Uma visita ao sub-solo.

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Capítulo 72

   Dois dias depois navegando daquela forma, embarcando e desembarcando, avistamos ao o que parece uma pequena luz caindo do céu.
     Sui- O que será aquilo?
     Tink- Parece vir do espaço.
     Eu- Nãoo... A única coisa que poderia ser do espaço seria um meteoro que entrou aqui no planeta, mas eles não costumam cair na vertical e naquela velocidade.
   Depois de uma hora assistindo aquela coisa cair, ela some por alguns minutos e escutamos um barulho após.
     Toya- Que barulho é esse?
     Blíui- Me parece algum tipo de deslizamento
   Não demorou muito até com que vessemos uma enorme clatera se formando, o modo como a terra se afundava representava como se lá ouvesse um funil gigante lá, desaparecido toda a terra vemos algo preencher o buraco no lugar da terra que se foi, era aquela água sanguínea que aviamos visto a alguns dias atrás. Todos nós ficamos absmados nos perguntando o que é esse evento estranho, ao menos dessa vez a clatera não se formou no lugar onde passa o rio.
     Eu*- Qual o problema desse mundo?
     Blíui*- isso não me parece ser algo natural que a natureza faria...
   Já estou acostumado a ver cada absurdo nesse mundo que isso já não me impreciona mais como imprecionaria a um ciclo atrás, agora coisas desse tipo me deixa mais preocupado, passado isso não demorou muito para com que esquecessemos isso e voltássemos a nossa atenção na navegação, mais longos 6 dias se passam e observemos que o rio passa a ficar mais estreito.
     Thely- É impressão minha ou a correnteza está ficando mais rápida?
     Sui- Não é impressão não, realmente está ficando mais rápida, parece que estamos chegando em alguma cachoeira.
     Eu- Rhoc! Você não falou que essa região não teria cachoeiras?
     Rhoc- É... Então, eu posso ter me enganado.
  Não demora muito e já escutamos distante o som da cachoeira desaguando no rio afrente.
     Thely- Vamos ter que abandonar o barco.
     Rhoc- Nem deu para aproveitar muito ele, tava gostando de não precisar andar mais.
     Tink- Isso por que você não fez nada para ajudar.
     Rhoc- hehe.
   A pedra que serve de ancora é lançada na água, diferente do rio lá na onde estavamos o fundo aqui não tem pedras grandes ou algum barro, o que faz com que a velocidade do barco apenas diminua.
      Thely- parece que vou ter que parar isso aqui do jeito manual, Blíui leva o Vér com você.
   Ela estica seus braços e mais uma vez atira seus ganchos e para o barco temporariamente, dessa vez ao invez de atirar em duas árvore de lados diferentes, ela atira em uma única árvore que está em uma das margens, ao fazer isso ela começa puxar os cabos em quanto Blíui com minha antiga meia katana corta o cipó que prendia a pedra/âncora, com o barco encostado na margem um por um vai descendo, depois de todos saírem ela desprende o gancho da árvore e deixa o barco ir embora.
      Toya- espero que esses dias andando nele tenha compensado o tempo que passamos fazendo.
      Tink- Estamos bem descansados... Isso já é um bom motivo.
    Mais uma vez estamos caminhando, assim que chegamos na borda aonde a cachoeira caí, vemos lá embaixo uma aldeia na beira do rio.
      Sui- Olha só, pessoas, espero que eles tenha algo de diferente para nós comer.
      Rhoc- Se eles não forem agrecivos...
    Com bastante cuidado colocamos nossos pés na borda do penhasco e começamos a descer. Em alguns minutos já chegamos lá em baixo, andamos um pouco naquela densa mata encoberta pelo som da queda d'água ao lado e logo avistamos as cabanas dos abtantes Dalí, chegando mais próximo vejo que as casinhas deles formam um círculo para um centro de areia sem nada... O lugar parece não ter ninguém e nós ficamos um tempo observando de longe para ver se ninguém mesmo saia da casa ou surgia da mata. Convencidos que não deveria ter ninguém ou não queriam aparecer, nos aproximamos das cabanas deles, elas são feitas de troncos de arvores e o telhado é feito com alguma espécie de capim dos pampa.
