Heretariedade azul

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Capítulo 85

   6 dias já se passaram desde que saímos da casa de Veryih, nós voltamos por aquele caminho dos pinheiros e meio que pegamos uma estrada que segue pelos morros e serras, é incrível como neste mundo a extensão das estradas podem ser grandes, vez ou outra encontramos com outras carroças e cavaleiros que vem de encontro na estrada única que passamos, isso se torna um problema quando nos encontramos em desfiladeiros estreitos.
    Por aqui o clima é bem mais frio e a vegetação tem mudanças na aparência e espécies, o verde da vegetação por aqui também costuma ser mais escuro e as folhas mais ásperas, algo que a vegetação e gramado verde claro de Flampos deixa saudades.
    Todos parecem estar de bom humor durante esses dias, de alguns tempos para cá agora a preocupação de algum mercenário neurótico aparecer para nos atacar parece ser quase nula, finalmente em tanto tempo de viagem estamos tendo paz... Só nos perguntamos agora até quando isso vai durar, é claro que se tivesse como, gostaríamos que fosse para sempre.
       Sui- Pessoal o que vamos fazer hoje?
       Toya- Não tem muito o que fazer enquanto viajamos... O Dre fica brincando de soltar e jogar para lá e para cá aquele pó negro da espada dele, já nós não temos o que fazer além de jogar papo fora mesmo.
        Eu- Não estou brincando, estou aprimorando meu uso de Fleimin com a espada.
        Tink- Ah Toya, para de se destraír, é sua vez de jogar e você fica aí falando.
         Eu*- Ainda bem que o capitão do navio deixou eles trazerem alguns jogos de lá, se não eles estariam bem entediados agora..
        Blíui*- Quem sabe... Eles sempre arrumam algo para fazer, apesar que eles mostram levar a sério o jogo, eles tem até um placar de quem tem mais vitórias
        Eu- Quem ganhou mais vezes ai?
        Tink- O placar está 17 pra mim, 15 pra Sui e 11 para o Toya
        Toya- mais 3 dias e eu alcanço vocês duas!
        Tink- Ata
        Toya- Eu ainda estou aprendendo...
        Veryih- OOOoooooouuuhhh ooooouuuhh!!!!
    A carroça para repentinamente...
        Toya- Que susto, o que aconteceu Veryih?
        Veryih- Tem algo na estrada.
        Thely- Algo?
        Veryih- É! Eu não sei bem dizer o que é ainda.
     Todos vem para a frente da carroça ver o que está na estrada, o lugar que estamos é um lugar de mato alto e algumas colinas ao arredor, colinas essas que tem algumas árvores espalhadas, no chão mau dá pra perceber o que está lá, mas os olhos ágeis de Veryih e Blíui são capazes de perceber bem rápido. De início quando olhamos aparentava ser uma estrada comum, cheio de areia com terra, alguns matos crescendo e algumas pedras grandes soterradas no caminho, entre uma dessas pedras soterradas percebemos que ha algo parecido com uma pedra em relevo, mas não se trata de uma, ao olhar com ainda mais atenção finalmente entendemos o que era aquilo... Aquilo era uma espécie de um pedaço de cabeça soterrado do chão, apenas com a parte dos olhos a cima do solo, a cabeça é cinza como a pedra, e ela tem dois olhos bem sutis que tem uma pupila branca e uma argola branca em volta da pupila, eles aparentam se manter fixos e sempre esbugalhados nos olhando. Na mesma hora que percebo aquilo eu gelo de má impressão, Vér começa chorar e Thely o esconde em seu manto, além de Vér outros também parecem sentir calafrios e lágrimas escorrerem dos olhos, eu também sinto vontade de lacrimejar, é quase como se fosse uma vontade autônoma de meu corpo querer fazer isso por mim, o touro que costuma bufar e se mexer no lugar quando para, também fica imóvel.
       Aloder- Uou que porcaria é aquela?
      Veryih- Eu não sei... Mas seja o que for parece estar nos olhando.
       Thely- O que vamos fazer?
       Tink- Dar meia volta?
       Toya- Voltar!
        Sui- Se vocês quiserem eu vou la ver
    As únicas que não pareciam estar afetado por aquilo eram Sui e Tink
        Toya- Parece loucura, por que você iria fazer isso?
        Rhooc- Você já está velinha, eu sei que já viveu bastante, mas não tem medo não?
        Sui- Aquilo não me parece que vá fazer mau, eu vou la ver.
    Com sua nodachi negra e gigante, Sui desce da carroça e caminha em direção a aquela coisa, conforme ela se aproxima aquilo a acompanha com os olhos, assim que ela chega perto ela usa o grande comprimento da sua espada para cutucar com a ponta o pedaço de cabeça no chão, assim q ela encosta sangue começa escorrer e ela resolve infincar enfincar mais a lâmina na cabeça misteriosa, conforme a ponta adentra a cabeça mais sangue vai saindo, mas nenhuma reação acontece com a cabeça além de continuar olhando esbugalhado para ela.
        Sui- Eu devo tenta cortar isso aqui?
        Eu- Sim
        Toya- Esperaaaa ae. E se aquilo atacar quando ela fizer isso?
        Tink- Aquela coisa ta no chão, o que ele poderia fazer?
        Toya- Não sei, sair do chão?
        Sui- Já está decidido.
    Com um único corte ela decepa a cabeça ao meio, assim que uma parte da mesma voa pra fora do resto do corpo sangue começa a jorrar... Do nada escutamos um estrondo e uma garra metalica gigante saí da terra ao lado da cabeça, como a espada de Sui é longa aquela coisa não a acerta, ela fica um pouco assustada mas logo se acalma, aquela coisa parece ter usado a última energia que tinha para fazer aquela garra aparecer.
       Toya- Que coisa era aquela?
       Thely- Me parece uma maquina
       Toya- Então por que ele soltou sangue quando foi cortado?
        Thely- Bem, eu vou lá da uma olhada.
        Aloder- Eu também vou!
