante até ele terminar de ponta cabeça no campo todo sujo e ralado.
Eu- Boa tentativa.
Payk- Isso, ainda não acabou.
Ele encrava a espada no chão e se levanta com dificuldade.
Payk- Eu posso ser fraco, mas minha esperança e determinação é inabalável.
Eu abaixo a cabeça e fico sério.
Eu- Menino, sonhos não se realizam nesse mundo com uma porção de boa vontade.
Eu aponto minha espada para o chão abrindo as pernas ficando de perfil para ele.
Blíui- Dre, eu sei o que você está pensando em fazer, não vá fazer isso!!!
Como em um campo de batalha real, eu saio deslizando pela grama com toda minha velocidade se tornando quase inalcançável.
Blíui- NÃOOOOOOOO.
O garoto mau tem tempo de reação e já me tem encima dele batendo o metal virado da lâmina no peito dele, botando pressão do Fleimin em meus braços eu o alavanco e o arremesso com tudo pro alto, eu o escuto gritar por um breve momento até com que sua voz desaparece nas alturas do céu subterrâneo.
Blíui- O que você fez com ele?
Eu- Eu vou pegá-lo.
Retornando para o chão o garoto caí em silêncio, corro um pouco e pulo o pegando nos braços, ele caí como uma criança dormindo em dia de inverno.
Blíui- Ufa.... Que bom que você pegou ele.
Eu- Vamos embora
Blíui- Ele está respirando né?
Eu- Ele está bem, vamos entregá-lo para Zoe e dizer que.... Tsc, ah sla, vamos deixar ele em um canto e vazar.
Blíui- Arg... Não quero nem imaginar o que ela vai pensar da gente depois de ter nos tratado tão bem.
Eu- Onde será que eles foram?
Blíui- Zoe disse que eles saíram, então presumo que ao menos a Veryih foi pra carroça.
Eu- Então vamos pra lá.
Deixamos ele desacordado no chão do campo e vamos correndo para o Horizonte em direção a um pequeno ponto preto perdido nos vários morros.
Eu- Aquela é a carroça?
Blíui- É sim, consigo vê-la com minha visão aguçada pela Classe.
Eu- Este Horizonte verde é tão imenso que sinto como se não estivesse saindo do lugar.
Depois de um bom tempo correndo chegamos na carroça, Veryih está encima do Touro arrumando as rédeas.
Veryih- Por que vocês vieram correndo para cá?
Eu- E por que colocou a carroça tão longe?
Veryih- Eu não queria nenhuma criança curiosa tentando bisbilhotar minhas coisas, então tive que dar uma afastada.
Blíui- O Dre resolveu lutar com um dos garotos daqui, e agora estamos tentando desaparecer sem ser notados
Ela nos olha incrédula.
Veryih- O que vocês fizeram?
Eu- Calma, não matei ele, apenas quis demonstrar algo.
Veryih- Menos mau... Imagino que seja aquele garoto esquisito de capa né?
Eu- O próprio.
Veryih- Não poderia ser outro, já conheço a peça.
Blíui- Cadê todo mundo?
Veryih- Tirando o Rhooc que veio me irritar com as provocações dele aqui, o pessoal está lá pelas casas aproveitando o lugar, disse a eles que ainda falta fazer alguns ajustes aqui antes de sair.
Eu- Tsc, precisamos ir embora!
Veryih- Unf... Eu esperava mais de vocês, sinseramente.
Blíui- A ideia foi do Dre, mas no fim acabei concordando com ele também, então..
Veryih- Então que vocês estão sendo mais crianças que essas crianças.
Eu- Você nem sabe o que eu tô fazendo.
Veryih- Não, não sei, só está querendo mostrar pro moleque que nós não somos boas pessoas para querer seguir.
Eu- Vamos embora logo...
Veryih- Não tem jeito né? Tô indo lá buscar a turma.
Eu- Eu vou andando para a saída, pego vocês no caminho.
Veryih- Grrrrrrr.... Blíui venha logo e deixa esse paspalho andando sozinho pensando nas cagada que faz, não precisava de nada disso!
Blíui- Eu vou com ele, eu apoiei a ideia dele.
Veryih- Aaaaaaahhhhhhg, faça como quiserem!!
