·\\Capítulo 4//·
Quando meus olhos voltaram a se abrir, me encontrei por baixo de centenas de cobertas, vestido e enfaixado. Fiquei surpreso ao notar que meus pulsos e pernas estão amarrados na cama me impedindo de se mexer, a princípio fico assustado, mas logo em seguida me recordo de que sou um ser humano diferente deles perdido em um mundo estranho, afinal, quem não teria medo?
Começando a reparar dentro da casa, observo que é tudo muito simples; contendo um cômodo espaçoso cheio de prateleiras com frascos, uma mesa, uma lareira acesa, cadeiras, um baú, várias coisas encostada na parede e por fim uma escrivaninha contendo uma vela ao meio com a cama que estou ao lado.
Vejo apenas duas portas no cômodo, sendo elas provavelmente a saída e algum outro ambiente da casa, de frente para a cama fica uma simplória janela de madeira com visão para a mata, seguido de mais uma outra ao meu lado esquerdo, o modelo é bem parecido com a porta, a única diferença entre os dois é a sua espessura.
Para o meu espanto, me deparo com um senhor no canto esquerdo da parede, é quase como se ele quisesse que eu não o visse ali, nós nos encaramos e ele fica ali parado me observando com curiosidade. Sinto que ele aguarda por alguma reação minha, contanto, contínuo em silêncio prestando a atenção em sua fisionomia. Aquele exato canto da casa está mais escuro graças a uma cortina que está na janela esquerda.
Aparenta-se ser um homem rusgado da 3° idade possuindo uma longa barba branca, a cor de sua pele é um branco em tom azulado com muitas manchas pretas que trazem o tom azul em maior evidência. Seu traje é um sobretudo felpudo na cor cinza, parecendo pelo de rato, por dentro ele tem um tipo estranho de camisa e calça marrom que encobre seu corpo. Parece ser feito de pele animal.
Reconhecendo de que ele não irá falar e nem fazer nada, tomo a inciativa de tentar se comunicar.
- Foi você quem me ajudou? Qual seu nome? - Expresso eu em um bom tom de calmaria.
Velho- ÷×∆¶× :' ∆×÷[≈×Π§?
Ele fala um idioma completamente diferente de tudo que eu já tenha escutado, ao ver que ele reage com estranheza a minha fala, eu fico sem graça voltando a um silêncio constrangedor.
-* Será que ele não gosta de estrangeiros?
Acho que não há muito mais o que ser feito agora, estou infinitamente melhor, porém, ainda sinto muitas dores e meu corpo está todo esquisito, mal posso acreditar que esse senhor deu conta de tratar todas as minhas doenças. Com muita dificuldade eu levanto a cabeça para olhar meu corpo, fico alguns segundo encarando minhas pernas e ...
- O que você fez comigo o velho esquisito?
Em minhas pernas agulhas de metal gigantes estão enfincadas por toda a extensão das minhas pernas, elas atravessam toda a minha perna e encravam no estofado da cama, impossibilitando qualquer movimentação de minhas pernas.
Olho novamente para ele e começo apontar para as agulhas, entendendo meu sinal ele tenta dar um sorriso simpático, mas seus olhos me transmitem uma sensação estranha.
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Fleimin
AdventureBem vindo ao novo (ou talvez velho) planeta Ssaítê. Depois de um garoto apelidado de Dre ter enfrentado um conflito em sua vida, de alguma forma ele acaba por terminar em um mundo desconhecido e hostil, sozinho e perdido lá, ele passa pelas mais adv...