    Chegando lá Thely começa a cortar mais a cabeça com a espada dela, de início é uma cena horrível de assistir, a princípio parece ter tudo o que uma cabeça normal teria, após um tempo fazendo cortes e tirando pedaços ela enfia a mão no buraco feito no pescoço, não demora até ela puxar com o braço sujo do que parece ser sangue, uma porção de fios elétricos ligados a várias placas pequenas.
       Toya- Como você sabia que era um robô?
       Thely- E quem disse que isso é um robô?
       Toya- E não é?
       Thely- Isso aqui é uma monstruosidade da humanidade
   Todos ficam sem entender muita coisa.
       Toya- O que era então?
       Thely- Era tipo um ciborgue
       Toya- Um o que?
       Tink- O que é isso?
       Thely- Eu aprendi isso com o Dre, segundo ele é quando uma pessoa tem seu corpo fundido com algo elétrico, e ele me chama disso as vezes... Mas não acho que eu seja um, por que não costumo usar eletricidade em mim, apenas metal e mecanismos.
       Eu- O que você vai fazer com essa coisa?
       Thely- Nada. Eu não entendo como funciona essas coisas, tem um sistema de eletricidade familiar, mas eu desconheço.
       Eu- Familiar?
       Thely- Meu povo usava sistemas elétricos com placas, mas eram bem mais simples que isso aqui.
       Eu- Vocês eram avançados até.
       Thely- Foi uma pena termos perdido tudo aquilo.
       Eu- Mas por que vocês não faziam mais uso da tecnologia que tinha? Todo o conhecimento sobre ela ainda existe?
       Thely- Nossa tecnologia não nos protegia muito daquelas aberrações, e nossas armas só os atraiam. Todo o conhecimento da tecnologia do meu povo está comigo, se eu morrer ele morre comigo.
       Blíui- Mas você não marcou nada?
       Veryih- O turminha do barulho... Se forem continuar conversando melhor subirem na carroça pra irmos logo
    Após subirmos na carroça.
       Blíui- E então, você já pensou em uma forma de salvar sua cultura?
       Thely- A muito tempo.
       Blíui- E o que você fez?
       Thely- Como tínhamos informações digitalizadas, existiram vários meios de armazenamento sem precisar ser em folhas.
       Eu- Tipo um armazenamento eletrônico?
       Thely- Exato! Pensei que ninguém iria entender.
       Blíui- Eu não estou entendo muito sobre isso ai, mas parece interessante.
       Thely- Eu tive bastante tempo para pensar no que fazer com as informações de meus antepassados, e eu já deixei tudo planejado. Só me falta agora uma pequena coisa para estás informações não morrerem
       Eu- O que?
       Thely- Alguém que a passe para frente.
       Eu- Entendi, nesse caso viria a ser o Vér?
       Thely- Sim. Tem outra coisa também que gostaria de falar
       Eu- O que?
       Thely- Não sei se vocês lembram quando leram o diário, mas ao fim dele eu falava sobre uma arma que meu povo desenvolveu antes de morrer.
       Eu- Esses facões negros que você carrega?
       Thely- Também, mas mais ao fim sito outra arma.
       Eu- Que arma? Não lembro de nenhuma outra além dessa.
       Blíui- Talvez seja por causa que o fim estava destruído e sujo de sangue?
       Thely- Ah, verdade, eu esqueci que o diário tava com as páginas finais destruídas
       Eu- De que arma você está falando?
       Thely- Meu povo desenvolveu uma arma de tiro plasmático
       Eu- Jura? E o que você fez com isso?
       Thely- Usei por algumas horas e ele quebrou.
       Tink- O que deu de errado?
       Thely- O combustível daquela coisa acabou e o núcleo quebrou durante minha luta conta aqueles monstros, mas uma coisa garanto, aquilo era muito poderoso.
       Blíui- Se era tão poderoso por que não usou pra fazer um buraco no muro e fugir?
       Thely- Para mim o mundo havia acabado, não tinha mais o que fazer la fora, pensava que o planeta inteiro estava sem vida naquele momento, que aqueles bichos era uma pandemia que tinha dominado o mundo, os documentos sobre o mundo diziam que aquilo era mundial, em fim... Eu não quis mais sair de lá e passei todos os anos da minha vida estudando e criando coisas.
       Eu- Por que você não trouxe essa arma?
       Thely- Por que só faria peso, mas eu tenho os arquivos com tudo para montar uma nova, e a versão de protótipo era defeituosa.
       Eu- E você consegue montar uma?
       Thely- Consigo. E acho que isso poderia ajudar contra Roons e Laahn
       Eu- Sério?
       Thely- Sim, só que para isso precisaria de todos os materiais, o que seria impossível em nossas condições
       Blíui- Eu não acho que armas funcionariam bem contra aqueles dois
       Thely- Mas poderia nos ajudar.
       Sui- Onde você guardou todas as informações?
       Thely- Aqui.
    Ela aperta o ombro e um relevo sobe em sua roupa, assim que ela puxa a gola vemos uma espécie de "pendrive" com líquido brilhando azul.
       Toya- Uau, você é sempre cheia de surpresas
       Thely- Aqui dentro deste líquido existe centenas de microchips automatizados que ao serem consumidos irão para o cérebro da pessoa e irão passar toda informação possível do nosso povo.
    Ficamos todos boquiabertos...
       Eu- Como que um povo com uma tecnologia deste nível foi ser extinto?
       Thely- Com o tempo eu acabei melhorando o projeto da arma, então a próxima que for montada não será protótipo.
       Eu- Eu não acredito... Você é genial!!! Isso é surreal.
       Thely- Um dia vou decidir quem vai herdar todo o conhecimento e tocar nosso povo em frente
       Toya- Não estamos entendendo nada sobre o que essa coisa é, mas pelo o que foi dito que faz, concertesa é algo absurdo...
       Blíui- Então você vai passar todo o conhecimento para o Vér?
       Thely- Eu posso passar para duas pessoas isso. Só não sei ainda quem vai ser, de preferência futuramente será uma mulher que vá ter filhos com o Vér, se eu não estiver mais viva até lá, planejo passar para ele fazer em meu lugar.
        Aloder- Isso me fez pensar, qual era o nome do seu povo?