Rhooc aparece com a cabeça para fora da lona.
Rhooc- Hehe essa é nova, não sabia que agora você briga com crianças também.
Eu- Cala boca, alguém tem que mostrar a ele que não basta ter vontade para vencer.
Veryih bate as rédeas e saí correndo com a carroça em direção a casa.
Blíui- O que você acha que Zoe vai falar para Veryih?
Eu- Que nós somos uns merdas?
Blíui- É certo que não somos exemplos de pessoas para aquele garoto, mas tenho o pressentimento que Zoe possa entender.
Eu- Espero um dia não ter que enfrentar Payk.
Após meia hora andando pelo campo começando a se aproximar do paredão vemos a carroça de Veryih começando a se aproximar de nós.
Blíui- Oh, lá está ela.
Eu- Hora de ouvir mais alguns sermões.
A carroça chega a nós e ela para ao nosso lado.
Eu- Hea, como foi lá?
Veryih- Como já era de se esperar Zoe estava chorando no meio do campo, chorando com o Payk nos braços, assim que ela me viu pediu para nunca mais vocês dois aparecerem aqui de novo, quando Payk acordou ele mandou Zoe parar de chorar e mandar falar para vocês dois que um dia ele irá alcançar vocês
Eu- Alcançar? O que exatamente ele quis dizer com isso?
Veryih- A para com isso, ele vê vocês como exemplo de força, a que ele sente precisar para ajudar alguém.
Blíui*- O que ele fez depois?
Veryih- Ele pegou a espada e foi pisando duro para dentro da floresta.
Eu- Tudo o que nos restou agora é ir embora daqui, né.
Veryih- É.
A carroça chega na entrada do elevador que se encaixa perfeitamente no buraco da parede quase como se tivesse sido feito sob medida, tudo fica escuro novamente e sentimos falta daquele céu limpo sob nossas cabeças, a máquina treme e começa nos levar para cima de novo com grande velocidade.
Toya- Veryih, a entrada do elevador parece ser tão simples, sem segurança nenhuma, como que nenhuma criança já não chegou até o elevador e não tentou sair?
Veryih- Por que sempre tem gente vigiando, e criança nenhuma vai passar horas andando em um enorme campo vazio para chegar a lugar nenhum e acabar se perdendo no nada, são poucos que sabem o caminho certo para a saída.
Toya- Vigiando? Mas eu não vi ninguém além do Snik.
Veryih- Não tem como a gente ver, mas existe nos cantos cabines no alto das paredes com vários instrumentos de observação a longa distância, se eles ver algum problema acontecendo eles chamam a guarda para cá.
Toya- E como não fomos atacados?
Veryih- Quando estava na base la embaixo avisei um encarregado do L.F que iria dar uma passadinha lá.
Toya- Aaahhh
Sui- Olha, luz!!! Já estamos chegando.
Aloder- Esse elevador é realmente rápido, nunca pensei que coisas assim pudessem existir.
Veryih- Quando se tem Fleimin, qualquer coisa pode ser feita, basta saber usá-lo.
Chegamos a superfície e apreciamos um interior vazio de um barracão com luz.
Thely- Ué, cade as pessoas daqui?
Veryih- Aqui não tem ninguém, o barracão que dá acesso a base fica em um lugar afastado do centro da cidade, vocês não acham que seria conveniente de mais ter uma base bem no centro da cidade?
A carroça anda alguns metros e dois de nós vamos descendo para puxar os portões de metal cizentado que nos separa de estar livres novamente, conforme vamos puxando o portão uma luz laranja vai invadindo o barracão.
Blíui- Espera aí, mas não era para estar de manhã?
Tink- Vai ver seu medidor de horas quebrou.
Blíui- Não pode ser...
Eu- Pessoal... Ainda está de manhã, só que algo de estranho está acontecendo por aqui.
/(Fim do capítulo 92)\
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Fleimin
AdventureBem vindo ao novo (ou talvez velho) planeta Ssaítê. Depois de um garoto apelidado de Dre ter enfrentado um conflito em sua vida, de alguma forma ele acaba por terminar em um mundo desconhecido e hostil, sozinho e perdido lá, ele passa pelas mais adv...