     Thely- essas cabanas parece ser quente a noite.
     Toya- Será? Esse telhado não parece ajudar muito nisso.
  Diz ele em quanto da uma batidinha no tronco.
   Do meio de enormes touceiras de capim, homens semi nus, com lanças de madeira aparece apontando aquelas coisas para mim.
     Blíui- tava bem de mais para ser verdade.
   Logo uma roda de homens com lanças nos cercaram em círculo.
     Eu- o que vocês querem?
   Um deles responde
     ?- Vocês invadindo.
     Eu- Não, não não, apenas estamos passando.
   Eles me encaram com incerteza sobre a resposta que dou.
     ?- vá embora.
   Eles abrem um furo na formação deles para nos deixar passar.
     Toya- eh.. pelo menos esses tem alguma inteligência.
    Diz ele andando com os braço ao alto os cara aponta as lanças para nós.
     Tink- Toya cala a boca!
   Depois de se distanciar da vilinha deles voltamos a falar.
     Sui- que pena, não pudemos levar nem um pouco de comida.
     Thely- em quanto estivermos nessa mata vai da para se virar bem com a caça.
     Eu- Hey Rhoc quanto falta para nós chega nesse tal castelo?
     Rhoc- o castelo não fica muito longe daqui.. e ele nem está no centro de Chanber-sig, ele é tomado pela vegetação da floresta mais dá para ver os seus blocos roxo de longe.
     Toya- comp alguém pode conseguir fazer um castelo só com bloco roxo?
     Rhoc- É por que o barro da região que ele foi feito é roxo.
     Eu- como você pode conhecer tanto do castelo?
     Rhoc- digamos...
     Eu- digamos o que?
     Rhoc- digamos que eu tive que visitá-lo.
     Sui- por que você teve que visita um castelo?
     Rhoc- eu meio que..
     Tink- Desembucha logo antes que eu perda a paciência e passe essa lâmina no seu pescoço!
    Ele olha para o olhar feroz de Tink e se arrepia na mesma hora.
     Rhoc- Hey você não pode fazer isso, vocês precisa de mim.
     Tink- Não posso??
   Ela pressiona levemente a lâmina contra seu pescoço até com que uma gota de sangue escorra pelo fio de sua espada.
     Rhoc- TA BOM, TA BOM! Fui eu quem mapeou esse lugar.
     Eu- aaaahhh e por que você enrrola tanto para falar coisas simples??
     Rhoc- eu não confio em vocês.
     Tink- Deveria...
  Rhoc nos dá uma direção e passamos a segui-la, conforme vamos avançando nesse ambiente a mata vai ficando mais musguenta e pegajosa.
      Rhoc- tomem cuidado para não cair, essa região é perigosa.
   Com dificuldade vamos passando entre árvores e caminhos musgosos, uma pedra ou outra escalamos com cuidado, assim finalmente avistamos acima da colina quase que nos impedindo ver, um castelo feito de blocos roxos aonde imensas arvores cheia de folhas quase bloqueiam nossa visão.
     Blíui- então é aqui... Chega até ser bonito olhar assim. Uma paisagem um tanto diferente, mas que agrada aos olhos ver.
    Vamos todos em direção ao castelo que com a pouca luz que bate em seus tijolos reflete aquele roxo escuro e penetrante em nossos olhos.
     Tink- E então, entramos pelas portas da frente?
     Rhooc- nem porta da frente parece ter.
     Eu- vamos ter que entrar de qualquer jeito, a final a outra espada está lá, não é?
    Rhooc- esperamos que sim!
    Eu- esperamos?
    Rhooc- alguém já pode ter pego...
  Depois de algumas horas andando chegamos em um paredão cheio de musgo.
    Thely- esse lugar parece não ter sido tocado a muito tempo.
    Rhooc- é um castelo do tempo da velharia, não me admira estar abandonado assim.
    Eu- que papo é esse de tempo da velharia?
    Rhooc- coisas que estão aqui com mais de 1.000 ciclos são considerados do tempo da velharia.
    Eu- como se sabe o tempo dessas coisas?
