Capítulo 83
Assim como Veryih nos informou no começo da viagem, levamos 30 dias para atravessar o oceano, felizmente podemos ter paz e descansamos bastante, nada de muito relevante aconteceu nesses quase 1 mês, foi certo que ficamos um pouco entediados neste tempo todo mas sempre arranjamos algo para fazer, em dias aonde eu não luto não tenho muitas coisas para fazer, Eu e Blíui mantivemos o costume de ao menos fazer meio período de exercícios no dia, também foi um bom tempo que tive para ensinar Blíui empunhar a espada e se exercitar com ela, descobri algumas coisas também que conforme você vai mantendo contato com a lâmina, melhor você consegue controlar o Fluxo de Fleimin de uma forma eficiente, por isso Blíui tem dificuldade em somente empunhar a espada e balança-la para lá e para cá, pois ela não está habituada com a espada e acaba usando muito Fleimin, já eu que estou acostumado a usar as espadas e tenho essa eficiência não tenho problemas de gasto.
Com a espada da Podridão eu aprendi fazer um corte rápido no ar de forma que arremesso um feixe de fagulhas, reparo que este Fleimin que meu corpo produz aparentemente me permite aumentar a quantidade de ataques usando uma quantia menor de Fleimin que o normal, isso é muito bom, porém se comparado as habilidades e atributos que as pessoas tem ao adquirir uma Classe, eu fico em grande desvantagem se não for lutar com essas lâminas.
Esses ataques que faço com a espada da Podridão soltando feixes de fagulha no ar me faz lembrar muito dos jogos que jogava e os personagens que faziam esses ataques mirabolantes... Confesso que enquanto prático e me lembro disso me sinto ficando realmente forte e motivado, talvez seja até infantil da minha parte, mas não deixa de me animar.
Os outros também passaram o tempo treinando um pouco, aqui no navio tem um pouco de tudo o que um navio nobre da era medieval poderia ter, bons quartos, um bar e restaurante, local de lazeres, uma biblioteca, banheiros, e por aí vai, o lugar que mais gostava de ficar era no banco da área de lazer ao lado da escotilha, que é tipo uma sala/praça com várias mesas e alguns jogos estranhos que tentaram me ensinar como se jogar.
Um marujo grita para o capitão que a terra apareceu no horizonte
Blíui- Nós estamos chegando, como se sente?
Eu- Renovado, esse tempo de luxo tem sido bom.
Blíui- Eu que o diga.
Entre conversas de navio, lembramos da vez que Blíui destruiu um navio com um único tiro, ficamos indignados de como um navio foi parar naquele lugar alagado... Chegamos a conclusão que ele deveria estar perto do oceano e entrou naquela região quando alagou tudo, mas ainda não entendemos se ele nos atacou por atacar ou se realmente sabiam quem éramos.
Tink- Por que estamos falando de algo que já foi a tanto tempo atrás?
Thely- Por essa navegação toda nos fez lembrar
Veryih- Eu duvido que Blíui conseguiu afundar um navio inteiro com um único tiro.
Tink- Não duvide da capacidade dos tiros dela... O nível de habilidade com a arma dela está em um outro nível.
Blíui- Eu tenho ela desde criança.
Veryih- Então de um tiro aí.
Blíui- Eu não posso sair atirando assim sem motivo.. mas vou dar um tiro leve pra você ver.
Ela puxa a arma e começa carregar.
Veryih- Hmmm olha só que brilho verde, aonde aprendeu a concentra tanto Fleimin assim?
Blíui- O tempo me ensinou.
Ela dispara um tiro médio que perfura o ar como um raio verde
Veryih- Que lindo... Parece ser bem mortal.
Quando se torna possível ver a vegetação na terra ficamos animados em saber que estamos prestes a pisar em uma nova terra aonde talvez não tenha pessoas nos perseguindo, quando finalmente chegamos, avistamos uma terra de árvores com mata de verde bem intenso, sua terra é bem escura e o porto é feito com uma madeira escura que lembra candeira.
Veryih- Bem vindos a minha terra, aaaahhh que saudade estava de sentir o ar fresco desse lugar.
De fato não havia percebido que o ar aqui parece ser mais húmido e um clima mais frio.