       Thely- Não costumávamos nos chamar por nomes, cada cidade tinha o seu número, o da minha por exemplo era 24
        Blíui- Por isso você nunca citou no diário?
        Thely- Deveria, mas nunca achei necessário
         Veryih- Por que está contando isso tudo pra eles só agora?
         Thely- Antes de me juntar de volta com vocês, eu trabalhava como assassina, vocês lembram né?
         Blíui- Claro!
         Thely- Durante este tempo pesquisei tudo o que pude sobre este mundo, e acabei por descobrir algumas coisas que aparentavam no mínimo erradas ou estranhas.
        Sui- E o que seria?
        Thely- Tudo não passa de uma teoria da minha cabeça, e ainda não é hora de contar a vocês, me desculpe por isso. Mas eu realmente não posso, apenas vou dizer que ao ver aquele robô humano uma coisa em minha teoria parece fazer sentido, e agora mais do que nunca me sinto na necessidade de falar o que contei a vocês.
        Blíui- Haha... Mas como assim? Por que você não pode contar? Pode confiar somos seus amigos, não tem por que esconder.
    Blíui aparenta ter ficado realmente incomodada...
       Thely- Tem mais uma coisa.. Está teoria envolve o extermínio do meu povo, e mais do que nunca agora quero ir atrás disso mesmo estando velha, e infelizmente as 6 lâminas lendárias tem ponta nesta história, por isso estou junto com vocês nesta jornada, eu realmente gosto de vocês e considero ajudar vocês, sem vocês nunca teria saido daquele lugar tão cedo e me motivado a lutar por algo pouco antes de morrer.
        Blíui- Mas como fo-------
    Thely tampa a boca de Blíui, e encosta a testa no peito dela, geralmente isso é uma forma de imploramento de Flampos.
        Thely- POR FAVOR, por favor... Tudo o que pesso a vocês agora é não cobrarem ou ficarem diferentes comigo por causa disso, isso é algo realmente importante e que não posso contar a vocês, talvez um dia eu conte... Isso pode apenas ser uma loucura da minha cabeça, mas considerem esperar.
     Blíui põe a mão na cabeça de Thely e abaixa a cabeça.
         Blíui- Eu não gosto disso e acho que nem os outros, mas sabemos que se você não quer contar deve haver um motivo realmente bom. Então eu vou fingir que nunca soube de nada, e vocês?
    Todos consolidam que sim.
        Blíui- Certo. Então se precisar não evite em deixar de nos contar nada. Por favor.
        Thely- Ta bom
        Eu- Tem mais alguma coisa que você queira falar?
        Thely- Obrigada por confiarem em mim, prometo fazer valer a pena!!
        Eu*- Que tipo de teoria será que ela está pensando?
        Blíui*- Quem sabe... Pareceu ser bem sério, até aonde será que ela foi para pensar em teorias?
        Eu*- Conhecendo ela, bem longe.
    Este dia curioso se passou, e continuamos seguindo viagem como sempre fizemos, comendo legumes cozidos pelo caminho, as vezes também comendo carne de alguma caça que conseguíamos pela Floresta, todo dia Veryih para por mais ou menos 1 hora ou duas para comermos, treinar e se exercitar, neste meio tempo se passam mais 12 dias.
        Blíui- Ei você está vendo aquilo Veryih?
   No dia de hoje estamos dentro da carroça jogando e passando o tempo do nosso jeito, Blíui cansada de ficar bastante tempo lá dentro, ela se senta ao lado de Veryih no assento da carroça aonde ela a controla.
       Veryih- Atrás daquela colina?
       Blíui- Sim, parece um castelo, ainda não da pra ver direito.
       Veryih- Aaahh, Eu vi, eu conheço este lugar, ali fica um grande castelo abandonado
       Blíui- Por que está abandonado?
       Veryih- Dizem que ele foi feito bem antes da época da minha vó, aparentemente conta a história que um bosta do continente Sul veio para cá e montou esse castelo querendo começar um reino por aqui, quando a população da região soube, sabendo de como as coisas são no sul na mesma hora eles se revoltaram contra ele.
       Blíui- E o que aconteceu com ele depois?
       Veryih- Um exército de pessoas furiosas invadiram o castelo quando ele estava lá e o matou, não ouve soldados que conseguisse protegê-lo do ataque em massa do povo, resultado? Não deu tempo nem dele construir casas em volta do castelo.
       Blíui- Mas nessa época a sociedade não era inexistente?
       Veryih- Era, mas as pessoas já tinham repulsa de formas de governos daquele jeito, além de que o preconceito de quem vem do sul já ajudava influênciar mais ainda a ideia de que ele seria o início de um continente estragado como o Sul.
       Blíui- Entendo.
   O castelo é destampada pelos morros cheios de vegetação.
       Veryih- A vegetação já está começando invadir o castelo.
       Blíui- Que castelo grande, parede um grande de um experdicio ninguém ter aproveitado ele para nada.
       Veryih- Por causa do Castelo estar bem longe da civilização, ninguém achou interessante morar aí.
    Blíui da uma olhada em seu medidor de horas como ela costuma sempre fazer.
        Blíui- Já está na hora de comer
        Veryih- O que acha de irmos perto do castelo? Sempre passei longe de lá, tenho curiosidade em ir dar uma olhada.
        Blíui- Acho que não deve ter problema.
   Seguimos por um bosque que vai de encontro com o castelo, quando chegamos lá e a carroça para, nós descermos todos ficando surpresos ao ver o grande castelo, ele é feito de um tipo de pedra negra e rústica, seu telhado é feito de uma telha escura, capim e ramas de árvores invadem as paredes do castelo.  Veryih estaciona a Carroça aonde seria o jardim do castelo, em quanto a comida faz na fogueira Veryih conta toda a história de novo para nós.
        Rhooc- Então não tem ninguém mesmo morando ai?
        Veryih- Ninguém
        Rhooc- Eu tenho algo para perdir a vocês
        Tink- O que é?
        Rhooc- Me dêem uma arma?
        Tink- Hmm, e por que deveríamos?
        Rhooc- Poxa, vim parar em outro continente com vocês, resolvi andar e confiar em vocês, não acham que eu merecia ter minha própria arma? Ter um a mais para lutar não deve fazer mau.