    Rhooc- o povo que conhece teve essa informação passada de tempos em tempos pela família. Não se engane, os blocos desse castelo são feitos e queimados com um material muito resistente.
    Blíui- eer... Que tal acharmos uma entrada?
    Tink- tem razão, por que não paramos de inrrolar e tentamos entrar logo?
   Demos uma volta aos arredores do castelo e não vemos nenhuma entrada aparente, com cuidado passamos por um desfiladeiro muito alto que seria morte certeira se caíssemos.
    Thely- realmente não tem uma entrada, será que não tem alguma alavanca escondido por ai?
    Tink- Dre tenta apodrecer essas paredes.
    Eu- irei tentar, mais não sei se isso vai funcionar muito bem.
  Com a espada de podridão jogo uma massa de fagulhas revirada nas paredes. Alguns minutos se passam e nada acontece.
    Eu- o que à de errado? Parece não apodrece, nem nada.
    Thely- Deve ser como uma pedra... Resiste ao tempo. Vai ver o tempo necessário para desfazer essa pedra não esteja sendo o suficiente para encobrir o tempo de deteorização desse material.
    Eu- hmm, eu não sei bem como isso funciona. Nunca parei para pensar no lado técnico da funcionalidade da podridão que isso causa.
    Toya- E então? Como vamos entrar?
    Eu- Sugestões, alguém?
    Sui- Na força Bruta é que não vamos entrar pelo visto.
    Tink- Passamos o dia aqui e já vai anoitecer.
    Eu*- Força não é o meu forte... Se tivesse alguma derrubaria essa porcaria.
    Blíui*- Você tem.
    Eu*-an?
    Blíui*- você tem a mim como sua força, me use.
    Eu*- O que??? Do que você está falando?
    Blíui*- Se esqueceu que eu consigo passar um pouco do meu fleimim para você?
    Eu*- Você ja gasto muito Fleimim comigo, eu não quero que você se desgaste mais!
    Blíui*- Mas!
    Eu*- Não! Eu vou usar o calor pra acabar com essa parede.
    Eu- Pessoal quero que todos se afastem para bem longe daqui.
    Toya- Por que???
    Eu- Eu vou derreter tudo essa porcaria, nem que isso custe parte do meu Fleimim.
    Tink- Tem certeza disso?
    Eu- Claro.
  Todos em minha volta se afasta e ficam cerca de uns 30 metros de distância morro a cima. Eu empunho a espada da luz e a ergo para o alto, toda a luz que à na região começa se ofuscar até virar completa escuridão, como um buraco negro puxando a luz para ele minha espada vai absorvendo luz. Diferente da última vez, além das proporções estarem maiores, agora a lâmina não faz um brilho irritante em quanto junta centenas de fótons, ao invés disso, ela se escurece parecendo puxar mais ainda a luz, olhado de longe é visto um feixe de luz indo direto para a lâmina.
    Eu*- Espero que dê certo.
  Paraliso a ação de puxar luz, e como uma estrela incandescente minha espada brilha tanto que aquela luz toda poderia queimar meus olhos, porém de alguma forma toda aquela luz parece fazer parte de meus olhos e não me afeta, em compensação minha pele arde aonde tem contato com a luz e uma mancha de amarelão começa crescer cada vez mais em meu peito,  diferente da última vez que encravei a espada no chão, agora eu seguro curvamente ela para o alto e apenas focaliso com meus olhos o local aonde quero acertar a luz, meu fleimim que percorre meu corpo todo a uma velocidade insana e tem contato com a espada é totalmente cortado, e assim a ação é feita. Como um holofote que é aceso em uma apresentação, a luz abrange toda a construção. Em seguida se ouve um intenso som de queimadura, a construção de roxa passa a ficar negra e soltar muita fumaça, as plantas que a cercavam queimam tão rápido e viram cinzas que eu mal vejo elas desintegrarem.
    Isso foi o que eu consegui ver até com que a luz ficasse tão forte a ponto de não me deixar ver mais nada, creio que deve ter levado uns 2 minutos até com que a luz se dessipasse. A visão que temos agora é de um buraco no chão com as bordas negras. Todos logo se aproximam de mim.