Thely- Aqui costuma fazer muito frio?
Veryih- Ah sim, aqui é bem mais frio que o outro continente, mas logo vocês se acostumam.
Nisso que começamos andar pelo porto vemos na saída dele um cara alto e loiro com uma espada nas costas encarando a Veryih.
Thely- Você conhece aquele cara que esta encarando você?
Veryih- Claro, aquele é meu irmão Muthyo.
Thely- Irmão??
Veryih- Olá grandalhão como vai?
Muthyo- vou bem baixinha, e essa gentarada toda? Quem são? Você não é de ter muitos acompanhantes...
Veryih- Assunto da sociedade... Como soube que estaria aqui?
Muthyo- estava dando uma passada aqui entregar algumas coisas e vi o navio que você costuma vir no mar... Então resolvi esperar e ver.
Veryih- Sei... Você não iria esperar se não precisasse de nada...
Muthyo- Bem, você não está errada.
Veryih- O que aconteceu?
Muthyo- É nossos vizinhos... Estão enchendo o saco de novo por você estar demorando pra chegar com os venenos de praga para plantação.
Veryih- Unf... Já falei pra eles antes de sair que demoraria mesmo, apesar que dessa vez demorei um pouco mais do que planejava mesmo...
Muthyo- Uau quem é aquele cara levando duas espadas?
Veryih- Ah ele? Hm, deixa ele mesmo dizer.
Eu- Sou o Alexandre, mais conhecido por Dre.
Muthyo- Que nome complicado
Eu- A mãe de vocês pelo visto também gosta de dar una nomes complicados... Haha
Muthyo- Eh talvez... Mas e essas espadas aí? Como você luta com elas? Ta afim de fazer um pequeno duelinho comigo?
Eu- Duelinho?
Muthyo- Sim! Para ter duas espadas você deve ser experiente em lutar com elas.
Veryih- Eu não sei se isso é uma boa ideia...
Muthyo- Aaahh o que que tem? Vai vamos trocar um pouco de habilidade com espadas, eu deixo você usar as duas comigo.
Eu- Não vejo o porque de não aceitar...
Blíui*- nem pense em usar Fleimin
Eu*- Não vou, garanto!
Veryih- Se forem lutar saiam do porto pra não arrumar confusão.
Vamos para fora de lá e entramos em uma clareira da floresta, em quanto isso Veryih vai tirando a carroça com o touro do navio.
Muthyo- Estou ansioso para ver seu modo de lutar.
Todo mundo se senta no chão e em um tronco próximo e ficam assistindo.
Toya- Vê se não se matem, em!
Rhooc- Mata o Dre!
Muthyo- Haha, pensei que fosse amigo dele.
Eu puxo as duas lâminas e me posiciono dobrando meu joelho para um lado e esticando a perna traseira para o outro, os braços estico em sentido da perna traseira e os alinho com as duas espadas.
Muthyo- Uuuh eu nunca vi esse jeito de se posicionar.
Ele tira a espada de suas costas, a espada lembra uma Gládio de tamanho ampliado, ele abre um pouco as pernas e dobra levemente o joelho, com as duas mãos segura de lado a espada.
Muthyo- Tudo bem se eu usar energia pra compensar as duas espadas que você tem ai?
Eu- Claro, mas saiba que vou ir com tudo, e não vou usar Fleimin
Muthyo- O que isso?
Eu- É como chamo a Energia que você acabou de mencionar
Muthyo- Que bela espada você tem aí.
Eu- É uma espada da luz
Muthyo- Nem sabia que isso existia, onde achou isso?
Eu- Alguma hora te conto.
Muthyo- Pode vir...
Eu- Unf... Sempre sou eu que avanço.
Como uma catapulta lanço meu corpo com a perna que estava a minha frente, correndo em disparada me preparo para cortar Muthyo erguendo a espada na altura da minha cabeça.
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Fleimin
AventuraBem vindo ao novo (ou talvez velho) planeta Ssaítê. Depois de um garoto apelidado de Dre ter enfrentado um conflito em sua vida, de alguma forma ele acaba por terminar em um mundo desconhecido e hostil, sozinho e perdido lá, ele passa pelas mais adv...