         Tink- Não sei não, ainda não confio muito em você.
         Eu- Vamos fazer assim... Quem quer que ele ganhe uma arma levantem a mão.
         Rhooc- Uma arma para o Aloder também!
         Thely- Eu já vou pessoalmente dar isso a ele.
     Blíui é a primeira a levantar a mão, eu a acompanho e também levanto, depois Thely levanta também, Vér ao ver a mãe faz o mesmo, Veryih ergue a mão, e Aloder por último. Apenas Tink não levanta a mão.
         Eu- É parece que a maioria concordou
         Tink- Unf, nesses casos fazer o que, também vou concordar agora.
         Rhooc- Aeeee
         Eu- Que tipo de arma você usa?
         Rhooc- Qualquer tipo de espada para mim já serve.
         Eu- Certo
    Em quanto comemos escutamos um barulho de pedra ecoar de dentro do castelo, na mesma hora todo mundo para de comer e olham de onde veio o som.
        Tink- Querem que eu vá ver?
        Eu- Eu também quero ir
        Toya- Vocês não tem receio?
        Eu- Se for algum mau vamos dar um jeito
    Eu e Tink fomos prontamente para a entrada do castelo, a porta está meio destruída.
        Tink- Eu aposto que deve ser um animal
        Eu- E eu torço para não ter nada
    Juntos empurramos a porta grande de madeira estilhaçada, ao entrar no cômodo puxo a minha espada da luz iluminando parte da área, pelo visto é um salão bem grande.
       Tink- Não dá pra aumentar a luz da espada?
        Eu- Sim
   Assim que aumento o brilho o salão é todo iluminado, o chão está cheio de pedras quebradas e resto de ossos podres com metal enferrujado, provavelmente era a armadura dos homens que morreram batalhando alí.
       Tink- Nossa ninguém se deu ao trabalho de enterrar os corpos
       Eu- Quero nem imaginar a carniça que deve ter sido isso aqui.
    Ao fundo vemos algo escondido atrás de uma mesa velha virada, Tink se abaixa e joga uma pedra lá, assim que a pedra bate na mesa um forte som de estrondo ecoa, quase que instantaneamente um animal parecido com uma raposa saí de trás da mesa e fica em posição de ataque mostrando os dentes.
        Tink- Ah era só um bichinho.
    Voltamos para fora aliviados... Nisso que estou voltando para a porta reparo que no chão tem uma espada sendo segurada por uma mão esquelética, os ossos estão negros de putrefação já, sem ligar muito a pego pela lâmina e puxo dos ossos entrelaçados a ela.
        Eu- Eu acho que isso não vai te fazer falta, né?
        Tink- Haha agora deu pra falar com espíritos?
        Eu- Claro, só falta eles aparecerem.
    Saímos de lá e chamo Rhooc, em quanto ele vem eu fico reparando melhor nela com a luz do sol, o sangue seco na lâmina a deixa com um aspecto horrível, seu porta mão circular e o punhal parede ser de couro.
        Rhooc- O que você quer? Que lixo é esse ai?
        Eu- Ela ta um pouquinho suja, mas com uma boa lavada vai ficar brilhando, esse é o lixo ceifador de vidas.
        Rhooc- Tá LOKO? de onde tirou isso?? Tá tão sujo que nem parece uma lâmina
        Eu- É toda sua.
    Eu jogo a espada nele, com nojo ele pega com os braços ao invés de usar as mãos.
        Rhooc- Seu Imbecil, Não joga uma arma em mim.
        Eu- Ué, pensei que fosse lixo, não deveria ser perigoso.
        Rhooc- Como conseguiu isso?
        Eu- Ah, tava cheio de carinhas lá dentro que não estavam usando, então não vi problema em pegar uma.
        Rhooc- Você é idiota? É a espada de um MORTO, eu não quero isso.
    Tink ao ouvir isso em quanto passa ao lado dele taca a mão no pescoço dele e começa a sufoca-lo.
       Tink- Idiota é você desmerecer a espada de alguém que a usou para proteger a sua vida, guarda isso e cala a boca, esta espada é mais honrrada do que qualquer outra que você poderia comprar, faça disso um motivo para faze-la sua.
        Eu- Oh falou bonito agora, ein?
        Rhooc- T-ta me s-solta, na-não consigo respirar.
    Ela o solta e ele caí no chão, minutos depois ele começa a olhar a espada e deixa de ter nojo, ele a enrola em um pano e prende nas costas. Depois de um tempinho lá voltámos a andar, no fim do dia paramos em um córrego para Rhooc limpar a espada, Rhooc fica alguns minutos limpando a lâmina, após terminar de limpar damos uma boa olhada nela de novo, a lâmina é curva na ponta e reta na base, diferente de muitas lâmina está é feita de um material vermelho, nosso reflexo na lâmina é impressionante para uma espada que parecia que não poderia mais ser limpa com tanto sangue seco impregnado.
       Rhooc- Uau ela, é linda.
       Blíui- Viu? E ainda não queria ela.
       Tink- Nem vo dizer nada.
       Sui- Me parede uma espada de qualidade, ta vendo aquela ponta curva alí? Você pode usá-la do dois lados, a ponta curva pode servir para furar ou cortar inimigos que tentarem ficar usando a espada para cruzar
       Rhooc- Sério? Como?
       Sui- Aqui, pega minha espada que eu vou tentar mostrar para você.
    Ele tenta pegar a espada de Sui que está no chão, com as duas mãos no cabo da espada ele a levanta mas não consegue tirar a ponta da espada do chão.
        Rhooc- Nossa, por que sua espada é tão grande?
        Sui- Para manter distância e matar vários de um vez.
    Ela diz isso sorrindo.
        Rhooc- Não dá.
        Tink- Pega.
    Ela joga a espada dela para ele, e ele pula para longe do lugar aonde a espada é jogada.
        Rhooc- Qual o problema de vocês ficar jogando uma espada nos outros?
        Tink- Era pra você pegar, mas eu esqueci que você não sabe nem empunhar uma espada direito.
         Rhooc- Eu sei!? Você logo vai ver...