    Rhooc- Uau, se continuar indo assim, tenho medo de quanto poder essa espada pode ter...
  Blíui vem até a mim, e me ampara segurando meu peito passando o braço pelas minhas costas e curvanduo até meu peito.
    Blíui*- Faz falta nessa hora não ter meu outro braço para poder passar a mão em sua testa e levantar sua franja.
    Blíui- Se ele continuar indo assim vai acabar morto por essa espada.
    Rhooc- Do que você está falando?
  Blíui levanta minha roupa mostrando meu peito com toda pele amarela e enrrugada soltando cascas de pele morta. A expressão de Rhooc vira uma completa bagunça de horror e nojo agonisado, aquele tipo de sentimento quando você vê um maluco colocar um palito de dentes na unha do dedão e chutar a parede.
     Rhooc- Gaaahhh!! Será que não dá pra para de mostrar isso?
   Ela abaixa...
     Rhooc- Você não sente dor não? Isso não cheira ruim?
     Eu- o lugar fica amortecido, não tem cheiro, amenos que sangre, ai fica sangue seco encravado na pele cheirando. Acontece cada vez que uso a espada.
     Rhooc- Que coisa horroroza. Não me deixe mais ver isso.
   A cara de Rhooc deixa bem estampado que ele vai ter pesadelos com isso por um bom tempo..
     Toya- O que será que tem lá embaixo?
   Toya é o primeiro a ir na borda e ficar encarando a escuridão do buraco.
     Tink- Se não fosse fim de tarde em um dia nublado talvez desse para ver algo.
     Rhooc- Ei Alexatro.... Aah eu não consigo me acostuma a esse nome esquisito.
      Eu- Ta bom, me chama de Dre logo.
      Rhooc- Você não pode usar a luz da sua espada para nós descer lá?
    Fala ele com uma cara de desinteresse apontando para o profundo buraco.
      Blíui- NÃO!!
      Rhooc- O que foi?
      Blíui- Você não acabou de ver o peito dele?
      Rhooc- Mas é só luz.
      Eu- Não vamos entrar ai com a noite caindo, vamos amanhã cedo.
      Rhooc-...
      Blíui- É melhor não exagerar amanhã...
      Thely- Como vamos descer isso ai?
      Eu- Ta vendo aquela plataforma no meio da penumbra?
      Thely- Mais ou menos, tá muito escuro.
      Eu- Alí provavelmente deveria ser as escadas, agora derretidas, nós vamos tentar descer por alí.
   Nós todos vamos até a mata próxima dali e como sempre preparamos uma fogueira e caçamos alguns bichos, assim que a escuridão caí por completo sob nossas cabeças vamos todos dormir, por garantia sempre amarramos Rhooc em algum lugar para ele não tentar fazer nenhuma merda em quanto dormimos, ao me deitar eu nunca me canso de olhar aquele céu forrado de estrelas deixando poucos vãos escuros aqui e alí. Sempre andamos com nossos cobertores nas costas, que desenrolamos no fim de cada dia, meu cobertor por algum motivo está velho e com buracos, então Blíui que tem um cobertor sem buracos junta o seu ao meu, quando nos cansamos de olhar para o céu nos viramos e dormimos o restante da noite abraçados, como estamos em tempos de calor, as noites são medianamente frias, algo em torno de 6°C. Menos que isso não fica. Algumas noite eu acordo no meio delas como a cara enterrada em meu corpo, eu sempre acabo ficando por cima dela durante a noite, é como se ela tivesse uma tendência a se esconder por baixo do meu corpo em quanto dorme, com a coberta, ninguém nem veria ela, as vezes ela chora durante o sono, creio que ela sonha ou relembra coisas, teve vezes que a acordei achando que tinha acontecido algo com ela, e só ai percebi que nem acordado ela tinha, normalmente acordada, ela não chora por nada se não foi por alguma situação tensa ou sem saída. A mata da um aspecto ainda mais sombrio a noite, não se ouve sons de grilos ou bichos noturno, o que é bem estranho para uma mata, a única coisa que se escuta são alguns estalos da madeira sendo queimada lentamente pelo fogo.

         //(Fim do capítulo 72)\\
 

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