     Ele pega a espada de Tink do chão e a empunha esperando Sui vir com a espada dele, ela se aproxima com calma e cruza as espadas.
        Sui- Você sempre lutou com espadas?
        Rhooc- Quase sempre... Eu era Cartógrafo e espião, então não costumava usar muito minha espada.
        Sui- Certo, então já irei te dar algumas regras de combate com espadas, mas antes quero que você force sua espada contra a minha com toda sua força.
        Rhooc- Finalmente chegou o dia que deixo de ser a mão de obra!
    Com todo gosto ele forceja contra a espada de Sui.
        Sui- Agora vou fazer o que chamo de trinco.
    Ela vira o fio da espada para o metal e pende o corpo para o lado, antes que ele consiga chutar ela, ele joga a lâmina para frente ao mesmo tempo que ela posiciona a espada em suas costas e bate o cotovelo no queicho dele, seu chute perde a força e não faz nada nela, ela finaliza dando uma joelhada em sua barriga e o empurra fazendo cair.
        Rhooc- Aaaaaaauu por que você bateu tão forte?
        Sui- Isso é o que você pode fazer se sentir que sua força no cruzamento de espadas for maior, agora levanta que vou mostrar o que está ponta curva faz.
        Rhooc- Não me matando eu agradeço.
   Com dor ele se levanta receoso dela já avançar.
        Sui- Desculpe se estiver sendo dura com você.
        Rhooc- Tudo bem, eu não vou ter uma pausinha em uma luta
        Thely- Que raridade, você não está xingando ela.
        Rhooc- É só me tratar com respeito que não vai ouvir o que não quer.
        Sui- Cruze de novo a espada comigo.
        Rhooc- Ai ai ai...
    Eles cruzam a espada e desta vez ele fica sem coragem de usar muita força.
        Sui- Com está ponta curva quase igual a uma foice você consegue caçar o pescoço do seu inimigo bem fácil, se durante o cruzamento você vira lá e estiver no ângulo certo, um pouco que você enclina-la você acerta a ponta direto no pescoço do inimigo.
     Ela gira vem rápido a lâmina e enverga a espada, a lâmina de Rhooc deslisa até bater no porta mão envergado para cima, o impedindo de retirar a espada sem com que seja a puxando para trás... O que seria um suicídio, pouco antes de acertar ela para com a ponta quase perfurando o pescoço dele.
        Sui- Você não precisa se preocupar com a espada quebrar por não ter corte na base oposta, o material dela é muito forte e não quebra, ao invez disso cega com muita eficiencia o fio da espada do seu inimigo, e como você já percebeu, uma vez encaixado no porta mão a lâmina, não dá pra tira-la sem ficar exposto ou ter o pescoço furado e cortado. É uma espada feita para enfrentar outra espada.
    Ficamos admirados com a utilidade com que cada parte da espada foi feita.
         Sui- Espero que guarde isso em mente, te mostrei o básico que você precisa saber para usar uma dessa aqui, com o tempo você  vai aprender a usa-la de outras formas.
        Rhooc- Concerteza vou guardar em mente, ela é uma espada excelente.
        Sui- Quando puder dá um jeito de afiala, ela está bem cega.
        Rhooc- Certo.
    Por fim voltamos a carroça e voltamos a viajar, Thely vem falar comigo.
       Thely- Eu estava pensando aqui e, aonde foi parar aquela espada de cristal que você e Blíui conseguiram uma vez?
       Eu- Ela está guardada no baú da carroça, por que quer saber dela?
       Thely- Como você já deve ter reparado já faz um tempo que ando treinando o Aloder no dia a dia, e acho que também está na hora dele ter a arma dele.
       Eu- Eu pensei que você arranjaria um mangal para ele por ele estar tentando a Classe Repulsão.
       Thely- Sim, mas é que ele não leva jeito para esta Classe, no início pensei que ele poderia conseguir.
       Eu- Que Classe você acha que ele vai se tornar então?
       Thely- Eu acho que ele está Prestes a se tornar um Ataque.
       Eu- Como você sabe disso?
       Thely- A espada dele está começando a criar uma encorporação branca, isso não era para acontecer.
       Eu- Encorporação Branca? Eu nunca vi isso.
       Thely- É como se a espada dele soltasse pequenas partículas brancas ao entrar em contato com o Fleimin dele.
       Eu- Que interessante.
       Thely- Então, você sabe algo sobre a espada que o atrapalhe de usá-la?
       Eu- Até onde eu saiba a única coisa que ele vai precisar para saber usar a espada é dos limites dela e saber criar uma conexão correta com a espada.
       Thely- Certo. Você daria ela a ele?
       Eu- Claro, que pena, pensava em dar ela ao Vér um dia.
       Thely- Eu agradeço... Mas ele ainda vai demorar muito até começar a lutar com uma espada, até lá ele arranja uma arma própria.
        Blíui*- Então está decidido, a espada será dele.
        Eu*- Eu acho que vai ser uma boa escolha, ele já está treinando com Thely faz um bom tempinho.
        Thely- Aloder chega aqui mais perto.
        Aloder- Sim, o que você deseja?
        Thely- Apenas espere.
        Eu- Veryih você pode abrir o baú aqui para nós?
        Veryih- Aaaahhh eu to pilotando a carroça, não dá pra ser uma outra hora?
        Eu- Vai ser rápido
        Veryih- O que você quer do baú, em?
        Eu- Pegar uma espada
        Veryih- Ah, aquela espada.
    Ela para a carroça e vem para dentro com o molho de chaves em mãos, com dois estra-los ela abre o baú de madeira refinada com metal dourado, lá dentro se encontra várias coisas como, pedaço de couro, correntes, garrafas com líquidos estranhos e a espada bem embrulhada em um pano e ajeitada no canto do Baú, eu a arranco de lá e dou para Thely.
      Thely- Aloder, agora esta espada é sua! Daqui em diante quero que lembre sempre que uma espada não é apenas um pedaço de metal cortante e sim o que te dá forças pra enfrentar ou mundo, estime bem dela.
       Aloder- Muito obrigado. Prometo fazer dela minha força.
    De uma forma carinhosa Thely passa a espada para os braços de Aloder, ele a pega e vai desenrolando com cuidado a espada do pano, quando ele vê a espada ele começa chorar
       Rhooc- É só uma espada bonita, por que está chorando?
       Sui- Ara ele só está emocionado, não ligue.
       Aloder- Eu sou um homem LIVRE! E agora serei forte para defender minha vida e liberdade, tudo bem se vocês não entenderem, mas isso significa muito para mim.
   Ele abraça a espada com um imenso sorriso no rosto.
       Blíui- Haha uau, você realmente gostou dela
       Aloder- Eu vou treinar muito e aprender usá-la, por favor contem comigo pra tudo! Eu não poderia estar mais grato por ter vindo parar aqui e não ter ficado deitado com meus colegas mortos esperando a minha vez, nunca pensei que me arrependeria um dia por ter lamentado por meus colegas ter morrido primeiro que eu.
       Thely- Eu sei que você vai...
   Mais 3 dias de viagem se passaram e Aloder balança a espada para lá e para com todo seu entusiasmo, como previsto ele conseguiu a Classe Ataque durante o treinamento diário dele.
    Outros 4 dias se passam e chegamos a uma vila, as casas são bem feitas com barro branco bem acabado, é quase como se fossem feitas de gesso e todas detalhadas, o telhado também era do mesmo material, a volta da vila é cheia de celeiros e currais.
       Eu- Aonde estamos?
       Veryih- É a vila de gela, estamos em Laiguer
       Eu- aaah então saimos de destrit.
       Veryih- Já faz um tempo.
    Ao sairmos da carroça as pessoas que circulavam nos olham estranho
       Tink- O que a com eles?
       Veryih- É o preconceito... Não ligue
       Tink- Mas o que temos de diferente deles?
       Veryih- Nós do continente norte temos algumas diferenças com quem é do sul, e eles conseguem perceber isso.
       Tink- O que vamos fazer aqui?
       Veryih- Vamos dar uma parada para mim comprar algumas coisas aqui, em quanto isso vocês fazem o que quiser, fiquem tranquilos eles não iram fazer nada além de olhar feio.
    Eu resolvo conversar com alguém, vou até um cara que estava na frente de sua casa afiando várias espadas em uma roda que gira conforme ele pedala e tento, ele é ruivo e encorpado, seu corpo dá dois do meu, e tem um bigode ruivo bem chamativo, tento puxar assunto com ele.
       Eu- Ola, você vende essas espadas?
    Levantando uma sombrancelha ele me encara parecendo em dúvida.
       Homem- Quem é você? Você não é do sul?
       Eu- Bem... Digamos que não sou de lugar nenhum, eu sou Dre e você?
       Homem- Sou Arlan
       Eu- Você é um Ferreiro?
       Arlan- Sou ferreiro desta vila, o que você quer de mim?
       Eu- Quero que você dê uma olhada nisso aqui para mim.
    Eu dou a espada da Podridão nas mãos dele
       Blíui*- DRE!? Tá maluco? E se ele reconhecer a espada?
       Eu*- Eu só quero ver o que ele vai dizer e se não conhece mesmo.
       Arlan- Hmmm é uma espada muito interessante e bonita, eu nunca vi o molde de uma dessas, Concerteza você deve ter feito ela por encomenda, né?
        Eu- Claro, ela saiu bem cara mas valeu a pena.
        Arlan- Eu não estou reconhecendo o matérial dela, é completamente diferente de tudo o que eu já tenha visto.
        Eu- Eu pedi para fazerem ela do melhor material que tivesse, eu não entendo muito sobre então não sei te dizer que material é esse.
        Arlan- O que custava ter perguntado para o cara que fez ela? Bem mas em fim, por que ela ta suja com esses grãozinhos pretos?
        Eu- Aah, é que eu acabei sujando ela na terra sem querer.
        Arlan- Sem querer?.... Que coisa horrível, um espadachim que não limpa sua própria espada merece ser cortado por ela.
        Eu*- Mau sabe ele que não importa quanto eu limpe, sempre volta os grãos.
        Arlan- Posso testar o cruzamento dela?
        Eu- Fique avontade
    Ele manda eu segurar a espada em quanto ele pega a espada mais afiada que se encontra encostada na parede, q espada é uma do tipo Gladio média.
        Arlan- Eu só vou bater na sua lâmina
   Com toda a força dele, ele bate uma na minha lâmina, assim que a espada colide na minha ela quebra ao meio se estilhaçando como pedra, ele fica assustado olhando para minha cara, eu não cheguei nem me mover quando ele bateu a espada.
        Arlan- Não pensei que você conseguisse segurar minha batida
       Eu- Muito treino hehe
       Arlan- Vejo que você é mais forte do que aparenta.
       Eu-...
       Arlan- Eu achei muito interessante essa espada... Que tal fazermos negócio? Eu te dou a melhor espada que tenho aqui e mais 100 mil ligs
       Eu- Uau, é uma oferta tentadora, mas infelizmente essa espada não está a venda, ela vale mais que minha própria vida.
       Arlan- Não pode ser... É uma pena. Já deu para sentir que está é uma espada bem especial, e que só um guerreiro muito forte poderia tê-la, você tem o meu respeito..
       Eu- Ah que isso... Você costuma fazer adagas ou algo assim?
        Arlan- Claro! Afinal sou um ferreiro.
    Eu compro uma adaga para mim e outra para Blíui, custando 200 ligs as duas juntas.
       Arlan- Obrigado, precisando sempre vou estar aqui para fazer negócio.
    No contato que abro com o ferreiro o povo que mora perto e assiste parecem ficarem tranquilos e não nos olhar estranho, não demora até com que os vizinhos comecem noa cercar oferecendo coisas para comprar, aproveitamos e compramos frutas e algumas coisas que parecem ser úteis, desde peça de roupas até algumas coisas decorativas, eu compro para ela um Bracelete de ouro e ela compra pra mim uma corrente feito com uma pedra que lembra esmeralda de bonita que é, talvez até seja, eu não conheço nada sobre pedras, é um tanto curioso, pois nunca pensei que desse para fazer correntes usando pedras lapidadas, eu coloco a corrente no pescoço e a deixo bem escondida na roupa.
       Blíui- Muito obrigada pelo bracelete, mas tem certeza que não foi muito caro gastar isso tudo comigo?
       Eu- Claro que não, inclusive você gastou muito mais comigo... Você pagou 3 mil ligs só nessa corrente.
       Blíui- Ah, mas eu quis te dar algo bonito... O preço está valendo a beleza, e você também gastou bastante comigo, um bracelete de 2 mil não é nem um pouco barata.
    Até a tarde chegar acabamos conquistando a confiança da vila toda, conversamos com muitas pessoas e vemos coisas da cultura deles, no meio da tarde partimos.
    Outros 20 dias de viagens se passam, e nesse meio tempo Aloder começa conseguir erguer os primeiros cristais do canhão, a felicidade dele ao conseguir começar usar o poder da espada dá até gosto de assistir, já Rhooc anda empenhado em travar a espada de Sui e fazer a curvatura, já o restante de nós sempre faz apenas um aquecimento e alguns exercícios para não perder o costume.
        Blíui*- Estou feliz de estar nesse continente, até agora não matamos nem uma pessoa.
        Eu*- Sinto que a frieza que o grupo tinha na época da matanssa está passando, me pergunto se isso vai durar por muito tempo.
        Blíui*- Não matavamos a todo momento... Eramos famosos por lá, e não importa onde fossemos sempre tinham alguém aparecendo pra nos matar ou correndo atrás da gente.
        Eu*- Espero que nossa fama não se espalhe por aqui, vai ser uma pena um povo caloroso se revolta conosco.
    Veryih nos fala que Prauer é uma região pobre, pois o povo não se organizou e vivem todos espalhados em pequenas comunidades, além de ser uma terra bem extensa e não muito fértil.
    Com mais 29 dias de viagem chegamos na esperada Prauer, aqui é bem mais quente, pois descemos bastante para o Sul do continente, devemos estar na ponta máxima de onde se encontra o sul, por aqui as paisagens são de extensos cerrados, as árvores são retorcidas e lagos são bem presentes na região, além de uma grande quantidade de animais
       Veryih- Ah, como odeio andar em região de cerrado, sempre tenho que ficar dando a volta aqui e alí por ter essas matas mais fechadas, isso só atrasa andar.
       Tink- Como vamos achar a próxima Lâmina aqui?
       Eu- Existe algum ponto de referência por aqui ou algum boato de algo grande que tenha acontecido aqui?
       Veryih- Até aonde eu saiba não.... Espera, na verdade eu acho que tem sim, tem uma vila por aqui que dizem ser a vila mais tempestuosa do mundo
       Thely- Tempestuosa? Como assim?
       Veryih- Sim, sim! E o mais interessante é que na região da vila tudo é sempre muito humido e lamacento por conta das chuvas frequentes, e em uma área fora da região humida da vila existe uma terra seca e quase sem vida, dá para acreditar nesta disparidade?
       Blíui- Me parede no mínimo suspeito.
       Eu- Podemos ir lá? É muito longe daqui?
       Veryih- Claro! É o lugar mais famoso de toda Prauer, não vamos levar nem 3 dias pra chegar lá.
       Eu- Então vamos para lá.
       Thely- Então vocês acham que a próxima Lâmina pode ser uma que controla o clima???
       Eu- Seria uma lâmina bem interessante se ela tiver esse poder.
       Blíui- Se ela realmente estiver lá e controlar o clima a dúvida que resta é... Será que ela ta fazendo esse evento sozinha ou alguma pessoa está controlando ela?
       Veryih- E se for uma pessoa?
       Eu- Vamos rouba-la é claro, foi assim que pegamos todas as outras
       Veryih- Espero que dê para fazer isso da forma mais sutil possível
        Blíui*- Então esse tempo todo o Roons deve saber aonde as lâminas estão, e só quer que nós carregue o ódio dos outros nas costas.
       Eu*- Mas se eles são muito fortes isso não deveria ser nada para eles... Talvez eles não queiram chamar a atenção de alguém
       Blíui*- Mas quem? E se for deve ser alguém de muita importância.
       Eu*- Só vamos descobrir com o tempo.
       Veryih- Ah, agora que vocês tocaram nesse assunto quero saber, como vocês conseguiram essas espadas? Vocês nunca me contaram a história de cada uma.
       Eu- Começamos pela espada da Podridão que estava na nossa região, ela estava lacrada em uma vila, que por algum motivo desconhecido quebraram e conseguiram fazer a guerra da lâmina iniciar de novo, foi quando aqueles dois ficaram loucos por essas coisas novamente.
       Veryih- Ta mais como vocês pegaram?
       Eu- Tava tendo uma batalha e apenas entramos no meio para pegar, no meio disso Blíui deu um tiro sem controle que explodiu tudo, eu pensei que era quando aqueles dois pegariam a lâmina, mas acho que propositalmente eles deixaram nós levar a espada.
      Blíui- A segunda espada foi a do vento, você nunca a viu por que ficou com minha mã---- quis dizer Laahn, ainda naquele mesmo território fomos tentar fugir, talvez de alguma forma eles já soubessem que o caminho que seguiriamos para fugir daria de frente com o cara que portava a espada.
       Eu- Com muito sacrifício ganhamos dele, porem estando acabados Roons e Laahn não tiveram trabalho de levar a espada.
       Blíui- Depois bem mais para frente encontramos a espada da Luz, mas eu não lembro o motivo do por que entramos naquela caverna maldita.
       Eu- Eu acho que foi por que as pessoas espalhavam boatos que lá tinha uma energia estranha que alimentava o lugar, por isso ficamos interessados em ir ver.
       Blíui- É acho que foi isso, já faz tanto tempo que não tenho mais certeza.
       Eu- Depois de muito tempo, quando já estavamos bem longe de Flampos, conhecemos o Rhooc que nos espiava, perceguia e reportava, depois que pegamos ele nossa vida que era um inferno se tornou um pouco melhor e com menos combates frequentes.
       Blíui- Para nossa felicidade ele conhecia bem tudo em Chamber-sig e sabia da possível localização da espada lendária, o que facilitou tudo.
       Eu- Agora depois de tanto andar por tantos lugares e passar 1 ciclo mais ou menos, fomos parar em outro continente e saber de indícios da lâmina deste lugar que estamos indo agora.
       Veryih- Mas vocês não falaram como pegaram a espada... Grrrr vocês não entendem o que eu falo!?
        Eu- Ah... Desculpe, a do vento descobrirmos com um cara maluco, a da Luz em um laboratório insano, a da terra em uma catacumba maldita que foi projetada para matar tudo o que entrasse lá.
        Veryih- Bem melhor...
     Passamos mais 3 dias andando e andando, até com que chegamos na tal área seca e desértica, de fato este lugar tem muito chão trincado pela seca e muita vegetação de uma região seca, o calor é quase insuportável e o ar seco a ponto de bebermos água toda hora. Mais algumas horas se passam e começamos a sair daquela área seca e entrar em um ambiente completamente diferente, tudo fica verde, o chão é massiu, as árvores são grandes e novamente se vê lagos. Com mais um tempo de percurso, este maravilhoso ambiente passa a ser muito úmido e com poças d'gua por toda parte, aonde não a água no chão, o peso da roda da carroça ao passar na terra faz com que água surja no rastro deixado para trás.
     Derrepente é como se tivéssemos entrado em um manguezal, o touro cavalga com dificuldade e a água passa perto do chão da carroça, a visão que temos é de uma floresta com suas raízes inundada, um monte de ramas, vinhas e cipós que ficam dependurados nos galhos das árvores nos impede de ter uma visão muito além do manguezal inundado.
        Veryih- Aaahhh... Só tem uma coisa que me irrita além de um bioma cerrado, um belo manguezal.
        Thely- Calma, calminha Vé, já andamos tanto, andar um pouquinho na água até chegar na vila não é tão ruim assim.
        Veryih- Eu não te dei o direito de me chamar de Vé! E eu não gosto de ficar sujando a madeira da minha carroça com essa água lamacenta.
    Dentro de alguns minutos saimos da área alagada e chegamos em uma vila que está em um terreno um pouco mais alto que o mangue, a vila é feita de uma madeira avermelhada, as pessoas são parecidas com a da outra vila que passamos a um tempo, porém elas aparentam ser mais desgastadas ou sem ânimo, muitos ficam sentados em bancos próximos das suas casas, outros trabalham com roupas e construções, em volta de toda vila à um chão revestido de madeira, as pessoas não se interessam muito em nos olhar chegando na vila.
        Eu- Não é sempre que chegamos em um lugar aonde as pessoas não nos encare.
   A vila aparenta não ser muito grande, todas as árvores do entorno da vila foram retiradas para construções, nós começamos passando por dentro de um corredor pequeno de casas na vila.
        Blíui*- Dre está afim de testar uma coisa?
        Eu*- O que?
        Blíui*- Vai ser meio que um plano... Eu conversei com Veryih mais cedo e pode ter em aver com a lâmina, ela conhece as coisas aqui, se nós fizer tudo certo, pode funcionar
        Eu*- O que vamos tentar?
        Blíui*- Quero testar se Roons está mesmo de alguma forma nos observando.
        Eu- O que ele tem aver com a lâmina?
        Blíui*- A ideia é o seguinte....
    Chegamos ao meio da vila que é uma pequena praça.
        Thely- Vocês tem certeza que isso vai dar certo?
        Eu- Não sabemos, mas precisamos testar, conto com todos vocês para funcionar.
        Tink- Por essa não esperava... Chegar com tudo aqui na vila, espero sairmos vivos dessa.
    No momento o tempo está nublado, a terra da praça está meio úmida então não faz muita poeira ao pisar, todos ficam dentro da carroça observando com a carroça estacionada ao lado de uma casa do arredor da praça.
       Toya- Boa sorte amigão!
       Rhooc- Tenta não morrer até la...
       Sui- Se cuide... Qualquer coisa irei pra cima.
       Eu- Só não vá antes da hora
       Sui- Pode deixar.
       Blíui- Dre!
       Eu- Sim?
       Blíui- Saiba que eu darei minha vida por você, então não permitirei que o pior aconteça com você.
       Eu- Ora sua boba... Você não vai precisar dar nada.
       Tink- Eu confio em você!
       Aloder- Você é forte!!! Boa sorte
       Thely- Hey... Não se esqueça que estaremos aqui.
       Veryih- Toma cuidado.
       Vér- Vota vivo...
       Sui- Own, ele falou.
       Eu- Certo! Obrigado pessoal, estou indo lá.
   Meu corpo treme... Minha boca está seca e toda a saliva não parece ser o suficiente, sim... Concerteza estou nervoso, eu acabo de centralizar a lâmina da luz no meio das minhas costas, a lâmina da terra eu coloco no lado esquerdo de minhas costas e a da podridão ao lado direito, Blíui me da último abraço pelas cosas pouco antes de mim sair da carroça.
       Blíui- Eu te amo... Te amo tanto que ao pensar de perder você meu coração pulsa com tanta força na vontade de lutar por você que é quase incontrolável.
       Eu- Hey ei, era para mim estar dizendo isso tudo... Eu também te amo, vamos sair vivos dessa, irei lutar por isso.
    Eu viro para ela e abraço mais uma vez, pouco antes de sair passo a mão em sua franja lisa e suave, ela pega na minha mão acaracinhando seu cabelo e a coloca em sua Buchecha.
    Determinado, desço da carroça com um pulo, a poeira da terra sobe um pouco, as pessoas passando me olham confusas, com um andar nervoso vou caminhando para o centro da praça, sinto meu corpo vibrar com a tensão que sinto.
       Thely- Eu não acredito que vocês nos contaram só agora que esse tempo todo Roons poderia estar nos observando.
       Toya- E pior... Ele aparece do nada sem saber como é que ele faz isso.
    No meio da praça de terra tem algumas pessoas andando, bem ao meio dela tem uma espécie pedra grande, com o coração batendo forte sumo em cima dela chamando a atenção de todas as pessoas que circulam em volta.

                /(Fim do capítulo 85)\
      
       

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